Onde uma simples garota e um ator famoso acabam criando uma história de amor. Mayve, uma garota que se mudou para Los Angeles, vira vizinha de Walker Scobell, o ator que ela tanto ama. Mal sabem os garotos que uma rivalidade intensa vai acontecer. U...
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Walker Scobell
Rick já havia postado no perfil da série que nós terminamos. Mayve e eu também postamos, mas o que deu mais comentários foi o de Rick. A maioria das pessoas diziam "Sinto muito." ou também "Eles eram tão fofos juntos.", mas o comentário que mais me chamou atenção foi o de Megan. Eu nem sabia que ela acompanhava o perfil no instagram, mas seu comentário gerou muitas curtidas e respostas. "Parem de falar isso, agora ele está junto comigo.", Megan comentou isso.
Depois da postagem de Rick, eu conseguia ver pela janela de meu quarto que Mayve ainda chorava em alguns momentos. Vou falar a verdade; eu não pensei que ela ficaria assim. Mayve nem gostava de mim, mas quando aconteceu o beijo, o mundo dela acabou.
Nesses momentos eu tinha vontade de pular minha janela para a dela e dizer que está tudo bem, que tudo isso foi apenas um acontecimento ruim, que estou sempre com ela.
Já tinha escurecido fazia um tempo e eu já fui em sua casa umas duas ou três vezes para tentar falar com ela, torcendo para que ela abrisse a porta, mas quem sempre abria era Thiago, sempre com seu rosto fechado e seus braços cruzados. Apenas parei de tentar por que ele me disse que ele não iria mais abrir.
"Garoto, já disse para sair. Ela não quer conversar com você. Vaza.". Bom, ele disse isso.
Nesse momento eu me encontrava de joelhos em minha cama, apoiado com meus braços na janela enquanto via Mayve dormir como anjo em sua cama. Seu quarto está escuro, apenas com a luz azul de seu led que está suavemente iluminando ela. A coberta cobria ela até a cabeça, o tecido subia e descia de acordo com sua respiração.
Por alguns momentos olhando para ela, percebo que estava acordando. Seus olhos estavam se abrindo, seu corpo se mexia para espreguiçar, suas mão passavam pelo seu cabelo, seu rosto inchado de dormir. A garota se sentou na cama e começou a olhar para um ponto fixo, que depois de um tempo percebi que esse ponto era eu.
Corro rapidamente para minha escrivaninha e pego um caderno junto de uma caneta preta. Meus pés batiam no chão com intensidade para voltar a janela, rezando para que ela ainda esteja lá; e ela estava.
Arranquei um papel de meu caderno e escrevo bem rápido "Podemos conversar?" e mostro para ela que demora um tempinho para ler. Sua resposta foi apenas um "Ainda não estou muito bem, prefiro depois."
Quando eu abaixo minha cabeça para escrever outra coisa, ela fecha suas cortinas e eu mostro meu papel escrito "Eu te amo.". Meu sorriso que estava estampado, agora se desmanchou, sabendo que essa foi a última vez que ela vai me escutar.
Meus olhos permaneciam em sua janela, com esperanças de que ela abra novamente.
Leena bate na porta de meu quarto e eu grito um: Entra.
-Sinto muito. - sua frase fez eu me virar para ela. A garota estava com uma bandeja em mãos que havia cookies azuis e leite que aparentava estar quente.
-Tudo bem. - ela me entrega a bandeja e se senta ao meu lado da cama.
-Sei que você gostava dela.
-Ainda gosto. - minha boca cheia de cookies tenta soltar a frase.
Leena acariciava meus cabelos enquanto eu tomava o leite.
-Não gosto de ver você triste assim. Quer conversar?
-Lee, eu gosto dela, eu amo tanto ela. - minha própria frase ecoa em minha cabeça.
Eu realmente amava ela? Essa é a questão. Mayve é uma garota tão simpática e inocente para ficar no meio de minhas confusões. Talvez essas confusões tenham sido criadas por ela, ou pela minha cabeça totalmente confusa e bagunçada.
-Eu sei, Walkie. Mas olha, talvez seja o tempo de vocês serem apenas amigos. Não existe tempo para o amor, talvez tenham tentado um pouco cedo de mais. Mas sei que se vocês realmente se amam, vão voltar. Confia em mim.
-Leena, será que ela realmente me amava como eu a amava?
-Tenho certeza. - seu olhar estava diretamente em mim. Ela transmitia verdade. - Tenta conversar com ela.
-Mas ela não quer. - após minha fala ela pega um cookie e enfia na minha boca.
-Eu falo com ela. - sua silhueta é movimentada para a porta e logo se levanta. - Pensa bem no que eu te disse. - ela sai e fecha a porta.
Os pensamentos começaram a rodar minha cabeça logo após o barulho da porta se fechando.
Talvez Leena realmente esteja certa. Talvez não seja o momento certo.
