Entre Panquecas e Pensamentos

147 14 12
                                    

Aviso: Tenha em mente de que essa fic foi feita com o intuito de entreter os fãs. Caso o shipp não lhe agrade, apenas não leia..

📻×🍎

A casa estava em completo silêncio. Raios de sol invadiram o quarto, anunciando a chegada da manhã, e o som de pássaros e pequenos animais ecoava como uma doce canção matinal. Lúcifer se levantou lentamente, cobrindo o rosto com as mãos, como se quisesse apagar a luz do sol. Logo em seguida, as retirou devagar, abrindo um olho por vez até se acostumar com a claridade. Parecia cansado, como se não tivesse dormido. A vida como professor do ensino médio em uma das melhores escolas da cidade era exaustiva. Conciliar o trabalho com sua vida pessoal só aumentava essa exaustão.

O tempo passou, e já haviam se passado pelo menos dez minutos com Lúcifer ainda enrolando na cama, com preguiça de se levantar. Mas a vida adulta chamava, e ele finalmente cedeu, levantando-se da cama e indo em direção ao banheiro para realizar sua higiene matinal.

Tomou seu banho, escovou os dentes, se vestiu e penteou o cabelo. Lúcifer era vaidoso e gostava de estar sempre apresentável. Pronto, desceu as escadas e foi até a cozinha, vestiu seu avental e começou a preparar o café da manhã.

Ele cantarolava uma canção — ou o que lembrava dela — enquanto pegava com entusiasmo os ingredientes para fazer panquecas: ovos, farinha, leite, manteiga, açúcar, o básico. Sem pressa, Lúcifer começou a misturar tudo até formar uma massa homogênea, deixando os ovos de lado. Quebrou-os em um recipiente separado, reservou as claras e incorporou as gemas à mistura.

Em seguida, bateu as claras em neve com um movimento contínuo, até obter uma espuma leve e fofa. Com confiança, virou o recipiente acima da cabeça para mostrar que estavam perfeitas, e de fato estavam. Despejou a espuma sobre a massa e misturou com extrema delicadeza, garantindo que a mistura não perdesse sua leveza. As claras em neve eram seu truque para obter panquecas macias e volumosas. Finalizou a massa adicionando uma colher de fermento e misturou suavemente mais uma vez.

Lúcifer despejou uma gota da massa sobre a mão, percebendo que faltava apenas algo para sua massa ficar impecável. Foi até a geladeira, retirou um pequeno frasco de essência de baunilha e despejou três gotinhas na mistura, mexendo novamente. Com a massa pronta, jogou uma pequena quantidade de manteiga sobre a frigideira já aquecida e despejou uma concha de massa.

— Bom dia, papai — Charlie, a pequena filha de Lúcifer, entrou na cozinha, ainda meio grogue e com voz rouca, indo em direção à mesa, sentando-se e apoiando a cabeça sobre o mármore frio.

— Bom dia, patinho. Dormiu bem? — respondeu ele quase imediatamente, retirando a panqueca pronta da frigideira e colocando-a em um prato ao lado, adicionando mais massa para fritar.

— Dormi, mas tive um sonho doido...

— Mesmo? Com o que sonhou, pequena? — Parecia um pouco despreocupado. Charlie era uma criança muito curiosa, sempre procurando respostas para as coisas mais malucas. Trocou novamente a massa na frigideira.

— Eu sonhei com aquela modelo que gosto, Lilith.

Lúcifer paralisou ali mesmo. Charlie não fazia ideia, mas aquela mulher era, na verdade, sua mãe. A garotinha tinha sete anos, mesma idade que tinha a separação de seus pais. Depois de começar a trabalhar como modelo, Lilith se tornou outra pessoa, fria e distante. Isso gerou diversas brigas entre o casal, principalmente após o nascimento de Charlie.

No fim, Lúcifer pediu o divórcio, pois não aguentava mais aquela situação. A guarda da pequena Charlie foi concedida unilateralmente ao pai. Lilith discordou no início, afirmando ter o direito de ver sua filha — e, de fato, tinha esse direito atribuído pela justiça. No entanto, nunca aparecia para visitá-la. Apenas enviava a pensão, sem sequer perguntar sobre Charlie.

História ao Som de Jazz | RadioApple | Alastor x Lúcifer ⸺♪Onde histórias criam vida. Descubra agora