៚ Ma'vie Te Tìrey é uma Na'Vi como qualquer outra, em seu ponto de vista. Uma garota que de especial não há muito, até que um dia na floresta, sua vontade de viver começa a ganhar motivos, quando num piscar de olhos sua vida, passa diante dos mesmos...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝗠𝗮'𝘃𝗶𝗲 𝘀𝗲 𝗲𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝘃𝗮 𝘀𝗼𝘇𝗶𝗻𝗵𝗮 nas florestas de Pandora, sentada em uma grande pedra, em frente a um pequeno lago de peixes. A pequena Na'Vi estava sentada abraçando suas pernas observando os peixes que nadavam para lá e para cá. Ma'vie refletia sobre o motivo de sua existência.
Ma'vie era filha de Ne'weyn a melhor caçadora do clã Omaticaya, ficando atrás somente de Neytiri sua melhor amiga, desde a infância as duas são inseparáveis, estavam sempre fofocando e caçando juntas, porém depois a maior idade e seus casamentos, as mulheres se afastaram durante um tempo. Depois do nascimento de seus primogênitos, as mesmas voltaram a conversar e andar mais juntas. O pai de Ma'vie era Änsit, o melhor guerreiro terrestre da tribo montado em cima de um Pa'Li, ninguém o superava nas caçadas e brigas terrestres. Na opinião de Ma'vie seu pai era um montador de Pa'Li melhor que o próprio Olo'eyktan, mesmo que nunca fosse dizer isso em voz alta para ambos os homens ou até para outras pessoas.
Lágrimas começaram a escorrer pelos olhos da garota ao se lembrar que seus pais são incríveis e habilidosos, enquanto a pequena menina só tinha aptidão como curandeira. Enquanto as outras crianças eram boas em diversas coisas. Assim como o herdeiro do Olo'eyktan, Neteyam era um prodígio, mesmo aos 6 anos, já era um exímio atirador de arco e flecha, e derrotava todos os adversários, nos treinamentos em grupo. Ma'vie não via um motivo para estar viva, ela não orgulhava os pais, mesmo que eles dissessem o contrário a garota.
─ Ó grande mãe, qual meu propósito neste mundo? Porque eu estou aqui? Qual o sentido da minha medíocre existência? - A garota fungou e escondeu seu rosto entre suas pernas, as apertando mais contra ela, enrolando sua cauda em volta dos pés. Tudo estava quieto, só se ouvia seu choro e lamento. Ma'vie levantou sua cabeça para o céu, seus cabelos caiam levemente sobre seu rosto e então Ma'vie fechou os olhos.
─ Responda-me grande mãe! - Ela disse em voz baixa. Num rompante suas orelhas se voltaram para suas costas com um barulho estranho vindo da folhagem e dentre as árvores. Ma'vie virou seu rosto e cessou seu choro, estando alarmada para qualquer coisa. Ma'vie resolveu se levantar devagar, pois não sabia o que tinha atrás dos arbustos e flores ali. Enquanto ela se levantava, pegou sua faca na cintura, mesmo que para ela fosse inútil andar com uma, já que ela não tinha força para usar; Ma'vie se pôs em guarda; a cada movimento e cada som que vinha dali fazia o corpo dela estremecer. Ela torcia para que fosse somente um hexapede perdido, e que assim que a visse fosse embora. Ma'vie decidida de que não queria ficar para ver o que era, começou a descer da pedra onde estava para ir em direção a sua aldeia; Quando Ma'vie desceu da pedra, o barulho se intensificou e Ma'vie se assustou soltando um grito. Quando ela gritou o que estava nos arbustos rosnou e pulou para fora, revelando um Thanator que aparentemente teria uns cinco meses. Ma'vie sabia disso, pois sempre estudou muito com Mo'at, a Tsahik de seu clã, todos os animais da floresta.
Ma'vie arregalou seus olhos quando o animal rosnou para ela, se colocando novamente em posição de guarda. As pernas de Ma'vie tremiam em frente àquele animal que para um Na'Vi adulto não era nada, mas Ma'vie era somente uma criança; tornando aquele oponente, totalmente mortal. Ma'vie deu dois passos para trás e seus olhos começaram a encher de lágrimas. Ela queria chorar e correr, mas seu corpo se paralisou, quando o animal rugiu alto. Ma'vie sibilou para o animal, movendo suas orelhas para trás e balançando sua cauda. A única coisa que vinha à mente da menina era socorro.
