A Madrasta.

3 Surpresinha.

          Pov S/n

   Depois de um dia cansativo de trabalho e de ter aguentado reclamações da Kim, liguei para um táxi e fui para a casa rapidamente , não via a hora de chegar em minha residência e ver meu filho. Quando cheguei ao meu destino, entrei na cozinha e mamãe estava comendo batatas fritas com o Yunho, não adianta falar muito com ela que ele não pode comer essas coisas.

   — Mamãe... — Tiro a tigela de batatas fritas da mesa vendo ambos ficarem aborrecidos.

   — Não vem com “mamãe”, você chegou tarde. — Fala decepcionada comigo.

   — A Hyuna me pediu ajuda com uma coisa, e nem foi tanto assim, e você passou mais tempo com o seu neto, isso deixa ele muito feliz, mas comeram coisas que o médico proibiu, né? — Questiono a mais velha.

   — Querida, você ainda não aprendeu? Essas coisas que os médicos proíbem são todas umas grandes bobagens. — Fala um tanto quanto irritada comigo.

   Deixei mamãe de lado e fui arrumar o meu quarto e o de Namjoon, acabei esquecendo de arrumar mais cedo antes de ir para o trabalho, estava muito atrasada para isso. Sinto uma presença atrás de mim e olho vendo mamãe em pé me olhando sorridente, então me lembro que já estava na hora de ela ir embora.

   — Mãe, obrigada pela ajuda viu!? Precisa de alguma coisa? — Pergunto.

   —Ah tá legal, agora deixa essa cama para lá e é melhor cuidar do seu filho, ele sempre volta da escolinha com muita fome. Se eu morasse aqui, essa criança não estaria tão magrinha e pálido. — Às vezes, me pergunto quando ela vai parar de me criticar em tudo que faço.

   — Está bem, mas ele não está nem magrinho e nem pálido. E outra, você quer tanto ficar aqui mas aonde você irá dormir? No quarto do Yunho? Pensa direito. — Vejo a mais velha se sentar na beirada da cama.

   — Quando o Yunho crescer e trazer uma namorada para cá, ela vai fazer o que quiser e você não vai falar nada, aí você vai me entender como é ficar encostada no próprio apartamento. — Se chateia comigo.

   — Ahh, mãe. Do que você está falando? Você não está encostada, aliás, foi você mesmo que decidiu ficar lá na casa do Dylan, a mulher dele não se incomoda e as crianças te adoram. — Me refiro ao meu irmão adotivo, ele só era um amigo meu antigamente, mas de uns 10 anos atrás, mamãe se apegou tanto a ele que acabou adotando como filho e ele adotou ela como mãe. 

  — O que eles poderiam dizer? Eu cuidei daquelas crianças enquanto Dylan e sua mulher montava um escritório e trabalhavam. Quando eles precisavam de mim, me tratavam bem diferente de hoje em dia, agora é só; “A gente não precisa dela, podemos resolver isso.”

   Eu entendo minha mãe, ela anda um pouco sentida com tudo que está acontecendo e essa mudança de repente, mas uma vez tentei trazer ela para cá e não deu certo, não posso me arriscar de novo.
   Depois que mamãe foi embora, fiquei sozinha com o Yunho, dei um banho quentinho nele e fiz uma janta para nós três. A noite já tinha caído e nada de Kim chegar do trabalho para jantar, isso me deixa um pouco preocupada, mas fico com o meu filho esperando ele aparecer.

           Pov Namjoon

   Mais uma vez que chego tarde em casa, o trabalho está me matando, porém estou muito feliz porque consegui o que tanto queria, acabei ganhando meu bônus como prêmio e isso vai me ajudar muito a realizar o desejo de minha mulher e meu filho, de irem viajar para o Brasil novamente e passar alguns dias em um hotel chique em frente a praia. Estaciono meu carro na garagem de casa, e pego as minhas coisas trancando o mesmo. Quando eu adentro o meu apartamento, estava um silêncio horrível, com isso já tenho noção de que Yunho está dormindo, mas cadê a S/n? Será que já está dormindo?

   — Olá, meu amor... — Sinto braços rodarem a minha cintura delicadamente por trás, sentir seu cheirinho doce me deixa tão calmo.

   — Oi, minha vida. — Me viro dando um beijo em sua testa e a abraçando. — Me desculpe ter chegado tão tarde, mas vejamos pelo lado bom, eu ganhei o prêmio. — Dou a notícia para ela que sorri também, a menor fica nas pontinhas dos pés e se estica para conseguir tocar em meus lábios com um selinho calmo e apaixonado, não aguentei e intensifiquei aquele selar, a diferença do beijo é o que a língua é capaz de fazer.

   Terminei aquele delicioso momento com uma mordida leve em seu lábio inferior, não me dei conta que minha mão já estava em seu bumbum, então aperto levemente aquele local e volto a abraçar a mesma de novo.

   — Fico muito contente por você, meu amor. — Diz e noto que minha mulher já estava caindo de sono. — Vá tomar um banho e jantar, fiz sua comida favorita hoje. — Eu não preciso ganhar na loteria, essa mulher é tudo para mim.

   — Está bem, mas não precisa ficar acordada me esperando, quero que você vá para o quarto e vai dormir. Nosso menino já dormiu? — Pergunto e ela afirma. — Ótimo, daqui a pouco eu vou ir lá ver ele, agora vamos subir porque você vai descansar, só vou tomar um banho e jantar, não vou demorar muito para me deitar ao seu lado.

   Dito isso, nós dois subimos para o quarto e vejo ele tão limpinho e cheiroso que dá vontade de não sair mais de lá, não que o restante da casa esteja sujo, mas é aqui no quarto que eu descanso melhor. Vejo S/n trocar de roupa colocando seu pijaminha confortável e curto, pego a mesma no colo e coloco na cama com todo cuidado do mundo, cubro ela e volto a dar um selinho em sua testinha.

   — Durma, tá bem? Já volto. — Falo baixinho e ela afirma se virando e logo fechando seus olhinhos.

   Vou para o banheiro e tomo meu banho, depois de me arrumar, vou para cozinha jantar, e que comida maravilhosa. O que mais eu poderia querer? Tenho tudo que um homem de sorte precisa, uma mulher maravilhosa, de caráter, um filho perfeito, e uma vida praticamente perfeita.
   Não demorei terminar de comer, aliás, eu também estou cansado demais, hoje o dia foi cheio. Me levantei e fui para o quarto, S/n estava dormindo como um anjinho, e ronronando como um filhotinho de gato. Me dirigir até o banheiro vagarosamente sem fazer nenhum tipo de barulho para não acordá-la, escovei os meus dentes e também fui me deitar.

   — Já jantou? O que achou da comida? — Pergunta e eu aperto os olhos ao ver que a minha tentativa de silêncio falhou.

   — Eu amei, amor. — Abraço a garota que se aconchegou em meu peito. — Tenho uma surpresa para você. — Vejo a menor arregalar levemente os olhinhos enquanto dá um sorriso cansado. — Vamos a praia final de semana que vem. — S/n parecia uma criança quando falei o que era a surpresa, ficou tão feliz e animada, vê-la assim é o meu maior presente.