O Retorno do Dragão Exilado

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O grande salão de Pedra do Dragão estava repleto de luzes cintilantes e murmúrios excitados. Era uma noite de celebração, uma festa majestosa organizada pelo rei Viserys I para escolher um marido alfa para seu filho, Aegon II. Os convidados, nobres de todas as partes de Westeros, mal sabiam que um personagem inesperado e temido estava prestes a fazer sua entrada.

Alec Targaryen, exilado há quase uma década, adentrou o salão com a graça de um predador silencioso. Seus cabelos prateados, característicos da linhagem Targaryen, refletiam a luz das tochas, e seus olhos violeta, profundos como um mar revolto, observavam cada detalhe ao seu redor. Ele vestia uma armadura negra ornamentada com detalhes em prata, a insígnia do dragão de três cabeças destacada em seu peito, irradiando uma presença tão imponente quanto a de um dragão.

Os murmúrios cessaram quase que instantaneamente ao reconhecimento de sua figura. Os olhos se voltaram, cheios de surpresa e medo, enquanto Alec avançava pelo salão. Sua postura ereta e o olhar penetrante deixavam claro que ele não era alguém a ser subestimado. A aura de poder que emanava dele era palpável, fazendo com que até os mais valentes alfas presentes recuassem em respeito e temor.

Aegon II, de apenas 18 anos, estava ao lado de seu pai, Viserys. Ele nunca havia ouvido falar de Alec, seu tio exilado, pois Viserys havia apagado todos os registros de sua existência, tentando proteger o reino de uma possível guerra civil. O jovem príncipe ômega olhava confuso para o homem que todos pareciam temer.

Viserys I, no entanto, observava a chegada de Alec com um olhar calculista. A festa, aparentemente um evento de celebração, era na verdade uma manobra estratégica. Aegon, sendo o primeiro filho ômega, estava destinado a herdar o trono. Viserys, conhecendo bem as habilidades manipuladoras e o carisma sombrio de Alec, planejou usar essa oportunidade para trazer seu irmão de volta ao jogo político.

A estratégia de Viserys era simples, mas arriscada: permitir que Alec seduzisse Aegon, fazendo-o se apaixonar. Dessa forma, Alec poderia ter uma influência direta sobre o futuro rei, mantendo-se próximo ao trono sem reivindicá-lo diretamente. Era uma tentativa de controlar a sede de poder de Alec, canalizando-a de maneira que mantivesse a paz e evitasse um confronto direto.

Alec, ciente das intenções de seu irmão, aceitou o desafio com um sorriso enigmático. Ele se aproximou de Aegon, que olhava para ele com uma mistura de curiosidade e apreensão. "Príncipe Aegon," disse Alec, sua voz firme e hipnotizante, "é uma honra finalmente conhecê-lo."

Aegon, sentindo a intensidade do olhar de Alec, respondeu timidamente, "Eu... não sabia que tinha um tio."

"Há muitas coisas que você ainda não sabe, jovem príncipe," respondeu Alec, inclinando-se ligeiramente em um gesto de respeito. "Mas estou aqui agora, e há muito que podemos aprender juntos."

A relação entre Alec e Aegon estava apenas começando, mas a presença de Alec já havia mudado a dinâmica no salão. Seu retorno prometia trazer novas intrigas e desafios, não apenas para Aegon, mas para toda a Casa Targaryen. E assim, enquanto a música retomava e os convidados tentavam voltar à normalidade, todos sabiam que nada seria como antes com o retorno do dragão exilado.

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