PRÓLOGO

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JADE RELISH

Amor..até onde as pessoas iriam pelo amor? Até onde as pessoas iriam para salvar quem amam? O que elas fariam, para ter quem amar, novamente?

Há pessoas no mundo, que não tentam nada, apenas deixam a sua pessoa especial partir, pois acreditam no destino. Mas também há pessoas que fariam loucuras para fazer a pessoa especial ficar. Há diversas exceções nesse mundo.

Outras, usam seu dinheiro para salvar quem amam, mas então a desigualdade impede que todos façam isso. Aceitam apenas aqueles com fortes contatos e conexões, pessoas “garantidas”, o que uma pessoa pobre teria? Apenas dinheiro? Às vezes, nem isso eles têm, apenas podem observar quem amam partir, sem fazer nada, pois eles não têm direitos.

Eu nasci em uma vila humilde da Tailândia, onde muitas vezes, passei fome. Comecei a trabalhar cedo com meus pais e irmãos, para que ao menos tivéssemos um pedaço de pão para pôr sobre a mesa. Com o esforço de meus pais, eu pude ir para uma faculdade após o ensino médio, onde me formei nutrição. Trabalhei em hospital particular, o que fez eu acumular rapidamente dinheiro em minha conta bancária, depositava dinheiro para meus pais todos os meses, mas eles não usavam, me mandavam de volta, pois para eles, fizeram apenas a obrigação deles de pais e não iriam aceitar aquilo. Meu irmão mais velho, Syn, e meu irmão mais novo, Sunoo, começaram a cuidar dos nossos pais, então os fiz aceitarem o dinheiro, ao menos para ajudar nos remédios e assim eles fizeram.

[...]

– Oii, eu trouxe bolo! — Falei com um belo sorriso em meus lábios, deixando o bolo 4 leites com morango, sobre a mesa amadeirada. – Ninguém sentiu minha falta? Poxa.. – Fiz um bico em meus lábios, enquanto escutava os resmungos de meus pais e irmãos, que vieram me abraçar.

Meus pais haviam se aposentado já. Quando eu tinha meus 6 anos de idade, minha mãe nos abandonou. Anos mais tarde, meu pai conheceu, Vegas, ele é o nosso padrasto, mas vemos ele como um verdadeiro pai, já que batalhou ao nosso lado até os dias de hoje, somos muito gratos a ele e ao pai Pete. Sunoo e Syn trabalham juntos em uma empresa de tecnologia, por mais que suas áreas de formação sejam bem diferentes, o trabalho funcionou. A empresa é perto da vila, facilitando que eles cuidem de nossos pais.

– Então..um nutricionista não deveria ter trazido uma salada de frutas, ao invés de um bolo? — Sunoo perguntou com sarcasmo em seus lábios, me fazendo sorrir.

– Hoje é o dia da guloseima, irmãozinho querido — Falei com uma voz fina e engraçada, me fazendo rir com a minha própria fala, meu irmão acabou rindo junto comigo, enquanto afirmava a situação.

Todos se sentaram para comer um pedaço do bolo que aparentava ser uma delícia.

– Nossa, é realmente bom! — Syn abriu um sorriso largo em seus lábios.

– Não chega aos pés do bolo que seu pai faz, mas é gostoso. — Meu pai estava sendo rabugento novamente, mas eu não me importava, era o meu papai querido de qualquer forma.

– Não fale assim! Está uma delícia, querido, obrigada pelo bolo! — Pai Pete falou alegre, ele estava feliz em me ver, fazia 3 meses que eu não ia para casa, a cidade era longe demais para ir sempre.

Eu apenas belisquei o bolo, eu estava com tanto desconforto em meu pescoço que o apetite fugiu.

– Você deveria comer mais, está parecendo um cadáver — Sunoo fala, cometendo uma hipérbole comigo.

– Cadáver é a sua bunda — O encarei desacreditado.

– Você cuida tanto dos seus pacientes, que esquece de cuidar de você. — Meu irmão mais velho, Syn, falou novamente, eu apenas fiquei em silêncio. Amanhã eu faria um check-in em mim, eu andava com uns sintomas esquisitos, mas acreditava não ser nada.

𝑌𝑜𝑢 𝐴𝑟𝑒 𝑀𝑦 𝑆𝑤𝑒𝑒𝑡 𝑀𝑒𝑚𝑜𝑟𝑦 - 𝑀𝐴𝐼𝐽𝐴𝐷𝐸Onde histórias criam vida. Descubra agora