Louco Por Você +18 [ Livro 1 ]

Capítulo 33

MEL TORRES

A fúria toma conta de mim, minhas mãos estão tremendo sem parar. Me afasto tentando recuperar o foco. A faca ainda está na minha mão. Volto para o mesmo lugar no fundo da sala. Preciso me controla, não posso matá-lo ainda, não sem antes consegui obter a confissão.

Eu e kai, fizemos um acordo a alguns dias atras. Resolvemos juntos que seria melhor se ele cuidasse da tortura de Diego, e quando chegasse o momento certo eu o finalizaria. Mas está sendo difícil, olha para esse canalha e não querer arrancar a sua cabeça fora.

Diego está gritando e se debatendo de tanta dor. O sangue jorra sem piedade. Seu rosto e peito aonde a água acerto, está em carne viva.

Kai me olha com um olhar de reprovação. Pisco um olho para ele, para quebrar o clima.

---- tudo bem ---- kai volta o foco para Diego ---- a onde estamos? --- ele sorri, ignorando os gritos ---- a sim, sim. Na tortura

---- já chega ---- Diego grita em meio as lagrimas --- eu não aguento mais, me mata de uma vez

Kai o gruda pelos cabelos, levantando sua cabeça --- seja homem porra

---- nãoooo, eu não aguento ---- Diego se engasga em meio ao choro

----- Aguenta sim, vai por mim você é bem forte. Bom como está dizendo. Não tempos muito tempo. Então terei que acelerar o processo. Ao invés de ficarmos de bla bla. Vamos passa para a parte em que eu te faço se arrepende de todos os seus pecados. Já ouviu fala da tortura das unhas? ---- kai fala sorrindo ---- ele leva o alicate até o dedo de Diego, que tenta recuar o corpo para fugir ----bom basicamente, eu vou .... --- kai segura a unha do dedo indicador, e o arranca brutamente. O sangue voa, Diego grita e se debate ---- vou arrancar cada uma das suas unhas ---- kai fala passando para o próximo dedo

Eu assisto os próximos minutos em silencio, kai arranca uma por uma, enquanto Diego se contorce.

As cenas de um mês atras, ficam voltando a minha mente. Aquele rosto, me assombro durante noites. Eu não queria afirmar para mim mesma, o quanto eu tinha medo dele. Mas a verdade é que Diego me mato naquele dia e tudo o que resto foi essa casca, que já não senti mais nada. Se não fosse pelo kai, eu teria morrido. Apenas vivi para poder vingar e hoje estou aqui. Mas e quando o sol amanhecer, quem eu vou ser? Já não posso mais ser a mel, nem o nome combina mais comigo. O meu mostro interior foi revelado essa noite.

O celular de kai vibra no meu bolso. Mensagem de Chris. Volto minha atenção para kai, e percebo que não satisfeito com as unhas, e passo para os dentes.

--- kai ---- o chamo, ele vira seu rosto na minha direção a respingos de sangue em sua face. ---- mensagem do Chris ---- e vem até mim e pega o celular. Foco minha visão no corpo de Diego totalmente ensanguentado

---- mel por favor ---- ele percebe meu olhar e implora com uma voz estranha por conta dos dentes faltando

Vou mais perto dele ---- eu também implorei naquele dia, lembra o que você me disse? ---- ele nega com a cabeça ---- continue implorando, isso apenas me deixa com mais tesão ---- olho nos olhos ---- então implore mais, estou morrendo tesão em velo assim

Kai me entrega o celular novamente ---- vamos finalizar

---- não por favor ---- Diego implora feito criança

Kai se aproxima dele, e acerta dois tapinhas fracos em seu rosto ---- se tudo correr bem, você vai nascer um novo homem ---- Diego encara kai confuso ---- me diga, você se arrepende dos seus pecados?

---- sim, eu me arrependo ---- a face de Diego está destruída, seu rosto em pele viva, seus dentes da frente faltando.

---- então confesse e tudo isso acaba

---- eu confesso --- kai o interrompe

--- diante da câmera ---- kai olha na minha direção, retiro o celular extra que deixamos apenas para esse momento. Coloco na câmera e foco face horripilante de Diego.

Ele solta o ar antes de começa, sua voz sai um pouco entranha. Mas sai nítida ---- MEU NOME É DIEGO BERNARDES. FAÇO PARTE DOS SEIS DEUSES, JUNTOS TEMOS UMA ORGANIZÃO CRIMONOSA.

AO TODO EXISTE QUATRO CASAS NOTURNAS CRANDESTINAS ESPALHADAS PELA CIDADE, COM DEZ GAROTAS CADA. A TRAZEMOS DE OUTROS PAISES, MUITAS NEM FALAM O NOSSO IDIOMA. PROMETEMOS EMPREGOS, VIDAS BOAS, MAS QUANDO ELAS CHEGAM SEUS DOCUMENTOS E PASSAPORTES SÃO CONFISCADOS. A JOGAMOS NAS CASAS ONDE A OBRIGAMOS A SERVIR COMO ESCRAVA SEXUAL DOS HOMENS DE SUCESSO. SUAS FAMILIAS SÃO AMEAÇADAS, E CASO HAJA TENTATIVA DE FULGA, MATAMOS A GAROTA E A TODOS QUE ELA AMA.

OS POLITICOS, O PREFEITO, OS EMPRESARIOS ATÉ A PORRA DA POLÍCIA, TODOS ELES TEM CONHECIMENTO, DESDE QUE O DINHEIRO CAIA TODO MÊS EM SUAS CONTAS, ELES FICAM DE BOCA FECHADA. ---- Diego solta uma risada banguela ---- CLARO ALGUMAS VIRGENS FAZEM PARTE DO ACORDO DO SILENCIO DELES.

SOU APENAS UM PEIXE PEQUENO. JÁ MATEI, MUITOS PARA PROTEGER ESSE ESQUEMA. HÁ VARIOS CORPOS NO FUNDO DO MAR OU DE BAIXO DA TERRA. EU SOU UM PAU MANDANDO, DO VERDADEIRO LIDER. NINGUEM NUNCA O VIU PESSOALMENTE. APENAS O SEU CODNOME É ULTILAZADO "COBRA" É TUDO O QUE SEI SOBRE ELE

---- Fala do Calebe ---- o interrompo brutalmente, preciso dessa confissão também

---- TAMBEM SOU CULPADO POR ABUSAR PISCOLOGICAMENTE --- ele engole em seco ---- E SEXUALMENTE DO MEU PROPRIO FILHO

---O que pessoas como você merece? ----- kai pergunta

---- MORRER ---- Diego fala por fim

Desligo a câmera, salvando o vídeo. Sinto uma enorme vontade de vomitar e gritar. Eles são os verdadeiros monstros dessa história e não eu. Não me julguem pelo que vou fazer a seguir.

Caminho até a parte onde fica os galões de gasolina que meu pai armazena. Pego um galão grande e caminho na direção dele. Abro a tampa e começo a despejar o conteúdo em seu corpo ensanguentado.

---- você disse que ia me libertar ---- ele grita na minha cara.

--- e eu vou ---- falo terminando de jogar todo o conteúdo --- vou te mandar para o lugar que você merece

---- nãooooo ---- Diego se debate tentando soltar as mãos

Kai estende o isqueiro na minha direção ---- te vejo no inferno ---- aciono a chama e jogo em sua direção. Seu corpo arde em chamas. Seu grito é música para os meus ouvidos. Seu corpo ardendo é visão do paraíso. Respiro fundo. FINALMENTE ACABOU