Capítulo 27

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MIGUEL TORRES- ALGUMAS HORAS ANTES

Olho no meu relógio luxuoso, marca exatas 21:30 da noite. Hoje foi um dia cansativo, uma das garotas da casa noturna, morreu de overdose. Esse é o tipo de assunto que pode colocar em risco, tudo o que trabalhei tão duro para conquistar.

Estralo o pescoço, e giro a cadeira de escritório. De alguma forma deixei que a minha vida perdesse o controle, se meu pai estivesse aqui agora ele diria "Porra Miguel seja homem, e concerte a merda", mas o que mais eu posso fazer? Sou apenas um peão, um escravo de Diego Bernardes.

Pego na primeira gaveta da escrivaninha, a caixa se charuto, Pego um e o levo a boca o acendendo, do uma longa tragada e solto a fumaça lentamente saboreando o sabor. Olho para a porta do escritório que está aberta, desde o ocorrido não consigo mais mantê-la fechada, a visão da mel sendo espancada ainda vem a minha mente diariamente. Não tenho notícias dela, mas como não achamos corpo é provável que esteja viva. Isso ainda é uma pedra no meu sapato, caso ela resolva voltar terei que finalizá-la, antes que Diego ponha a mão nela. Isso seria trágico, já que acabei mentindo para ele, dizendo que mel havia morrido e que seu corpo está no fundo do mar nesse momento.

A vagabunda da angélica fugiu. Me pergunto quem será que a ajudou? Meus detetives estão a procurando e quando eu a encontrar lhe darei uma surra tão grande, que ela nunca mais irá ousar a fugir de mim outra vez.

Caminho até a sala, que esta um verdadeiro breu. Caralho por que está tão escuro? Me pergunto olhando em volta, apenas um respingo de luz da rua se infiltra pela cortina fina da janela. Onde está clara, minha empregada? Por que ela saiu e deixou tudo apagado? Bato a mão no bolso da minha calça procurando o celular, mas o esqueci em cima da mesa do escritório. Consigo enxerga de relance o abajur, do passos rápidos até ele, para acende-lo. Mas no meio do escuro uma figura passa correndo, me fazendo da um pulo. Mas que droga é essa? Um barulho de algo se quebrando na cozinha, Tento focar a visão, mas não consigo ver nada

---- clara é você? ---- falo com a voz alta. Mas não escuto nenhuma resposta a minha pergunta. Seria um ladrão? Droga, olho em volta mais uma vez. A minha arma está guardada na última gaveta da escrivaninha, tudo o que eu preciso fazer é correr até o escritório. Respiro fundo, meu coração está disparado pela adrenalina. Olho para a porta no fim do corredor, ela está fechada por de baixo dela consigo enxerga a luz. Merda, eu certeza que não a tinha fechado quando sai. A adrenalina toma conta do meu corpo, me viro e saio correndo pelo corredor, sem olhar para trás. Quando chego ao escritório, vejo meu celular a onda o deixei. dou um pulo sobre a mesa para apanhá-lo. Mas nesse momento sinto uma pancada violenta na cabeça e minha visão fica preta

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MEIA HORA DEPOIS

Minha cabeça está latejando no local onde fui acertado. O que aconteceu? Abro meus olhos percebendo que estou amarrado no meu escritório. Quem foi o cretino que me acerto?

---- dormiu bem papai ---- essa voz. Não, não pode ser. Por que ela voltou? Olho na direção e vejo mel. Ela está com uma calça jeans e um moletom preto, a algo no seu moletom uma mancha vermelha pelo cheiro reconheço que é sangue

---- o que está fazendo? ---- ela me encara, sem da umaresposta a minha pergunta. A algo diferente em seus olhos, esta sombrio.

---- não sentiu a minha falta papai? ---- a voz dela me da calafrios, Depois da surra que ela levou, eu realmente esperei que nunca mais teria ver seu rosto

----- Me solta, para podermos conversar melhor ----- forço meu corpo para me solta, mas as amarras estão apertadas

---- há uma pessoa que quero te apresentar ---- ela sorri, mas aquele sorriso me dá arrepios da cabeça aos pês ---- pode vim amor --- olho na direção da porta, uma figura surge no meio da escuridão profundo do corredor estreito. Ele caminha lentamente assoviando. Em uma das mãos ele segura elegantemente uma bandeja prata que reconheço ser da minha cozinha, e na outra uma faca assustadoramente grande.

Meu corpo enrijece --- é melhor vocês me soltarem. Eu não sei o que esperam ganha com isso. Mas lá fora tem dois seguranças fortemente armados ---- os ameaço. ---- Tudo o que eu preciso fazer é gritar. Meus seguranças vão invadir esse local em segundos.

----- Ainda bem que você tocou nesse assunto. ---- mel fala, rindo baixinho. a sombra surge na porta revelando sua face. É um homem alto, está usando as roupas iguais da mel. Seu rosto é tranquilo como se estivesse se divertindo. Ele caminha até mim, e com um ar gracioso tira a tampa da bandeja. O vomito sobe na minha garganta. Viro de lado vomitando um líquido amargo no chão. Na bandeja está a cabeça de um dos meus fieis segurança com os olhos ainda arregalados.

---- o que vocês querem? ---- grito desesperado. O homem jovem a minha frente pega a cabeça com as mãos e a joga na lata de lixo como se estivesse arremessando uma bola de basquete.


----- Queremos brincar ---- ele fala em meio a um sorriso diabólico.


----- oh não papai ---- mel avança na minha direção ---- você está bem? Achei que seu estomago fosse mais forte ----- ela debocha


--- fica longe de mim ---- jogo a cadeira para trás


---- papai ---- ela fala com uma voz doce ---- está com medo da sua filhinha? Acha que vou machucá-lo?  --- mel faz uma expressão de ofendida

Louco Por Você +18 [ Livro 1 ]Onde histórias criam vida. Descubra agora