Saber.

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Caminhar.

Depois de tudo.

Depois de quando você supera ela.

Ao final de eu aguardar pacientemente, por dias, horas e segundos.

Falando com você em vezes ocasionais, recebendo algumas pequenas palavras em forma de resposta.

Você decide caminhar.

Com ele.

Com um garoto que você conheceu tem apenas algumas semanas. Um aspirante a músico desinteressante.

Querido, eu acho que não me reconheço mais. Não como antes.

Eu não era assim, eu nunca me importei tanto com alguém dessa forma, ao ponto de me incomodar tremendamente. Você não sabe o quanto eu odeio agir de forma impulsiva, porque eu não sou esse tipo de pessoa.

Eu não era.

Mas então, você apareceu.

Você sorriu para mim, nós conversamos sobre livros, você me falou sobre a sua maravilhosa escrita.

Eu me apaixonei.

E então, ela surgiu.

Ela te machucou, te ignorou, te fez um mal do qual eu me contorci.

Você chorou.

Eu a fiz sumir.

E, agora, ele apareceu.

Você parece feliz, animado. Como se eu não existisse. De uma forma que eu não pudesse ser o suficiente para você se animar, para você querer fazer uma simples caminhada.

E eu senti vontade de matá-lo.

Eu deveria?

Esse Seokyoon.

É o nome dele, certo?

Eu penso nisso constantemente, desde três dias atrás. Quando vi vocês dois parecendo mais próximos a cada instante.

E, agora, quando você simplesmente estava descendo as escadas saltitante com ele e você me respondeu que vocês iriam "caminhar", amor, você não sabe como eu me segurei para não fazer algo com ele naquele mesmo momento. Na frente de todos, me impedindo de fugir de qualquer autoridade que me observasse.

Eu tive que sorrir, querido.

Dizer que era uma ótima ideia passear em um dia não tão quente assim.

Não era uma mentira, afinal.

Mas, esse passeio, deveria ter sido comigo.

Eu estava te esperando.

Pensei que aquele horário seria o que você desceria, como de costume. Tinha pensado, talvez, se você gostaria de comer alguma coisa em qualquer lugar que você escolhesse para ir.

Eu sou tão repulsivo assim?

Ao ponto de você não querer me dar uma mínima chance?

Por que as coisas não podem voltar a ser como o nosso primeiro dia?

Como nos conhecemos.

Sabe o que me refreia?

É porque ele ainda não fez nada com você. Não te machucou, não te fez chorar.

Eu não sou uma pessoa ruim, Jongwoo-ya. Não posso apenas matar um amigo seu que te faz bem, certo?

Já que é isso que vocês são, apenas amigos.

Mas o que eu devo fazer? De agora em diante. Somente observar vocês se aproximarem cada vez mais? Não fazer mais nada em relação a tudo isso?

Eu não sei, Jongwoo.

Essa é a primeira vez que eu me encontro com um resultado desse.

Não saber.

Porque eu sempre soube.

Desde quando eu nasci, desde quando cresci. Desde quando a Sra Eom me fazia dilacerar aqueles malditos coelhos.

Eu sabia tudo que iria fazer a partir disso.

Mas, agora, nesse ponto, eu não consigo chegar a uma simples conclusão.

A única coisa que eu sei, e que posso afirmar sem ao menos pensar, é que eu queria estar com você.

Ter você, ser aquele que te faz sorrir.

Somente isso, querido.

E eu penso se essa realidade é tão impossível assim para nós.

Por que não eu? (Moonjo & Jongwoo)Onde histórias criam vida. Descubra agora