Capítulo 28

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MEL TORRES

Velo assim tão vulnerável, me transmite paz e tranquilidade. Ao longo de todos esses anos ele foi o meu bicho papão, sua voz me dava calafrios, seu olhar de repreensão me causava enjoos. Mas hoje eu sou o bichão papão, e vou fazê-lo se arrepender de ter me deixado viva

---- vamos negociar ---- Miguel está com o rosto vermelho, me encarando com um olhar de sofrido. Ele tenta a todo custo não olhar na direção do lixo, e isso me soa engraçado. Sinto que a qualquer momento ele vai vomitar novamente


Kai está parado ao meu lado, ainda segurando a faca ---- claro, vamos negociar papai ---- pego a faca da mão dele e caminho na direção de Miguel. Puxo umas das cadeiras de visita que fica de frente a mesa do escritório, a posicionando de frente a ele. Encaro seus olhos castanhos, com toda a fúria que sinto. Se um olhar matasse, ele estaria morto nesse momento. ----- Escolhe ---- falo relaxando minhas costas no encosto da cadeira

---- escolher o que? ----- ele encara meus olhos, tentando demostrar que não está com medo. Isso mesmo seu idiota de merda, olha nos olhos da pessoa que vai acabar com a sua vidinha patética

----- Escolhe qual dedo você preferi perder ----- escuto kai rindo, logo atras de mim. inclino meu corpo para frente para encará-lo melhor, ele abaixa o olhar amedrontado. Seu rosto branqueia na hora e sua respiração acelera. Ele abre a boca para falar algo, mas não consegue ---- quer que eu repita a pergunta? ---- enfio a faca na mesa que está ao nosso lado ---- e avanço o mais próximo possível dele, consigo sentir sua respiração pesada ---- eu vou contar ate 10, é melhor escolhe um dedo, porque se não vou corta a sua mão---- me encosto novamente na cadeira, tirando a faca da mesa

--- eeeeu ----- ele fala gaguejando

---- 1, 2 , 3 --- brinco com a faca ---- 4 , 5 ----- a levo ate o pescoço do Miguel, a apertando em sua veia de leve. Suor se junta na sua testa --- 6,7 ---- ele está engolindo em seco ---- 8,9 ---- seu corpo está tremendo ---- e ---- ergo a faca pronta para corta sua mão

---- espera --- ele fala arfando ---- o minguinho

---- ótima escolha, viu como não foi tão difícil ---- pisco com um olho para ele. O trabalho será fácil, já que amarramos seus pulsos no braço da cadeira. Me aproximo de sua mão direita. Em seu minguinho existe um anel, há como eu odeio aquele anel, me lembro das horrorosas marcas que ficava em meu rosto, quando me acertava um tapa. Seguro seu dedo, o separando dos outros. A lâmina da faca está lambendo de tão afiada, a ergo e com um golpe, vejo seu dedo voando no ar. Miguel solta um grito agudo e se contorce na cadeira

---- isso foi incrível ---- uma sensação maravilhosa corre na minha veia --- você viu como fui certeira? --- olho para trás procurando pelo kai

Kai está parado contra a parede ---- poderia ter sido melhor ---- ele abre um sorriso branco ---- ainda tem o outro minguinho. Tenta outra vez

----nãooooo ---- Miguel grita desesperado, seu rosto está lavado de suor e sua mão esguicha sangue sem parar ----- chama uma ambulância por favor. Eu vou morrer ---- ele fala soluçando de chorar

---- relaxa, é só um machucadinho ---- dou de ombros o ignorando. Abaixo meu olhar e começo a procurar o dedo fujão ---- cadê você? ---- falo comigo mesma

--- esta ali ---- kai aponta com o queixo na direção do pé da mesa

----- há ---- solto um gritinho animada ---- esta aqui --- pego o dedo o levantando, mas fecho a cara quando percebo que não esta mais com o anel. Que droga. Miguel olha o dedo e cai no choro ---- você quer de volta? --- o encaro ---- espera tive uma ideia fantástica ---- do um pulinho de animação, que ideia brilhante. Corro ate a gaveta na mesa e vasculho perorando por algo que guardei ali --- achei ---- do um grito, erguendo a cola superbonder

---- o que você vai fazer? ---- Miguel me encara com cara de espanto

---- ué --- falo sorrindo ---- vou colar de volta

---- sai de perto de mim ---- ele se debate que nem louco

----- Se você se mexer ---- caminho até ele ---- vou cortar a sua garganta ---- espalho a cola na carne do dedo decepado. Me aproximo da mão que ainda está esguichando sangue. E aperto o dedo com força no ferimento ---- prontinho está no local novamente ---- Miguel solta um segundo grito, pulando de agonia. Sinto o cheiro da carne queimando e uma leve fumaça sai da cola. ---- o que acha amor? ---- procuro pelo olhar de kai ---- não fiz um ótimo trabalho?

----- Estou orgulhoso de você abelhinha ---- ele joga um beijo no ar

----- Abelhinha ---- Miguel para de se contorcer e olha na direção de kai ---- você é o filho do Alexandre? ---- meu pai respira com dificuldade ---- é claro, como não reconheci um mostro como você antes?

Kai solta uma gargalhada alta --- está feliz de me ver sogrão?

---- vai a merda você e essa vagabunda ---- ele olha na minha direção e gospe

---- isso não foi legal --- kai se aproxima dele com muita raiva. Ele vai direto a mão ensanguenta e arranca o dedo novamente, o fazendo dá um pulo da cadeira gritando ---- abre a boca seu merda ---- kai ordena, mas meu pai trava os lábios com força, chacoalhando a cabeça em negação ---- se você não abrir essa maldita boca, o próximo membro que vamos cortar será a sua rola ---- Miguel arregala os olhos, e com cautela abre a boca ----- kai enfia o dedo decepado no fundo da goela dele, e envolve suas duas mãos na cabeça o forçando a manter a boca fechada ---- mastiga e engole ---- lagrimas escorre dos olhos de Miguel encanto ele mastiga com dificuldade e engole a força o membro. Kai o solta por fim, E ele começa a tossir sem parar, ameaçando vomitar ---- se você colocar para fora, será pior. E mais uma coisa ---- kai o gruda pelo pescoço ---- se você fala desse jeito com a minha mulher novamente ---- kai sorri --- eu arranco o seu pau e enfio no seu rabo. Entendeu? ---- Miguel confirma com a cabeça

Louco Por Você +18 [ Livro 1 ]Onde histórias criam vida. Descubra agora