Benlia, sua lojinha feita a mão♡

Decisão

O pequeno olhou diretamente nos olhos do menor, sentindo suas bochechinhas aquecidas pelas grandes mãos que lhe seguravam.

Um biquinho se formou em seu rosto enquanto pensava.

Em todo esse tempo ele havia adorado a lojinha, pode ficar no tapetinho de grama e receber abraços dos vovôs e vovós que lhe achavam fofinho.

Além disso ele tinha feito pelo menos 6 amiguinhos regressores que vinham a loja pessoalmente quase todos os meses para poder brincar com ele e comprar coisinhas.

Mas era verdade, tinha momentos super desconfortáveis aos quais o pequeno se enfiava do lado da cadeira de Benjamim e só saia quando se sentia melhor.

Além disso, Benjamim ficava um pouquinho triste quando os itens que produzia para a lojinha física não eram vendidos.

E aos poucos o Bazar foi tomando conta, e seus crochês tão adoráveis tornaram-se publicações para que pudessem ser vendidos.

"Então.... Benlia não vai existir mais papai?"

"Vai sim leãozinho! Com toda certeza vai! Mas sabe o que é?"

Perguntou o maior soltando as bochechinhas que já não estavam mais vermelhinhas do frio e puxou o menor para se sentar na cadeira, em seu colo, olhando para si:

"Papai decidiu que Benlia não é somente uma lojinha, ela é nossa lojinha, e não só isso, mas só pude criar essa lojinha porque você, pequeno regressor, estava aqui desde o comecinho..."

O maior parou um pouco para pensar, apoiando sua mão nas pernas do menor:

"E, eu acho tão legal suas ideias, gosto de ouvir você e seus amigos conversando sobre a naninha perfeita que encaixe em suas mãozinhas e sobre os prendedores de chupeta que posso fazer especialmente para o tamanho de vocês. Eu gosto disso, gosto de poder fazer algo tão único para um grupo de pessoas tão especiais"

O maior parou novamente para pensar, e sentiu alguns dedinhos agarrem sua mão, ele sorriu e olhou para aqueles olhinhos que estavam tão fixos em si:

"E tem algo ainda mais legal, a maioria dos regressores gostam, assim como eu, do mar, e gostam assim como você de cogumelos, e como nós dois eles gostam um montão de leões. Todos os produtinhos que fiz com essa temática foram seus amiguinhos que pediram e compraram. Eu quero continuar fazendo o que amo, sem me preocupar com o que o pessoal daqui da vizinhança vai prefirir. Tipo... a dona Dirce ama gatinhos cinzas e é só isso que consigo vender para ela... mas acho que daqui a pouco ela não vai mais precisar de peso de porta em formato de gatinhos hehe..."

O olhar se Benjamim concentrou-se no piso de madeira da cozinha e o pequeno decidiu que agora era sua hora de fazê-lo olha-lo.

Com suas mãos quentinhas segurou o rosto do maior, guiando-o para si:

"O papai tem certeza? Ben Ben quer mesmo fazer arte para nós?"

Um aceno de cabeça confirmou silenciosamente e assim o pequeno engoliu a saliva pensando no que fazer.

"Então, papai, promete que vamos ter mais um mês de lojinha física? Quelo' anuncia para todo mundo que nos visita e fazer uma festinha, pá' comemola' a reinauguração de Benlia"

O maior não pode conter tamanha felicidade, e abraçou o pequeno que se mantia segurando seu rosto.

Esse retribuio o abraço, apoiando seu queixo nos fios do maior.

"Liam, o que pretende fazer esse mês?"

"Num sei ainda, mas... agola' eu quero tomar cafézinho quentinho e comer bolinho de chuva, pode?"

Perguntou sorridente segurando a orelhinha de seu papai com uma das mãos.

O maior concordou levantando o pequeno de seu colo e o levando até sua cadeira, onde o Senhor Cogumelo, a Senhora Baleia e o Senhor Chei' de Peludinho o esperavam.