Foi uma viagem relativamente curta, quando se deu conta já estava em Vinsdale, o ônibus parou em frente a sua nova casa amarela.
A mesma estava um pouco acabada, mas nada que uma pintura nova e uma pequena reforma não ajudem, assim Felícia foi até a entrada da casa, Cindy havia lhe dito que as chaves estariam no tapete na frente da porta, e caso não achasse poderia pedir ajuda aos vizinhos, na entrada da casa tinha um tapete simples e amarelado com um bem-vindo no meio em branco.
A rubra levantou o tapete e lá estava as chaves ela as pegou, porém, escutou um barulho estranho vindo da lateral da casa, ela olhou quase de imediato e não viu nada, colocou a chave na fechadura e o mesmo barulho ocorreu, ela pegou a chave e desconfiada se aproximou da lateral esquerda da casa de onde vinha o barulho olhou para os dois lados e não viu nada.
- Droga! Ela pegou... - Felícia escutou uma voz vindo da porta, era uma voz fina e baixa como se não quisesse ser escutada, parecia de uma criancinha, mas quando se virou não tinha ninguém lá.
Achou que estava ficando maluca então apenas ignorou e entrou na casa com Magnos e as bagagens fechando a porta atrás, quando entrou na casa respirou fundo e olhou em volta tinha uma decoração simples e rústica, mas linda, a sala de estar que ficava ao seu lado esquerdo tinha uma área grande contendo dois sofás marrons de couro e uma mesinha de centro com um tapete azul-escuro onde Magnos já se deitara, na sala também havia uma prateleira de madeira escura com alguns livros em cima e uma lareira de tijolos, e na parede a esquerda tinha duas portas que levavam à varanda.
Ao centro uma escada que levava ao segundo andar da casa, o chão era feito de uma madeira escura e as paredes uma espécie de bege acinzentado, nas paredes não tinha nenhum quadro, porém algumas janelas perfeitamente posicionadas.
À sua direita tinha uma cozinha que (separada da sala por um balcão) tinha um piso de cerâmica branca e paredes de mesma cor, uma mesa ao centro de madeira mais clara que o piso da sala e uma janela logo a frente da pia onde dava a visão de quem lavava a louça do jardim.
Tudo até lá parecia um sonho para Felícia não conseguia entender o porquê de Cindy querer se desfazer da casa até um ser pular em sua cara.
- Saía daqui antes que seja tarde de mais - ele era transparente e falava com aquelas vozezinhas de adultos quando imitam fantasmas para as crianças.
O que de fato ele parecia, ele era transparente e flutuava, ele era um fantasma, só que ao contrário do que ele queria parecer, ele não era assustador, ele tinha uma estatura baixa e bochechas gordas e um cabelo ondulado, usava um macacão liso e uma blusa listrada com um tênis all star, não parecia ter mais que 13 anos.
- Saia logo daqui - ele repetia indo para cima de Felícia com os braços levantados tentando assustá-la.
- Era para me assustar? - Felícia pergunta meio dispersa da situação.
- Era... - ele fala meio decepcionado abaixando os braços - agora xô xô.
- Sinto muito amiguinho, mas eu comprei essa casa - A rubra cita atravessando o fantasma.
- Ei! - Ele aparece na frente da mais alta novamente na altura de seu rosto - não é porque sou um fantasma que você pode me atravessar! Isso é bem rude...
- Desculpa, amiguinho, mas você que começou.
Ele resmunga algo, mas logo volta a olhar a ruiva.
- Não importa já, já você vai estar maluquinha igual a Cindy.
- Cindy não está maluca, ela até me vendeu essa casa.
- E por que você acha que ela vendeu? - ele dá um sorriso convencido cruzando os braços olhando para Felícia.
- Mas você é tão fofinho, você não deve ser tão chato assim.
- Eu não sou fofinho! Sou assustador e farei sua vida um inferno a partir de hoje!
Assim com essa frase o garoto atravessou o chão e no mesmo local deixando um pequeno nome escrito "Otto" Felícia só ignorou e puxou suas bagagens para seu quarto escada a cima indo até onde era seu novo quarto.
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A casa ao lado
RomansaFelicia cansada da vida na cidade grande resolve ir para a pequena cidade no interior do Canadá chamada dreams chegando lá ela conhece um vizinho simpático, porém ela descobre que esse vizinho não é oque parece