boa leitura :)
— Então essa é a mansão? — Indagou Taehyung, arqueando as sobrancelhas ao contemplar a residência a poucos metros de distância. — Ela parece bem..... Assustadora — seu corpo estremeceu, sussurrando as palavras.
— Esta propriedade pertenceu a sua avó, trate de cuidar bem dela. — declarou o advogado da falecida antes de partir.
A edificação era vasta, com um jardim extenso, porém escasso em flora, exceto pelas rosas negras. O clima era densamente sombrio, com as nuvens a parecerem harmonizar-se com a aura tétrica da casa. Passo a passo, Taehyung se aproximou, arrastando consigo a bagagem. Hyuna havia partido, deixando-lhe aquela mansão, dentre tantas outras propriedades; por que justamente aquela mansão tão isolada no final do mundo?
Ao abrir a porta, que rangeu sinistramente, deparou-se com um ambiente mal iluminado, logo acionando as luzes.
— Não me surpreenderia encontrar uma cobra por aqui — murmurou.
Taehyung era jovem e belo, com cabelos castanhos e olhos do mesmo matiz, recém-completara dezoito anos; ansiava por estar explorando o mundo, longe daquela mansão. Contudo, motivado pela promessa de uma herança milionária exclusivamente sua, teria de habitar o local por cinco longos meses.
Seria uma tarefa simples? Duvidava muito que fosse.
Deu uma volta rápida pela sala, franzindo o nariz ao perceber a grossa camada de poeira sobre os móveis antigos e o cheiro úmido que impregnava o ar. Ele soltou um suspiro pesado, como se já se arrependesse da decisão de aceitar a condição de herança.
— Que maravilha... — murmurou, revirando os olhos ao ver teias de aranha pendendo do lustre. — Não podia ser uma casa normal, com janelas abertas e um pouco de ventilação?
Ele retirou o casaco e o pendurou em uma cadeira, pegando um pano que encontrou em uma das caixas de utensílios deixadas na sala. Ao dar o primeiro passo para limpar a superfície de uma mesa de mogno, mais poeira subiu no ar, fazendo-o tossir.
— Isso vai ser divertido — disse com ironia, esfregando a mesa com mais força. — Bem, não posso esperar que o fantasma da vovó venha me ajudar.
Taehyung sempre teve um toque para limpeza, um hábito que muitos consideravam exagerado, mas que ele considerava essencial. A ideia de permanecer em um ambiente sujo por cinco meses o deixava desconfortável demais para suportar. Começou a arrastar alguns móveis, ignorando os pequenos sons que vinham do teto ou dos cantos sombreados da sala. O rangido das tábuas parecia acompanhar seus movimentos, mas ele preferiu não prestar atenção.
Conforme limpava, ele foi vasculhando gavetas e cantos escondidos. Encontrou algumas fotos antigas, papéis amarelados e uma caixinha de música quebrada.
— Por que vovó adorava acumular tanta coisa, hein? — perguntou em voz alta, para si mesmo.
Ele se dirigiu à cozinha, encontrando o mesmo cenário de abandono e desordem. Pratos sujos empilhados, um odor estranho vindo da geladeira que ele se recusava a abrir. Ligou a torneira, mas apenas alguns pingos escorreram.
— Isso é sério? — exclamou, frustrado. — Tudo bem, Taehyung. Você consegue lidar com isso.
Ele limpou a pia e reorganizou os poucos utensílios que encontrou. A cada nova área limpa, sentia-se um pouco mais confortável, embora não pudesse negar a sensação incômoda de estar sendo observado.
Depois de algumas horas, a casa parecia menos empoeirada, e Taehyung finalmente sentiu que podia respirar melhor. Parou para admirar o trabalho feito, mas, quando o silêncio se intensificou, uma leve melodia ecoou novamente pela casa.
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A Orquestra do Medo
HorrorQuando Taehyung herda uma mansão após a morte de sua avó, ele não imaginava o pesadelo que o aguardava. Desde o primeiro dia, uma melodia suave e misteriosa o atrai até um porão repleto de bonecos. Mas nada é o que parece. Fuja antes que o boneco t...