Cicatrizes

55 5 0
                                    

Violeta narração:

Na hora que eu saí eu reparei que não fazia ideia pra qual cinema iríamos aí liguei para ele e agora estava esperando ele na porta.

O filme era Batman e ia começar em dez minutos quando eu vi um rosto familiar abri um sorriso, diferente do Izana e do Shion o Kakucho me parecia um doido mais consciente.

- Boa noite Kucho.

- Boa noite.

Ele me olhou e deu um sorriso que eu devolvi na mesma intensidade.

- Qual filme você escolheu?

- Batman.

- Boa escolha, já comprou pipoca?

- Eu fiquei na dúvida se você gostava de doce ou salgada aí não pedi nenhuma delas.

Ele subiu as escadas até lá e comprou quando voltou e segurei uma e ele outra.

Na sala 07 do cinema estava o cartaz do filme muito lindo por sinal.

- Você gosta de Batman?
Ele perguntou.

- Hum, tenho algumas histórias.

- Eu não sou fã de histórias da DC.

- Sério?

Olhei incrédula e ele concordou com a cabeça.

- Vamos mudar essa ideia hoje.
Puxei sua mão até os assentos escolhidos por mim.

Enquanto o filme rodava eu estava em êxtase que filme incrível.

A atuação daquele homem é incrível o que tá fazendo o coringa.

Quando ele aparecia o Kucho também parecia estar bem atento mais principalmente nas cicatrizes dele.

- Como será que ele conseguiu elas?

Ele sussurrou pra mim e eu fiquei mais próxima dele pra perguntar.

- Elas o que?

- As cicatrizes.

- Bom ele parece ser completamente pirado da cabeça né? Então ele mesmo deve ter feito.

- Elas são bem feias. Cicatrizes são feias.

Olhei pra ele e sorri. O Kakucho falando que cicatrizes são feias eu não tava entendendo se era zueira ou não.

- Ixi pra ser sincera eu acho bem bonito, inclusive a sua o no rosto eu acho muito bonita.

Ele arregalou os olhos.

- Você tá falando isso porque não tem uma!

- Tenho uma bem grande nas minhas costa. Marca de caída de moto onde eu tava atrás.

Ele me olhou.

- Você gosta dela?

- Amo, acho que me deixa com mais cara de mulher sabe? Parece que eu sou mais vivida.

Pra ser sincera eu tive ela com meus treze eu odiei nos primeiros três anos achava que eu ficava ridícula e achava que nunca ia colocar um biquíni na minha vida.

Ele deu um riso nasal.

- Agora eu que pergunto. Você não gosta da sua?

- Pra ser sincero não.

Franzi a sobrancelhas só de pensar que ele não gostava, um arrepio correu meu corpo.

Bom o Kakucho não é feio pelo contrário ele é bem bonito. Então não tem sentido.

Voltei a ver o filme e fiquei pensativa.

O filme acabou e eu simplesmente amei.

- Que filme incrível!

- Tenho que concordar.

- Você quer andar por mais algum lugar?

Perguntei me virando pra ele.

- Não e você?

- Tem uma livraria por aqui?

Perguntei olhando prós lados.

- Tem no segundo andar.

- Vem comigo na real me mostra.

Subimos pro segundo andar e ele me levou até a livraria.

Peguei alguns mangás os que o Chifuyu disse que não tinha e comprei.

- Você é fã de anime? Não tem cara.

- Vou comprar pra um amigo.

- Amigo?

- É?

- Eu achei que você era otaku.

- É que um amigo meu tá fazendo aniversário.

- Da sua escola?

- Não não, somos amigos pelo acaso eu derrubei sorvete nele aí outro dia eu falei com ele.

- Tendi. Agora você tá comprando presente pra ele?

- Nos encontramos hoje a tarde. Aquela hora no telefone eu tava saindo com ele.

- Namoro?

- De jeito nenhum ele é três anos mais novo do que eu! É como um primo.

Ele deu um riso e fomos pagar.

Conversamos bastante até a minha casa.

- Tchau!

Eu queria fazer algo sobre ele não gostar das cicatrizes dele.

- Fecha o olho.

Ele me encarou.

- Bora fecha o olho!

Bati minhas mãos em minhas coxas de forma espontânea que fez ele rir e fechar os olhos.

Me aproximei e beijei sua cicatriz, ele podia me odiar depois disso mas eu queria que ele se sentisse bem.

- Suas cicatrizes são lindas, nunca duvide disso!

Abracei ele e entrei em minha casa.

- Quem é ele?

A voz do meu pai ecoou pelos cantos da entrada da casa.

- Ele é um amigo meu.

- A Kyoko tava falando que você parece ter muitos amigos homens. Aí eu discordei dela mas você beija ele?

A voz dele era visível a irritação.

- Eu tenho amigos, sim a maioria homens mas não significa que eu tô dando pra eles!

Falei isso e levei a mão até minha boca, ele era japonês iria ficar horrorizado.

- Eu sei que você não tá dando! Mas deixa sua imagem descente.

- Se sua namorada acha isso ok. Mas o que você acha? Acha que eu não posso andar com homens?

Ele olhou para meus olhos.

- Você tá namorando algum deles?

- Eu nunca beijei ninguém aqui no Japão. E os meninos são apenas amigos.

- Tá.

- Não deixa sua mulher ficar colocando coisa na sua cabeça, boa noite!

Subi as escadas e respirei fundo.

Mulher de fases Onde histórias criam vida. Descubra agora