23 de fevereiro.
12:00. SábadoPro começo dessa história, vamo começar pela minha infância.
Eu nunca conheci minha mãe e nunca tive vontade, pelas coisas que eu ouvia ela não era uma pessoa boa, mas quem sou eu pra falar quem é bom ou ruim? Eu moro com meu pai desde que eu nasci, meu pai é um mafioso fudido, eu tenho um irmão mais velho o Luís Fernando. Porém eu chamo ele de Nando, tenho pouco contato com ele, ultima vez que eu o vi eu tinha 12 anos
Meu pai nunca se fez muito presente, por mais que me lotasse de presente, Nando era meu irmão por parte de mãe, resumindo minha mãe botou chifre no meu pai e ficou grávida do Nando. Depois de alguns anos eles voltaram e eu nasci
Eu moro no Rio Grande Do Norte, tenho 20 anos e sou advogada, " nossa 20 anos e já é advogada?" Quando você tem um pai mafioso e um irmão procurado pela polícia, você tem que arrumar um jeito de defender sua família.
agora vamos pra minha vida atualmente
Richard: Você não se manda caralho, eu mando em você! - bate na mesa frustrado
S/n: Agora você quer dar uma de pai? Depois de anos não sendo presente, você acha que jóias ou presentes cobrem sua ausência? Pra você chegar e achar que pode mandar em mim e me fazer como objeto de vitória? Vai se fuder - digo e bato a porta de seu escritório
Meu irmão estava sendo procurado, eu ia ter que me mudar de cidade, ia ter que encobrir ele, e se ele fosse descoberto. Eu seria a advogada dele.
Minha mente tava um caos, eu conseguiria fazer tudo isso?
quebra de tempo:
eram 18:00 da tarde, eu estava terminado de arrumar minhas malas, coloquei tudo o que iria precisar, não peguei muita coisa afinal eu tenho dinheiro o suficiente pra comprar qualquer coisa se fosse necessário ou faltasse. Terminei minhas malas e logo desci elas, o motorista a colocou dentro do carro e meu pai estava ao seu lado me esperando. Vou em direção ao carro e entro
Richard: Toma, é sem limite, se precisar me liga - diz me entregando dois cartões
Pego os cartões e logo subo o vidro, não queria chorar na frente dele, nem de ninguém.
A questão é que minha infância foi um tanto conturbada por causa da ausência do meu pai, eu já cheguei a ficar 3 anos sem o ver, por causa dos negócios dele. Eu fui estrupada por um cara que ele devia quando eu tinha 9 anos, nunca tive uma mãe pra conversar comigo ou me contar sobre como seria minha primeira menstruação. Ou quando eu perdesse minha virgindade, quando eu amasse uma pessoa, fizesse amizades novas.
Meu pai sempre me deu tudo do bom e do melhor, nunca me faltou nada, e eu sou eternamente grata a ele por isso. Porém, a presença dele como pai me faz falta, eu sempre me esforcei e fiz de tudo para ter a aprovação e orgulho dele, porém ele nunca me deu um elogio como filha, ou pelos meus esforços, ajudas e até mesmo conselhos para ele mesmo.
Na maioria das vezes, ele me proibia de fazer tudo, de sair, de ir pra escola, sair sem seguranças, eu nunca poderia correr o risco de sair sem proteção, afinal ele é um grande mafioso. E se eu for pega, eu morreria porque eu sou fraca como ele mesmo diz
infelizmente, palavras machucam. E eu sempre procurei a aprovação de quem mais me machucava.
quando eu tinha 13 anos, eu me apaixonei por um garoto, ele era 3 anos mais velhos, ele fumava maconha, roubava, não por necessidade e sim por ser um dinheiro mais fácil. Eu contei tudo meu pra ele, ele me traiu, me abandonou no momento em que eu mais precisei dele, me fez de gato e sapato. E eu sempre voltava, por o amar demais, e isso foi até eu completar 15 anos, foi quando eu me mudei pro Rio Grande Do Norte e tudo mudou.
e sim, eu digo e afirmo, minha vida parece uma série maluca, onde todos ao meu redor são bandidos, ou pessoas ruins.
e talvez até eu pense, que eu sou uma pessoa ruim.
24 de fevereiro
05:00 domingo.faltava pouco para chegar em São Paulo, eu iria ficar na vila Áurea, quebrada onde meu irmão cresceu e se criou, onde ele começou no corre e subiu além do alcance.
Assim que eu chego, o carro para no começo da favela, os homens do meu irmão vieram me ajudar com as malas, desço do carro e pego minha bolsa, ascendo um baseado e logo subo as escadas do morro junto com os moleques que tavam levando minhas malas.Assim que a escada termina, dá em frente uma biqueira, biqueira 4 da rua b, lá estava meu irmão, junto com um homem com tatuagem no pescoço, ele me encarou de cima a baixo e logo desviou o olhar, parece que aqui vai ser interessante afinal das contas
Nando vem em minha direção, e o homem o acompanha
Nando: Até que enfim, irmã - diz e sorri
Logo o abraço, e ele retribui
S/n: Nossa irmão, quanto tempo, da última vez era um pirralho - digo rindo
Nando: i qual foi' tu era uma piolhenta e eu não falei nada - diz rindo
S/n: se fuder Luis Fernando - digo e reviro os olhos - vou guardar minhas coisas onde?
Nando: Bom, como teu pai disse, você vai ter que ficar aqui na quebrada, mas separei uma casa top pra tu, leva ela lá pulga, tenho que resolver uma caminhada - diz olhando seu celular tocar - vamo formiga
Pulga: me segue - diz e sai andando
os homens já tinham levado minhas coisas enquanto eu conversava com Nando, só era eu e o pulga, vulgo estranho, porém ele é um delícia.
Depois de andar um pouco, chegamos na minha casa, e uou era simples mas era linda, me deu um lugar de paz e aconchego
Pulga: Eu sei que tu é paty enjoada, mas dentro da quebrada essa é a melhor que tem - diz se referindo a casa
S/n: Não sou Paty enjoada, e outra, essa casa é perfeita pra mim, me senti em casa sabe? - digo admirando o lugar
Pulga: Que bom madame, porque você vai ficar por bastante tempo joia - diz e me encara de cima a baixo
S/n: entendi, pulga - digo e o encaro
Pulga não diz mais nada, apenas me encara e depois observa a casa comigo
Pulga: Bom eu vou indo, c pá o Nando vai me colocar pra cuidar de você, se precisar ir pra algum lugar ou de ajuda com alguma coisa, me dá um salve - diz e sai da minha casa
S/n: mas como vou te dar um salve se eu não tenho seu número? - digo pra mim mesmo
É, começamos bem.
Primeiro cap amores 🤍