Onde estou?

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Respirei fundo, tentando reunir forças para me mover. Meu coração estava disparado, martelando no peito, e minha respiração rápida fazia meu peito subir e descer descontroladamente. Cada instinto em meu corpo gritava para eu correr, fugir para bem longe, mas eu não conseguia mover um único músculo. O medo me paralisava.

De repente, ouvi passos atrás de mim, o som baixo, mas inconfundível, de alguém se aproximando. Isso ativou meus instintos o suficiente para me fazer girar e tentar correr em direção à porta. Contudo, minha ação veio um pouco tarde. Mal toquei a maçaneta quando uma mão firme puxou meu braço para trás, me derrubando próximo a um dos corpos espalhados nas latas.

Tentei me levantar, mas novamente a mão me segurou, desta vez pelo pescoço, e bateu minha cabeça no chão com força enquanto pressionava minha garganta. O impacto gerou uma dor tremenda, irradiando pelo meu crânio. Desesperadamente, tentei mexer meus braços e pernas na esperança de acertar algo, mas foi inútil; essa pessoa era forte demais.

Conforme minha visão ficava com pontos pretos, minha resistência foi se esvaindo. A essa altura, meus músculos estavam cada vez mais pesados e doloridos. Ele definitivamente me mataria. Contudo, de repente, um calor inexplicável percorreu meu corpo e senti suas mãos afrouxarem. Pude respirar melhor. Olhei então para cima e vi dois olhos castanhos me olhando, arregalados e cheios de surpresa.

- Não pode ser... é você? - Foi tudo que ouvi antes de desmaiar.



Minha boca seca foi a primeira coisa que notei ao acordar. A segunda foi que meu quarto parecia diferente; sua iluminação não estava certa. Desde quando tenho luzes de LEDs vermelhas? Talvez Sonic tenha comprado e instalado sem a minha permissão. Era uma possibilidade. Pisquei com força, tentando afastar esses pensamentos. Foi então que flashes de lembranças da noite passada invadiram minha mente. Meus olhos se arregalaram e me sentei rapidamente.

Esse movimento se revelou uma péssima decisão quando uma onda de tontura e dor varreu meu corpo. Cobri minha boca com a mão e fiquei imóvel, apenas tentando não vomitar. Inspire e expire, inspire e expire, repeti mentalmente.

Demorou alguns minutos para eu ter certeza de que o enjoo havia melhorado. Com a mente mais clara, examinei melhor o local. Estava deitado em um sofá branco muito macio, coberto por um cobertor felpudo da mesma cor que ia da minha cintura até os pés. Observando mais atentamente, percebi que tudo naquele lugar era branco ou em tons claros. A única exceção era uma enorme televisão preta em uma das paredes e os LEDs vermelhos ao redor do janelão e no teto.

- Que lugar é esse? - murmurei

Quando falei, senti uma ponta de dor. Passei a mão no meu pescoço, que estava dolorido. Aquilo foi realmente real? Aqueles homens estão mesmo...? Meus pensamentos foram interrompidos por leves sons de batidas.

Ao falar, senti uma pontada de dor na garganta. Instintivamente, passei a mão no meu pescoço. Então, aquilo foi realmente real? Aqueles homens estão mesmo...

- O senhor já está acordado? - disse uma voz do outro lado da porta, acompanhada de batidas leves.

- Eu... er... eu... - Tentei falar, mas minha voz estava rouca demais para ser ouvida àquela distância.

Talvez isso fosse bom, afinal. Deveria mesmo responder àquela pessoa? E se fosse o mesmo homem de ontem?

A porta começou a se abrir lentamente, revelando a silhueta de alguém. Ele entrou de costas, puxando um carrinho. Meu coração disparou e eu estava quase me levantando quando ele entrou totalmente no cômodo. Era um rapaz jovem, vestido com um terno sem paletó, suas mangas dobradas casualmente até os cotovelos. Seus cabelos ruivos escuros estavam impecavelmente penteados para trás, dando-lhe um ar elegante, mas despojado. Ele empurrava um carrinho com uma bandeja coberta por uma tampa oval prateada, que posicionou no meio do quarto. Em seguida, ele se afastou, erguendo-se e fazendo uma reverência em seguida.

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⏰ Última atualização: 6 days ago ⏰

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