capítulo dez

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I love you
The things that cross my mind while I'm by myself
I hate you
These things go through my mind while I'm by myself
I fuck you
These things run through my mind while I'm by myself

Well fuck you
It's always on my mind, think I need some help

Acontece que Harry não tinha esse direito.

Draco acorda na manhã seguinte sentindo mais ou menos o que sentiu quando ele acordou sem Potter um dia depois da sua viagem.

Péssimo, esgotado. Triste.

Harry não tinha esse direito. Não podia simplesmente aparecer ali, dizer a porra de um oi e agir como se nada tivesse acontecido, como se eles não se encontrassem há mais de um ano. Como se o que eles viveram não tivesse sido intenso demais. Como se Harry já estivesse superado e olhar Draco já não doía tanto nele.

Malfoy se sente fraco porque nele próprio ainda dói. Na verdade, não tinha voltado a doer até Harry aparecer. Ele não tinha esse direito.

Ele acorda mal. Ressaca desgraçada faz ele se levantar para pegar um remédio. Sua carranca é triste e ele se sente incrivelmente confuso.

"Hey, bom dia." Uma voz surge ao lado dele.

"Hey", Draco responde de volta, virando-se para Blaise. Sua voz sai rouca até para os próprios ouvidos, apesar da água que acabara de tomar. "Bom dia."

"Noite boa?"

Draco consegue sorrir. "Foi muito bom." Ele fecha os olhos. "Eu precisava disso."

Blaise coloca uma mecha do cabelo de Draco atrás de sua orelha. "Quer que eu faça café? Bem forte?"

Ele respira de alívio. "Sim, por favor."

"Pronto, vá se deitar mais um pouco, consigo ver sua exaustão nos olhos." Blaise se vira para abrir os armários.

"Estou tão mal assim?"

Ele sorri. "Para mim você está sempre lindo."

Draco consegue sorrir de volta genuinamente. O sorriso acompanhando-o enquanto ele vai para o seu quarto, enfiando-se debaixo do edredom. Ele sente seu telefone vibrando embaixo dele, sua testa franzido porque nem sabia que seu celular estava ali.

Ele pega e abre a mensagem de Pansy, avisando que ela está aqui em vinte minutos e quer o número do apartamento. Draco lhe passa sem fazer ideia do que ela quer aqui às — Draco olha o horário — três da tarde.

Três da tarde? Malfoy olha novamente e pisca abismado.

Há três batidas na sua porta do quarto, a cabeça de Blaise aparecendo, logo em seguida, seu corpo inteiro. Ele estende a caneca de café para Draco, um sorrisinho no rosto. "Espero que esteja bom."

"Obrigado, Blaise", Draco murmura, levando a caneca aos lábios.

"Nada. Aliás, Simas já fez o almoço, quando você quiser comer pode ir lá." Blaise se senta na ponta da cama. "Rony está meio estranho."

Draco suspende as sobrancelhas. "Meio estranho? Estranho como acabei de matar uma pessoa e ninguém pode saber, ou estranho como odeio tudo e todos?"

"Odeio tudo e todos", Blaise responde enrolando seus dedos no lençol da cama. "Ele me olhou feio várias vezes essa manhã, quero perguntar o que aconteceu."

"Deve ser apenas ressaca, não esquenta com isso", Draco fala levando o café novamente aos lábios. Draco escuta uma outra batida na porta, desta vez na principal. "Deve ser Pansy."

Magnetic Seas - drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora