000 | Gatinho branco

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Era uma noite muito importante.

Jeon finalmente havia conseguido sua filiação a Aeterna, uma lapidaria que mantinha apenas duas joalherias em sua grade de fornecimento. Ele havia ficado saltitante quando o representante ligou lhe informando que sua proposta havia sido aceita e marcando um jantar. Seu sorrisinho lhe denunciava e eu estava feliz pela felicidade do homem que tenho ao meu lado faz 3 anos. Agora ele integraria a trindade que exibia em suas vitrines as jóias mais desejadas da atualidade.

Jeon e eu nos conhecemos em uma boate noturna. Jimin havia praticamente me obrigado a ir aquela bendita boate. Estava enfrentando o término de um relacionamento complicado e a minha vontade de sair estava no fundo do poço. Fora que eu não gostava de festas e nem das coisas que acompanhava ela. Preferia a minha cama quentinha e meus doramas melosos, mas eu tinha um amigo insistente que não desistiu enquanto não teve uma resposta positiva ao seu convite.

Lembro que a boate estava sendo inaugurada e a quantidade de pessoas era absurda. Todas exibindo roupas caríssimas e dirigindo carros que valiam a minha vida e reencarnação. Jimin nos arrumou duas garrafas de soju e me puxou para a pista quando Don't Start Now começou a tocar. Era a sua música preferida e seu corpo sensualizando na pista demonstrava isso muito bem.

A minha surpresa daquela noite e virada de vida veio quando a minha garganta secou e eu fui ao bar pedir uma garrafinha de água. Jeon estava sentado em uma cadeira mexendo em seu celular e sua cara demonstrava que ele estava entediado. Lembro que meu cérebro quebrou porque eu nunca havia visto um homem tão bonito e sensual em minha vida. Ele era a definição perfeita de um homem que havia sido pintado tendo como retrato a perfeição.

A sua barba rala que ficava ainda mais evidente quando sua mandíbula travava era quente demais. Lembro da tremedeira que senti quando seus olhos negros finalmente me notaram. Jeon logo tratou de iniciar uma conversa fiada e suas cantadas baratas eram jogadas descaradamente em cada fala. Seu corpo transpirava masculinidade e seu sorriso de lado deixava claro que havia um cafajeste por trás daquela máscara de cavalheiro.

Felizmente era meu tipo ideal.

Ele não perdeu tempo e pediu meu número. Logo marcamos um encontro que aconteceria no início da próxima semana. Nunca senti meu corpo tão frio como naquele dia, e tudo piorou quando vi que ele realmente havia ido e estava me esperando. Seu perfume amadeirado não era forte demais e ainda deixava sua marca registrada no ambiente. Jeon tinha uma conversa gostosa e sabia me manter interessado nela. Ele tinha um encanto particular e eu havia me lançado em sua porção. Admitia que estava caidinho pelo seu papo de conquistador barato e sua cama logo conheceu meu corpo.

Lembro que foi uma noite maravilhosa e que ficou marcada em minha mente e corpo. Ele havia me perguntado diversas vezes se eu realmente queria aquilo depois que lhe contei sobre minha virgindade. E eu afirmei todas essas vezes que nunca quis tanto um pau em minha bunda.

O pedido de exclusividade veio duas semanas depois da nossa primeira transa. Ele teve um mini surto ao saber que eu tinha um encontro marcado e me trancou dentro da sua suíte e arremessou a chave pela janela. Eu nunca havia ficado tão puto com uma pessoa como naquele dia. O gerente do hotel em que ele estava hospedado veio ao nosso socorro depois de quase quatro horas preso com aquele demônio em forma de homem.

O babaca mantinha um sorrisinho satisfeito depois de saber que havia arruinado meu encontro e minhas chances de conhecer outro homem e outro corpo. A minha vontade era de pular em seu colo e arranhar aquela cara de fudido que fodeu a minha vida e a minha bunda ao mesmo tempo. Mas tudo se acalmou quando tivemos uma conversa e decidimos que queríamos ser exclusivos um do outro. 

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