capítulo 35°

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Rafaela on

Eu e o bryan mal nos falamos nesses dois meses separados, eu amo ele pra caralho, me arrependi no momento em que coloquei meu pé na rua aquela noite, mas ele não tava feliz comigo também, sinto aquele vazio no peito de novo, ele faz muita falta, mas não vai ser eu que vai pedir pra voltar, eu fiz tudo certo desde o começo, ele se afastou, ele fez tudo virar uma merda, eu não matei a antonella, eu não preciso carregar essa culpa, então tô vivendo , não tô ótima, mas tô tentando seguir tudo normalmente, vim no mercado com a aninha fazer umas compras e depois agente vai tomar um açaí tinha só uma menina na nossa frente, irmã da piranha que vive atrás do yago, mas ja vi ela pelo morro e ela é super de boa, trabalha na padaria, nunca vi ela de piada com ninguém diferente da irmã que parece karma, onde vê agente solta piadinha, mas estamos mantendo a postura né mores

_16,90; diz a Marcinha do caixa pra ela

_deixa, vou querer não, depois eu passo; diz deixando um pacote de absorvente no caixa e sai

_passa pra mim marcinha; digo e ela passa, deixo a aninha passando as compras e vou atrás dela

_ei; digo pegando no ombro dela que mexia no celular na frente do mercado

_oi, aconteceu alguma coisa?; pergunta estranhando

_não, você esqueceu isso lá; entrego  a sacola pra ela

_Não precisa sério, quando eu voltar do trabalho eu compro; diz toda nervosa

_fica de boa, isso não é nada, uma mulher ajuda a outra, pode ser que um dia eu precise e tu me retribui; digo e ela ri

_ até parece que algum dia tu vai precisar; diz

_ pode ser que não, mas é de coração serio, não preciso de nada em troca; digo e ela assente

_obrigado, se precisar; diz saindo e eu assinto, volto e a aninha já terminou e tava pedindo pra entregar na casa deles

_vamo no açaí?; chamo e ela assente

_quem era aquela?; pergunta a fofoqueira

_se mudou faz pouco tempo, trabalhadora pra caralho, irmã da tua sócia, mas nem parece que tem o mesmo sangue, só vejo o pessoal falando bem dela, acho que é melissa o nome; digo enquanto agente sobe a rua

_ as vezes o fruto cai sim longe da árvore, o mundo é foda mesmo, menina ta aí trabalhando pra caralho e passa nessecidade e a irmã vive de dar golpe nos outros e não ajuda a irmã; diz e a duda chega do nada

_ tão falando de quem línguas de trapo?; pergunta

_ melissa, rafa comprou o absorvente que ela deixou no caixa do mercado e foi dá pra ela, ai agente tava comentando que ela trabalha pra caralho e passa por isso, e a irmã que vive de extorquir os outros vive ai de boa e não ajuda a irmã; diz aninha

_ foda viu; diz e vai saindo toda estranha

_ falei alguma coisa?; pergunta aninha e eu nego

_deve ser coisa dela, povo tudo estranho; digo e ela ri, pedimos nossos açaí e fomos saindo pra casa dos meu país, minha mãe já tá com quase sete meses e eu fico quase sempre com ela agora

Destinos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora