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Maria

Quando os paramédicos chegaram percebi que ela tinha apagado,eu estava tão desesperada e com medo que comecei a sacudir ela

-senhora se afaste pra gente prestar os primeiros socorros

Me afastei e avó estava aos prantos

Maria: Ela vai ficar bem,ela é forte
Vovó: A culpa é minha
Maria: não é hora de procurar um culpado,precisamos salvá-la
Vovó: Você gosta dela,né?
Maria: mais do que deveria,mesmo ela não gostando de mim
Vovó: Mon é uma boa menina e faz bem pra ela
Maria: acredito que faça mesmo,mas a gente não manda no coração
Vovó: deixe elas viverem em paz
Maria: Eu gosto tanto dela que até aceitaria dividir com essa mon
Vovó: me parece que a mon não aceitaria
Maria: infelizmente

Os paramédicos colocaram ela na ambulância eu fui junto segurando sua mão,a avó dela foi com motorista

-o que ela é sua?

Ela não era nada minha,mas não seu se poderia dizer isso

Maria: Ela é o meu amor

Sam:Mon-a voz dela sai fraquinho
Maria: shiu,eu estou aqui,vai ficar tudo bem

Chegamos no hospital e ela foi fazer exames,fiquei na sala de espera com a família

Neung: Eu preciso ir avisar  garota,está tarde e ela vai ficar preocupada
Maria: espera pelo menos o médico voltar com notícias

O celular dela estava comigo,eu vi que ele vibrou algumas vezes e fui olhar,ewr a namorada dela,eu não iria atender,acho que se ela ouvisse minha voz seria pior

Alguns minutos depois o médico voltou dizendo que por sorte a bala não acertou nenhum órgão vital,só que ela perdeu muito sangue e terá que fazer algumas transfusões

Neung: Ela vai demorar pra acordar
-não sabemos,o corpo dela precisa se recuperar da perda repentina de sangue

Neung:Bom eu vou ir atrás da menina
-tome cuidado querida
Neung: pode deixar vó

Mon

Já eram quase 10h da noite,eu não sabia aonde ela tinha se metido,tentei ligar algumas vezes mas cai na caixa postal

Pohn:Ela deve estar com a família
Mon: Elas brigaram,não sei se ela tá na casa da amiguinha dela
Pohn: Se ela não for dormir lá, logo ela aparece

A campainha tocou

Mon: Deixa que eu abro- dei de cara com a irmã dela
Neung: Oi mon
Mon: Oi,o que aconteceu?
Neung: Se senta

Meu coração estava acelerado e uma sensação de medo apareceu,ela começou me contar e eu entrei em desespero

Aon: Calma filha
Mon: Eu preciso ver ela pai
Aon: você vai ver,mas precisa se acalmar

Eu tremia de medo de perder ela,subi correndo e me troquei

Mon: Vamos
Neung:Vamos

O hospital era longe,assim que chegamos ela me identificou na recepção e pudemos ir para a sala de espera

Assim que cheguei lá dei de cara com  a Maria

Mon: o que ela faz aqui ?
Neung: Ela veio na ambulância com a Sam
Mon: Já pode ir embora,não acha?
Neung: Ela não esta fazendo nada mon

Respirei e acabei me sentando do lado dela,ela me deu uma olhada mas não disse nada

Vi o médico aparecer na porta e me levantei na hora

Maria: já podemos ver ela ?
-sim,mas um por vez
Neung: vai você primeiro Mon

Concordei com a cabeça e entrei no quarto dela,ela ainda estava desacordada e tomava uma bolsa de sangue pela veia

Me aproximei da cama e peguei a mão que já tinha nenhum acesso venoso

Mon: Oi meu amor,desculpa não estar perto pra te proteger-eu comecei a chorar-fica bem logo tá,eu não vou sair só seu lado até você acordar

Me levantei e dei um selinho nela

A porta se abriu e era a Neung,ela se aproximou da Sam

Neung:Eu preciso que você acordei caçulinha,eu não vou suportar perder você como perdi a song
Mon: Quem era song?
Neung:Nossa outra irmã,ela faleceu em um acidente de carro
Mon: Nossa
Neung: Eu preciso dela Mon-ela chorava
Mon: Ela vai acordar Neung,ela é forte

Ela me abraçou tão forte que deu pra sentir o medo dela

Neung:Eu vou levar minha avó em casa e já volto,a Maria quer ver ela
Mon: pra que?
Neung: Ela disse que vai embora e quer dar tchau
Mon: Eu vou ficar aqui,pede pra ela entrar
Neung: Tá bom

Ela saiu e eu voltei a me sentar na cadeira do lado dela

Maria: com licença
Mon: Entra
Maria: a gente nunca teve chance de conversar
Mon: acho que agora não é o momento
Maria: Eu gosto dela Mon
Mon: Eu também
Maria: É eu sei,mas diferente do que muitos pensam,eu não quero o mal dela
Mon: Você não quer o mal,você quer ela
Maria: é verdade,mas ela não me quer
Mon: hum
Maria: Vou esperar ela acordar e vou voltar pra casa que trabalhava

A presença dela me incomodava,ela não era uma pessoa confiável,ela foi pra perto da cama da Sam e deixou um beijo na bochecha dela

Maria: Tchau bebê

Ela sorriu pra mim e saiu

Dois dias se passaram

Desci pra tomar um café,eu não sai do lado dela em momento alguém,meu corpo estava exausta,mas eu não sairia do lado dela até ela despertar

Neung:bom dia mon
Mon:Oi Neung
Neung: novidade?
Mon: Ainda não

Quando voltei pro quarto vi que o marcador cardíaco estava apitando,me aproximei dela

Mon: calma meu amor,eu estou aqui

Fui até a porta pra chamar a enfermagem

Sam: Mon- a voz estava baixinha

Voltei correndo pra perto dela

Mon: sou eu amor,sou eu
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quando o amor acontece Onde histórias criam vida. Descubra agora