Almost Brother-Rafe Cameron

15-Goodbye Outer Banks🌊

Dr.Dog–Where 'd all the time go?

(...)

•Rafe Cameron

Atiro em meu pai sem medo e arrependimento algum, naquele momento a única coisa que me importava era Clara e nossa filha.

Me desesperei vendo Clara sangrando e dei um tiro no peito do meu pai que logo caiu para trás.

Assim que vi ele caindo para fora do barco fui correndo até Clara em total desespero.

—Ei, Clara, acorda!!— chamo-a mas ela está apagada o que aumenta meu desespero—

Pego ela no colo e a coloco deitada em um sofá do iate.

Chamo ela mais uma vez sentindo as lágrimas dos meus olhos surgirem de medo

—Clara, por favor acorda por favor!!— a chamo vendo todo aquele sangue— por favor meu amor— digo e em um segundo Clara abre os olhos suspirando e recuperando o ar—

A abraço e ela faz o mesmo em desespero.

—Vamos.. embora— ela diz fraca—

—O que? Não, não podemos você tá machucado preciso te levar pra um hospital!!— digo me levantando mas Clara puxa minha mão e a olho—

—Por favor Rafe, vamos sair desse lugar— diz a voz saindo quase como um sussurro—

Sorri fraco e acenti.

Liguei o motor do iate e damos partida.

(Quebra de tempo)

Faziam algumas horas que estávamos ao mar e tudo estava um silêncio. Quase amanhecendo. Fiquei a noite inteira ao lado de Clara preocupado com ela sem saber o que fazer.

—Você tá bem? Por favor aguenta só mais um pouco ok? Por favor só mais um pouco, não fecha os olhos Clara por favor!!— imploro com sua cabeça em meu colo—

Clara sorri fraco com os olhos quase baixos.

—Por favor amor, você não pode dormir ok? Só mais um pouco e estaremos nas Bahamas!! Por favor Clara não feche os olhos agora ok?— digo segurando sua mão—

Deixei Clara deitada ali e peguei uma toalha em uma de nossas malas.

Peguei também uma garrafa com água limpa e molhei um pouco a toalha.

Voltei até a frente de Clara e a ajudei a retirar a bermuda que vestia é que estava totalmente cheia de sangue. O sangramento dela já havia parado, porém eu estava preocupado com o bebê.

Não me arrependo de ter dado um tiro no meu pai, fiz isso pela minha familia, pela família que eu nunca tive e agora tenho. Mas meu medo e desespero é maior quando vejo que Clara está ensangüentada desse jeito e não temos para onde ir porque estamos no meio do mar.

Pego a toalha molho ela na água e torço um pouco, peço entre as pernas e barriga de Clara vendo ela sorrir baixo e gemer de dor ao sentir meu toque.

—Desculpa.. — peço e ela assente—

—Tudo bem.. a dor parou um pouco— ela diz e eu termino que ajudá-la a limpar o local e vestir outra roupa limpa.—

Guardo as coisa e procuro por uma bolsa de medicamentos que normalmente tem de primeiros socorros no iate. Encontro e acho um remédio para dor. Dou para Clara a ajudando a tomar a água da garrafa para engolir o remédio.

Depois me sento no sofá e coloco ela em cima de meu peito. Suspiramos juntos.

O silêncio e a água do mar batendo no barco mostra que temos paz, mas ao mesmo tempo o silêncio é desesperado por não termos encontrado terra ainda.