𝗟𝗔𝗖̧𝗢𝗦 ᶦⁿᵉˢᵖᵉʳᵃᵈᵒˢ - GL

「𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 1」

Marine estava no jardim de seu Palácio, o mesmo lugar que a uma semana atrás ela discutiu com algumas princesas que antes eram amigas delas, agora, não passam de desconhecidas que ela encontra de vez em quando.

A lisa escutava calmamente o som dos pássaros e de barulhos que as vezes nem ela mesma conseguia reconhecer, mas isso não importava pra ela, já que o que realmente importava agora era relaxar e esquecer tudo, tudo do presente é tudo do passado, no fundo ela não queria ter deixado as princesas que ela considera irmã na mão, mas era necessário, já que ela tem que ser perfeita.

"Princesas perfeitas não cochicham."
-A voz da mulher que Marine desejava esquecer zumbia em seu ouvido como se fosse uma mosca, ela odiava ter que visitar sua tia, já que a mesma vivia fazendo perguntas que entravam em seu espaço pessoal ou ficava dando "conselhos" a ela, mas esses tal "conselhos" sempre acabavam acabando com tudo, assim como acabou com a amizade das garotas.

Até que um homem com um longo bigode e um cabelo grisalho chega dando passos vagarosos se aproximando do banco de madeira que a morena estava sentada.

-"Vossa realeza..."- Ele se curva.

-Diga, Bartolomeu? -Responde seco sem muito interesse.

-"Seu pai, meu consagrado rei, exclama por sua presença em frente ao trono real, ele quer te dizer algo cheio de importância, palavras do mesmo."

-Diga a ele que não vou.

-"Mas princesa-"

-Vosmecê está me desobedecendo? Eu poderia fazer você ser demitido em cinco minutos, seu grisalho barulhento, não me encomode mais.

O mais velho apenas se curva calado e volta a seu posto dentro do castelo.

"Velhote estúpido." Exclama a mais nova em sua mente.

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*POV: Flora*

Os corredores do palácio estavam preenchidos com os sons de risos e passos apressados. No quarto da Princesa Flora, a cama macia e grandiosa era palco de uma alegre e inesperada rebelião.

Flora pulava animadamente sobre o colchão, cada salto uma expressão de sua liberdade e alegria. Ao seu lado, seu irmão, o Príncipe Adriano com a mesma vivacidade nos olhos, acompanhava-a com saltos desajeitados e risadas que ecoavam pelos corredores.

Os dois riam como se o mundo inteiro fosse apenas aquele quarto, seus risos misturados em uma sinfonia de infância e rebeldia. Os travesseiros, antes arrumados meticulosamente, agora voavam pelo ar, vítimas de uma guerra de plumas.

"Princesa Flora, por favor, desça da cama imediatamente!" implorava Henrique, o mordomo chefe, com uma expressão que mesclava desespero e resignação. Ao seu lado, outros dois mordomos tentavam inutilmente alcançar os dois irmãos, que pulavam e se esquivavam com agilidade.

"Vocês não vão nos pegar!" gritou Flora, sua voz cheia de desafio e diversão, enquanto saltava de um lado para o outro, seus pés afundando no colchão a cada pulo.

Adriano, contagiado pela energia da irmã, riu alto e se jogou em um salto exagerado, caindo de costas e quase derrubando Henrique, que recuou, desajeitado, tentando manter o equilíbrio.

"Vamos, Henrique, dê uma chance para nós," disse Flora, rindo, enquanto pulava mais alto, seu vestido esvoaçando ao redor. "Apenas por hoje!"

Henrique suspirou, passando a mão pelo rosto cansado, mas com um brilho nos olhos que mostrava um carinho disfarçado. "Vocês são incorrigíveis," murmurou ele, tentando abafar um sorriso. "Mas se Sua Majestade descobrir... não quero nem pensar nas consequências."

"Então, não conte a ela!" Adriano exclamou, rindo e rolando pela cama, seu rosto radiante de alegria.

"Não dá pra acreditar que esses dois tem 17 e 16 anos..." Diz Josué, outro mordomo que acabou por desistir de parar os jovens pulando na cama.

Até que o pai de consideração dos dois aparece na porta os chamando atenção.

—"Flora? Podemos conversar um pouquinho?"

—Hum? Ah, claro, sem problemas.

Ela desliza da cama e se dirige ao rei, que a acompanha até a sala de jantar do castelo, onde sua mãe já a aguardava para uma conversa.

*POV: Marine*

Finalmente a garota havia conseguido seu tempo de descanso, ela começa a repensar se não havia tratado mal aquele mordomo que a chamou, mas isso não importava agora, já que no momento em que ela lembrou do mordomo, ela lembrou do que o mesmo havia dito a ela, o rei havia a chamado e no mesmo instante ela se encaminhou até o quarto de seu pai, que provavelmente estaria furioso por conta do atraso.

*quebra de tempo*

Ambas as princesas escutavam atentamente os que seus pais e mães tentavam explicar delicadamente.

Pai da Flora: "Eu arranjei um casamento arranjado para vosmecê, minha filha"
Pai da Marine: "Eu arranjei um casamento arranjado para vosmecê, minha filha"

Flora: O QUE!? — Exclama com um olhar alegre nos olhos.
Marine: O QUE!? — Exclama com um olhar desacreditado.

*POV: Flora*

A cacheava saltava e rodava dentro do quarto do irmão enquanto explicava o motivo do casamento.

—Mesmo que seja para o bem da família! Eu irei me casar! Me casar! Me casaaaaar!— A garota cantarola.

—"Ah! Blá-blá-blá!"— O menino resmunga claramente com ciúmes.

Flora ri baixinho vendo o ciúme totalmente exposto do irmão.

—Mas, irmãozinho, você também vai se casar, com a irmã do príncipe que vou conhecer!

A morena sorri ao ver o irmão logo abrir um sorriso babo e envergonhado.

—" Sério?? Ela é bonita!?"— Ele pergunta ansioso.

—Aposto que sim!

*POV: Marine*

Marine não era muito de desabafar com o irmão, mas hoje ela tinha. Ela se debatia de raiva e tentava segurar os gritos, ela sentia uma vontade insana de bater na cara dos próprios pais.

— "Mas irmã, você tem que entender que é pelo bem da família, não é?"

—Mas eu sinto tanta raiva! Tanta raiva mesmo por ter que casar com um cara que eu nem conheço, e o pior! Sabe aquele rei que se casou com a empregada negra? Exato, é o filho daquela macaca que é quem eu vou me casar!

— Ah! Fala sério! Vai casar com um gorila? — O garoto ri sincero.

A morena revira os olhos irritada enquanto escuta o irmão rir.

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1006 palavras.