Capítulo XIV - Cause you're mine

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Eu estou tãoooo afim de começar Omega Rage II sem ter terminado esse.... (as histórias não vão ser interligadas tá, só vou repetir o universo).

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— Miranda! — O meio grito meio rosnado de Leslie fez Emily e Andrea se arrepiarem em suas cadeiras. 

A ômega discretamente arranhou a parte de baixo da sua mesa e Emily abaixou a cabeça quando a viu passar como um furação pelas duas, e embora a loira não tenha se dignado a olhar para a primeira assistente, fez questão de olhar nos olhos da segunda.

Andrea não abaixou a cabeça, mas só por pouco conseguiu disfarçar que suas pernas estavam tremendo.

Um alfa original enfurecido era sempre assustador, independente do quão corajoso você pudesse ser. 

— Posso saber por que está assustando minhas assistentes? — Miranda a indagou sem retirar os olhos de seu notebook. 

Leslie estava claramente furiosa, não só pela sua postura de quem estava prestes a matar a editora, como também sua respiração estava ofegante e sua mandíbula travada.

— Page six. Capa. — Ela falou pausadamente. 

Miranda a lançou um olhar entediado antes de pesquisar ao que ela se referia. 

Ela fechou os olhos quando viu aquele capa, absolutamente irritada com a insistência daqueles malditos paparazzis

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Ela fechou os olhos quando viu aquele capa, absolutamente irritada com a insistência daqueles malditos paparazzis.

— Era 8 da manhã, como eu iria adivinhar que teriam paparazzis me esperando na porta de um hospital? — Resmungou. 

Leslie rosnou tão alto que Serena deu um pulo de susto ao passar pelo corredor próximo a sala de Miranda. 

— Oh claro! — Disse, ainda em um tom alterado. — A sua incapacidade de reparar nos arredores quando está ao lado daquela garota simplesmente traz essa ruína e você se justifica assim? 

— Não fale de Andrea nessa tom. — A repreendeu.

— Pelo amor de deus, Miranda! O mundo está acabando e você está preocupada com sua assistente? — Leslie a olhou absolutamente indignada. — Você me contratou para manter sua reputação intacta e te proteger dessas revistas sensacionalistas, mas como eu vou fazer isso quando você mesma não está me ajudando? Essa especulação vai ser só o começo desse inferno.

— Eu não sou capaz de entender sua fúria, quando já havíamos nos preparado para esse cenário. — Miranda foi sincera. — Eu não tenho intenções de escondê-la do mundo pelo resto da vida, e sinceramente não me importo que a vejam como minha nova companheira. — ela deu de ombros.

Para Miranda o assunto estava encerrado, mas sua RP ainda parecia disposta a brigar.

— Você é estúpida? — Leslie fechou o notebook da editora para ganhar sua atenção. — Tem alguma noção do inferno que isso será? Andrea é ridiculamente mais jovem do que você, e me desculpe a brutalidade, mas ela é tão pobre que eu poderia comprar o apartamento dela vendendo o conjunto do terno que estou usando. 

— Eu não vejo seu ponto.

— Meu ponto é que dirão absurdos sobre isso, Miranda! Tem noção do que vão chama-la? De como ela será perseguida? — Leslie engoliu em seco. — Vão massacrar Andrea e eu não posso protege-la o tempo inteiro, Miranda.

A editora estreitou seus olhos, examinando-a de cima à baixo. Ela se levantou da cadeira e caminhou lentamente até estar bem próxima a loira. 

— E por que você quer proteger a minha ômega? 

O seu tom havia saído no timbre sussurrado usual, mas infelizmente não surgia efeitos para intimidar outra alfa original.

— Até onde eu chequei não há mordidas no pescoço dela. — Leslie riu-se. — E não seja uma estúpida ciumenta, eu tenho que defendê-la porque você me paga para isso. 

Miranda por ora havia aceitado aquela resposta, mas não se sentiu nem um pouco satisfeita.

— Então faça o seu trabalho. — Disse por fim. — E na próxima vez que entrar usando aquele tom no meu escritório, iremos resolver isso como duas alfas e não como patroa e empregada. 

Leslie sorriu ao notar que a ameaça era verdadeira.

— Aguardarei ansiosa. — Debochou.

[...]

— Deus, essa merda foi assustadora. — Emily resmungou alguns minutos após a RP entrar no elevador. 

— Meu coração nunca bateu tão rápido assim, achei que eu estava infartando. — Andrea levou sua mão até o peito esquerdo sentindo sua própria arritmia. — Ela soou assustadora! E me olhou como um lobo faminto na ida e na volta. 

— Felizmente ela olhou para você e não para Serena. — A ruiva riu-se enquanto voltava a digitar no seu próprio computador.

— Ora e por quê? 

— Porque se ela olhasse para Serena eu seria obrigada a lutar contra ela, Andrea! Eu iria morrer pateticamente na tentativa de defender minha ômega. 

Andrea se desfez em uma risada malvada. 

— Você é uma alfa patética! 

— Ei! — A loira havia retornado com algumas cópias em suas mãos. — Só eu posso falar assim de Emily.

— Mas é sério, acho que Leslie tem alguma atração bizarra por mim. — Andy voltou ao assunto original. — Bom, é isso ou ela quer me matar, acho os dois muito plausíveis. 

— Bom, você é uma ômega muito bonita. — Emily deu de ombros se sentindo um tanto quanto sem jeito com a confissão. — É natural para qualquer alfa se sentir atraído, mas ela é particularmente muito atrevida de tentar te tirar de Miranda.

A morena suspirou.

— Mas tecnicamente eu não sou de Miranda, não é? 

— Isso é. — Serena concordou. — Mas ainda assim, acho que não é bom você confiar na Leslie, para uma alfa original ela é quase tão instável quanto a Emily, então no fim você só vai provocar uma briga catastrófica entre ela e Miranda se der muita corda para esse assunto.

— Eu sei! Eu de verdade sei. — Andy massageou sua têmpora. — Emily, por que você não morde a Serena? Digo, não é como se você não soubesse que ela quer. 

A ruiva corou. 

— Não é como se eu não quisesse também. — Resmungou. — Mas você precisa entender a seriedade que é, seria o mesmo que casarmos. Até civilmente a mordida produz os efeitos de um casamento, então não é algo que valha ser feito da noite para o dia. 

— E se um alfa me morder antes de você? — Serena estava apenas sendo provocativa, mas a mera ideia fez Emily estremecer.

— Imagino que seja o mesmo se um alfa morder Andy antes de Miranda. 

— Eu mataria o alfa. — Miranda resmungou enquanto passava em direção a sala de Nigel, sem realmente parar para dar atenção ao assunto discutido. 

As três se entreolharam de olhos arregalados. 

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