— O Zorc está maluco, não é possível, faz duas semanas que aquela mulher está no comando do clube, ditando ordens, criando regras, e nós estamos sendo obrigados a obedecer uma fulana que não sabe nem falar alemão.
Digamos que a chegada da Luna causou burburinhos exagerados nas últimas semanas, pois meio que ninguém entendeu pra quê exatamente ela veio. Mas era fácil e bem auto explicativo, Zorc está querendo descansar, e colocar alguém mais jovem pra fazer o trabalho que ele costuma fazer, é muito melhor.
Não é exatamente um problema, mas a Luna tem personalidade forte, e sabe exatamente como gerir seguindo as regras ao pé da letra. E consegue ser bem rude quando é necessário, levar um esculacho dela, é ir direto pra terapia.
— Vocês estão exagerando, é só fazer tudo certo que nada de ruim acontece. É tão ruim trabalhar conforme o clube manda?
— Malik, não seja patético, já entendemos que você está pegando ela, mas defender não vai mudar em nada. Na verdade, só mostra que você é um baita pau mandado.
— Nós somos apenas amigos, não viaja.
A mente das pessoas é bem perversa, acabou que nos demos muito bem, e passamos muito tempo juntos, e simplesmente todo mundo deduziu que temos algo a mais.
— Ah, claro, apenas amigos sim. Então se a Tyla souber que você tem uma linda amizade com a chefe, que você leva ela pra casa todos os dias, liga o dia todo, é de boa? Sem DR?
O Mats é um baita de um fofoqueiro, igual todo mundo nesse clube, isso sim.
— É diferente, eu lá sou otário de levar b.o pra onde já tem muito b.o?
— Uma hora isso aí vai dar merda, e vai sobrar pra você, Malik. E merecidamente.
A verdade é que a minha aproximação com a Luna foi genuína e espontânea, ela passou por um momento complicado de adaptação, teve um início de rejeição, e eu pude ajudar ela a se sentir confortável, e inevitavelmente criamos um início de conexão, mas nada absurdo. Realmente apenas nos damos muito bem.
Finalizei a fofoca, e aproveitei que era almoço para ir na sala dela convidar para comer, eu sei que a mesma tem o costume de passar esse horário sozinha, o motivo é meio cruel, mas ela parece não se importar.
Assim que abri a porta de seu escritório, tive um pensamento vago de como ela fica absurdamente atraente quando está concentrada, e tentei ignorar o arrepio na espinha por causa disso.
— Malik, quem te deu permissão pra entrar na minha sala sem bater?
— Perdão, senhoria Montez, toc toc. Quer almoçar comigo?
Eu sei que lá no fundo, eu a provoco um pouquinho.
— Almoçar com você? Pois eu não entro naquele refeitório nem morta, não quero perder o apetite. Seus amigos me odeiam, e você sabe disso.
— E quem falou em refeitório? Vamos comer no carro da empresa.
— Tá falando do seu carro, certo? Nós dois, dentro do seu carro? Não vai pegar bem.
— Qual é, vamos estar apenas comendo e assistindo séries, o que tem de mais nisso? Duas horinhas, Luna.
Ao mesmo tempo que ela parecia não se importar com a opinião pública, ela morria de medo de ser mal vista. Um medo meio estranho na verdade.
— Tá bom, mas eu escolho a série.
— Ah não, mas eu já escolhi Grimm pra você assistir. Sem chance.
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SOL Y LUNA | JADON SANCHO
RomanceParece clichê, e até um pouco absurdo, mas realmente você aceitou um emprego e conheceu o amor da sua vida. Mas qual seria o custo?