Legados Letais

Capítulo 1

Enquanto estava andando a caminho de casa com o Dex, meu lindo pastor belga, falava ao telefone com uma das minhas melhores e mais confiáveis amigas, Adrienne. Ela falava e falava sobre as festas que teriam nessas duas semanas antes da temporada de futebol que teria na região, consigo notar a empolgação em sua voz, ela adorava essas festas super lotadas. Realmente não consigo entender, prefiro mil vezes a minha rotina a ter esses momentos com pessoas que sequer sei o nome.
    Quando faltavam dois quarteirões até chegar em casa sem querer acabei esbarrando em alguém cujo o rosto não tinha notado muito bem, mas quando fitei-o me deparei com o pior dos encontros naquele dia. Era Marcus Baldwin.
   — Além de babaca é desatento também Baldwin?

   — Não enche, Cassandra.
  
   — Nunca me veio na mente nenhuma qualidade sua mesmo...
 
     E sem me dar respostas, ele seguiu seu caminho e eu segui o meu, e era impressionante que eu conseguia me surpreender com seu tratamento todas as vezes, de fato ele era uma pessoa intrigante, mas não no bom sentido. Os Baldwin são os maiores "inimigos" da minha família á quase umas duas décadas e isso porquê minha mãe, Nadia Ainsley e Jane Baldwin, a mãe de Marcus tem problemas uma com a outra desde a época do colegial. Eu e meus irmãos em grande parte não ligamos muito pra isso, mas não convivemos muito com eles já que nossa mãe abomina essa ideia, a não ser por mim que sou obrigada a conviver com a serpente da filha dela Maelle Baldwin, que insiste em atormentar minha vida com suas implicâncias e coisas irritantes, contra mim. Eu sinceramente não ligo muito, mas ela com sua insistência conseguiu me tirar do sério uma única vez e eu nunca mais quero passar por uma coisa dessas de novo, pelo que me lembro acabei dizendo coisas que não a deixaram confortável.

   
       Após uns dez minutos cheguei na minha casa e depois de fazer a identificação que os seguranças pedem a qualquer um que entre na casa segui para a porta ,e depois para a cozinha, já que não tinha muito tempo e precisava voltar para a RoadHigh, o 
"colégio dos prodígios".
Enquanto preparei um lanche para mim, minha irmã colocou cereal e iogurte num pote e me entregou.
      — Cass você vai amar esse cereal, é novo eu acho, nunca tinha visto um desses no supermercado — Ela parou por um instante e estampou um sorriso no rosto — Estou ansiosa para ver nossa família toda reunida aqui essa noite, faz... — a interrompi.
    
     — Eu também Mari, só tenho medo de que algo aconteça.
  

   — Por que pensa assim? Soube de algo?
     — Lembra daquela vez em que fomos passar o natal na casa da tia Elisa? Eles nos encontraram e... — Parei de falar quando Adrienne entrou na cozinha e parou com a mão na cintura, me olhando como se fosse minha mãe.

     — Você pretende perder o teste para as líderes hoje? Porquê se demorar mais, perderemos até o jogo dos Panther's!

     — Eu já tô indo fofinha, não perderia isso por nada! — Falei e eu e Marisol, minha irmã, rimos da cara que Adrienne fez. Ela odiava que a chamávamos de fofinha, é hilário. Criamos esse apelido quando fizemos a festa de pijama mais legal que eu já participei em toda minha vida, nesse dia fizemos guerra de travesseiros, cookies e nos pintamos toda com tinta guache. Adrienne resolveu se pintar de coelhinha e acabei a chamando de várias coisas, incluindo fofinha e ela odiou e eu a chamo assim desde que eu tinha 7 anos.

    Enquanto estávamos no carro de Adrienne, eu estou pensando sobre a noite de hoje. Minha família era composta por meus avós Julius e Ophelia Ainsley, meus pais Alaric e Nadia Ainsley e meus cinco irmãos Hael, eu, Marisol, Morgan e Percy. E tinham meus tios paternos, Daphne e Brian. Meus primos eram Frederick,  filho da tia Daphne e Lavinia e Camille, filhas de tio Brian.
Da parte da minha mãe meus avós haviam morrido antes de nascermos, e eu não entendo direito essa história até hoje, mas ainda temos minha tia Elisa Harvey a irmã de minha mãe, que tem três filhos, Alvin, Samuel e Matias. Dos três tenho mais afinidade com Matias, o mais novinho de apenas quatro anos de idade, ele é um pestinha mas é um amor.