Brasil?

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Pov: Agatha 

Thiago me fez o convite para ir a feira Brasileira e eu me surpreendi, achei que estava interessado na Mariana, me arrumei e fui tomar um café da manhã bem reforçado já que iremos andar o dia inteiro hoje, ao que parece Mariana e Richard se acertaram, não culpo tanto o Richard ele tem todo um esforço e uma trajetória para zelar, mas ao mesmo tempo isso prejudica emocionalmente a Mariana, ainda é estranho ver meu professor sem camisa circulando pela casa, o Thiago já estava me esperando lá fora com um carro que acho que é do seu colega de quarto, estava mais lindo que nunca. Chegando na feira eu fiquei impressionada com a variedade de povos e cultura que havia em um só Lugar, o Pessoal do nordeste, os povos originários, comidas típicas de várias regiões brasileiras.

-O que você tá achando.- perguntou me entregando um pratinho de “cuscuz com charque” que é um comida nordestina.

-Isso aqui é um paraíso, quero muito conhecer o Brasil um dia.- dei uma garfada no cuscuz.- isso aqui deveria ser um crime de tão bom que é.

-Bom que você gostou, lá no nordeste do Brasil a gente não vive sem.- falou Thiago me puxando pela mão.

Em cada barraca que íamos eu ficava ainda mais encantada com a cultura brasileira, a similaridade dos nossos idiomas facilitava bastante o diálogo com os brasileiros que estavam apresentando seu trabalho. Mas pra frente encontramos uma barraquinha que vende “tapioca” como Thiago me disse, e a moça começou a contar a história da tapioca.

-A tapioca originalmente surgiu em Pernambuco no nordeste do Brasil, a primeira casa de Farinha foi erguida em ‘Ilha de Itamaracá’ no litoral norte de Pernambuco, mas a primeira tapioca a ser feita foi em Olinda tempos mais tarde.- falou nos oferecendo pratinhos com tapioca de queijo coalho.

Eu sempre achei que tapioca era parecida com as arepas colombianas, mas na verdade é algo surreal, é firme e aveludado, comprei algumas pra levar para a Mari experimentar, certeza que ela vai amar essa iguaria.

Enquanto caminhávamos entre as barracas, absorvendo cada detalhe da feira brasileira, Thiago e eu nos envolvíamos em conversas animadas com os expositores. Trocávamos histórias sobre nossas culturas, ele me contava de suas experiências no Brasil, e só me deu mais vontade de conhecer esse país maravilhoso, ríamos das diferenças e nos maravilhávamos com as semelhanças.

-Você sabia que o Brasil é tão diverso que cada região tem suas próprias tradições culinárias?- Thiago comentou, apontando para uma barraca repleta de comidas regionais da Bahia

-É incrível como a comida pode refletir a identidade de um povo,- respondi, experimentando um acarajé com um sorriso satisfeito.

Conforme a gente andava pela feira, éramos envolvidos pelos sons de músicas brasileiras, pelo cheiro tentador das delícias e pela energia contagiante de todos que visitavam. Maravilhada, eu me sentia como se estivesse explorando um mundo totalmente novo.

De repente, começou a chover. As pessoas correram em busca de abrigo sob as tendas das barracas, enquanto Thiago e eu nos abraçamos, rindo da situação, nós encaramos e a tensão que surgia ali era palpável, mas não era uma tensão ruim, era uma energia muito boa.

-Que timing perfeito, hein?- comentei, olhando para o céu cinzento.

Thiago segurou minha mão e sorriu. -Bem, pelo menos agora temos uma desculpa para ficarmos juntos mais um pouco.- quando ele falou isso parecia que estava passando um pananá no meu estômago.

A chuva não diminuiu nossa empolgação. Continuamos explorando a feira, agora sob o brilho das gotas de chuva que cai sobre nossas cabeça. Entre risadas, conversas e trocas de olhares intensos, eu sentia que algo especial estava se formando entre nós.

A queridinha do professor Onde histórias criam vida. Descubra agora