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Brianna.

Já se passou um ano desde que minha empresa entrou na zona vermelha. Eu queria que tudo isso fosse apenas um pesadelo do qual eu acordaria em breve e tudo voltaria ao normal, mas infelizmente a vida não funciona assim.

Durante o processo, conseguimos obter provas contra a conexão e finalmente consegui provar a inocência da minha empresa. No entanto, mesmo com todas as evidências, ela ainda continua no vermelho. Algumas outras empresas também nos abandonaram quando souberam da notícia. Tive que me virar sozinha enquanto pude, por isso estou aqui, indo até a empresa do meu pior inimigo para tentar um acordo. E a probabilidade de tudo isso dar errado é muito alta.

Assim que entrei na empresa de Hector, percebi que o canalha realmente seguiu os passos da mãe e fez um ótimo trabalho na empresa da família.

Caminhei até a recepção, com um ar de entusiasmo, e me apresentei à recepcionista. Ela me olhou com uma expressão que não consegui distinguir se era dó ou desprezo.

- Senhorita Brianna, pode seguir pelo elevador. A sala do senhor Coleman é a última do oitavo andar. Uma boa tarde! - disse a recepcionista, me guiando até o elevador, que logo desceu.

Agradeci à garota e esperei ansiosamente até chegar ao meu andar. O som dos meus saltos ecoava pelo corredor e avistei o empresário Hector Coleman de longe. Apesar de eu odiá-lo, não posso negar que o homem é atraente. Seu terno azul-marinho destaca seus braços fortes e a gravata preta combina com os sapatos sociais e o cabelo. Seus olhos castanhos me avistam e ele dá um sorriso presunçoso. Cretino!

- Senhorita Collins. É com muito desprazer que te recebo na minha empresa. Como vai a sua? - pergunta, sorrindo, enquanto sua secretária o olha com desejo.

- Sr. Coleman, você continua o mesmo canalha de sempre. Eu nem sei por que ainda tento dialogar com você. - digo, dando o meu sorriso mais falso, enquanto o homem revira os olhos e entra em sua sala.

Sigo Hector e me sento em uma das cadeiras em frente à sua mesa. Percebo uma tonelada de papéis e canetas espalhados pela mesa e prevejo que a organização mandou lembranças para o Hector.

- E então, qual o motivo da visita triunfal? - ele pergunta e me traz de volta à minha triste realidade.

- Hector, quero deixar nossas diferenças de lado e fazer uma proposta. Você terá direito a uma contraproposta também. - digo e ele me olha atentamente, como se tentasse gravar cada parte do meu corpo com os olhos.

- Collins, prevejo que seja sobre fazer negócio com a sua empresa. Sinto muito, mas não poderei aceitar. - ele diz, sem nem me ouvir.

- Me escute pelo menos. É do seu interesse e da sua empresa também. - digo, esticando-me sobre a mesa bagunçada. - A empresa Hernandes está tentando fechar contrato com eles há dois anos e não consegue, pois não tem nenhum meio econômico em sua empresa que produza o que a Hernandes quer. Já eu, me interessei por eles recentemente e descobri que o que eles querem é algo que envie tecnologia para as redes elétricas por meio de fios e cabos e que não consuma tanta energia, economizando eletricidade. É aí que a minha empresa entra. Como você e um milhão de pessoas sabem, minha empresa foi processada injustamente e por causa disso estou aqui para propor que você me ajude a fechar contrato com a minha empresa e juntos tentarmos um acordo com a Hernandes. - digo e percebo que Hector presta atenção em tudo.

- E o que te faz pensar que eu aceitaria isso? - pergunta, me fazendo me mexer desconfortável na cadeira.

- Hector, você sabe que isso seria benéfico para ambas as partes. Sua empresa ganharia acesso a tecnologia avançada e poderia finalmente fechar o contrato com a Hernandes. Além disso, seria uma forma de limpar a imagem da minha empresa, mostrando que somos capazes de realizar grandes negócios. - respondo, mantendo a postura confiante.

Ele parece ponderar por alguns instantes, seus olhos fixos em mim. Finalmente, ele suspira e cruza os braços.

- Colins, não pense que vou fazer isso por você. Se eu aceitar esse acordo, será apenas por interesse comercial. Não se engane achando que nossas diferenças estão sendo deixadas de lado. - ele diz, com um olhar desafiador.

- Compreendo perfeitamente, Hector. O importante é que podemos alcançar nossos objetivos juntos. E se isso significa deixar nossas diferenças de lado por um momento, então que assim seja. - respondo, mantendo a calma.

Hector parece refletir por mais alguns instantes e então se levanta da cadeira. Ele caminha até a janela, olhando para a paisagem urbana lá fora. Finalmente, ele se vira para mim.

- Está bem, Colins. Vamos fazer esse acordo. Mas não pense que isso significa que vou confiar em você. - ele diz, com um tom de desconfiança.

- Combinado, Hector. Não espero sua confiança, apenas sua colaboração. Vamos mostrar a todos que somos capazes de superar qualquer obstáculo. - respondo, estendendo a mão para um aperto de mãos.

Hector hesita por um momento, mas então estende a mão e aperta a minha.

- Que seja. Vamos ver até onde isso nos leva. - ele diz, com um sorriso irônico.

E assim, começamos uma nova jornada juntos, deixando de lado nossas diferenças pessoais em busca de um objetivo comum. Sei que o caminho não será fácil, mas estou determinada a provar a inocência da minha empresa e alcançar o sucesso que tanto almejo. E se isso significa lidar com o arrogante e desconfiado Hector Coleman, então que assim seja.

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⏰ Última atualização: Jun 01 ⏰

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