09. 18 anos

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Alye Pierce

-tem certeza que não quer fazer nada?é 18 anos Alye-Merida falou e eu dei de ombros, não iria fazer uma festa com minha tia desaparecida mesmo sendo meu aniversario

se passaram meses e não consegui encontra-la, eu me sentia inutil e sem saber oque fazer

-podemos não falar nisso?-pedi enquanto terminava meu ultimo trabalho do colegio, desde que minha tia sumiu eu não fui mais pra aula, mas por algum motivo consegui ser aprovada mas tinha que entregar esse trabalho

Merida estava mais falante que nunca hoje, ela estava o dia todo na minha casa e eu estava ficando louca com a morena 

-eu vou fazer um bolo-ela falou animada e eu neguei respirando fundo -ta bem, calma-ela falou emburrada e sentou novamente no sofá e se concentrou no filme que passava

agradeci mentalmente pelo silencio

Piter não vinha aqui a dois dias, ele estava resolvendo alguns problemas na empresa em que trabalhava e tinha começado o curso de Tecnologia, então ele não tinha muito tempo

nesses meses nós três procuramos pela pessoa das tatuagens mas não conseguimos nada, isso estava me atormentando, e se o Roltez estivesse certo e minha tia esteja morta?

suspirei cansada e guardei todo o material, peguei o papel com o desenho que fiz das tatuagens e vesti meu sobretudo preto e coloquei o capuz

-vai sair?-perguntou e eu assenti

-vou na boate tentar encontra-lo-avisei e ela sorriu

-vou com você-falou e eu neguei

-não, pode ficar aqui se quiser-falei e ela bufou

-eu fico, mas você tem que tomar cuidado, aquele lugar não é muito tranquilo, e você ainda é humana, eu acho, então eles vão conseguir sentir seu cheiro-falou e eu assenti 

-ta bem, vou tomar cuidado, a gente se fala amanhã-falei e acenei saindo de casa

a alguns dias Merida falou que os vampiros iam a essa boate pra tratar de negocio sujo, negocios ilegais no submundo, ela conseguiu o endereço ja que nunca tinha ido e me deu, talvez eu consiga encontrar o homem que pegou minha tia ou pelo menos alguém que o conheça

uma das tatuagens que tinha no braço dele era uma cobra preta com olhos vermelhos, Merida disse que vampiros tem olhos vermelhos quando ficam agitados ou nervosos, ou quando vão se alimentar

precisei pegar um taxi pra ir até a boate, ficava praticamente no meio do nada, era tudo mato em volta e muito escuro, a neblina tomava conta da estrada de chão e logo consegui ver o predio abandonado, o motorista me olhava confuso pelo retrovisor, provalvelmente achava que eu era uma maluca e que mataria ele com uma faca

ri mentalmente e o paguei quando ele parou um pouco distante do predio antigo com um letreiro neon com apenas algumas letras, algumas estavam caidas

bati na porta e um homem grandão com barba ruiva apareceu, engoli em seco e tentei falar sem gaguejar

-Alye-falei e ele me analisou por um tempo e abriu mais a porta me deixando entrar, eu não entendia como funcionava aquele lugar, mas Merida falou que era preciso somente falar meu nome e me deixariam entrar, ok 

passei pelo corredor com iluminação vermelha e logo vi um salão grande com varias pessoas dançando de uma forma vulgar, algumas mulheres no palco dançando, e algumas pessoas no bar bebendo, tinha algumas mesas de dois lugares por ali e nelas tinham pessoas conversando, no canto tinha uma escada que levavam para o segundo andar

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