O japonês- Bento Hinoto

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Bento

-Acordo com Helena me encarando.-

-Porra, que susto!-

-Você tá me chamando de feia, Hinoto?!- Lena fala.

-Estava pensando sobre o que os meninos falaram ontem, sobre a gente namorar. Só quero fazer uma pergunta pois estou com dúvida.-

-Qual dúvida, Bento?- Fala dando risada.

-Se eu te pedisse em namoro, você aceitaria? Só um exemplo.-

-Bento, cê que que eu de pra você, cê fala.- Lena fala brincando.

-Eu quero, pode ser agora? Só tenho que ir no meu quarto pegar uma coisa na minha gaveta.-

-Para Bento, tô brincando.- Lena fala séria

-Responde a minha pergunta, não mude de assunto.-

-Tenta a sorte, se você pedir vai saber a resposta.- Lena falando rindo.

-Tá bom, um dia talvez eu arrisque.-

-O que acha de termos um dia só para nós? Algo pessoal.-

-Pode ser, quem sabe eu não estava brincando.- A voz de Helena sai baixa e rouca.

-Não entendi, como assim?-

-Nada não, o que você quer fazer?- Diz Lena.

-Sei lá, mas quero sair de casa. A gente deveria encontrar um lugar só para nós dois.-

-O vovô tem uma cabana com, piscina, cavalos, churrasqueira, mesa de sinuca e um lago de patos. É simples mas dá para passar o final de semana, sem contar que eu tenho as chaves.- Lena da a ideia.

-Gostei podemos ir, mas vamos agora, para aproveitar o máximo. Vou avisar o pessoal.-

🎸

-Chegamos, achou muito longe?- Lena pergunta.

-Não, deu exatos 20 minutos, sem contar que é bem cedo, vai dar de fazer bastante coisa hoje e amanhã. A cabana é linda, e a paisagem mais ainda.-

-O vovô tinha dado para a minha mãe. Mas agora é minha, porém prefiro falar que é dele por que foi ele quem conquistou isso tudo...- Lena diz.

-Amor, sempre quis perguntar isso, mas sempre tive receio...
O que aconteceu com a sua mãe?- Falo baixo e com receio da sua reação.

-Tudo bem. Era um dia muito chuvoso e estávamos indo para a casa do vovô, como já disse, teve uma época que eu morei com ela, mas teve uma que só a Valéria morou lá. Continuando, eu estava ansiosa para ver meu avô e a Valéria, eu me lembro que estava apressando o meu pai que estava dirigindo, era muita chuva, o papai foi acelerar. Um motorista bêbado bateu na gente, só eu sai viva. Se eu não tivesse falado para irmos mais rápido eles estariam aqui. E vivos. É tudo a minha culpa.- Lena fala com os olhos cheios de lágrimas.

-Tá tudo bem, obrigado por se sentir a vontade para me dizer. Não foi culpa sua, nada disso foi!- Vou em direção à Lena, dou um beijo em sua testa e abraço ela.-

-Tá bom, vamos que eu não quero perder esse dia ensolarado e maravilhoso.- Lena diz com um falso sorriso no rosto

-Está certo, quer começar fazendo o que?-

-Dormir-Lena fala

-Você só sabe dormir, nunca vi ninguém dormir mais que você e a Valéria- Digo dando gargalhadas roucas.