Capítulo 2.

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Capítulo dois, Família real.
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Quem vive em uma família grande sabe, você nunca tem paz e tranquilidade em momento algum.

Mas o pior é você ter uma família grande, e famosa. Aí acabou as chances de você ter privacidade. Existem benefícios, claro, mas os malefícios acabam os superando.

Umas das piores coisas que um ser humano pode sentir é que muitas vezes você não sabe quem você é por conta da restrição de terceiros.

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O despertador de Vicktor apita, mas seu esforço é inútil pois já estava acordado a um bom tempo.

Eram exatas 05:00 da manhã, ele precisava se levantar bem cedo, a casa de Vicktor era um pouco longe da escola.

Para ser mais exato, Vicktor não havia dormido naquela noite.

Sempre estudou nas melhores escolas, com os melhores regimes estudantis. Mas comparando a vida atual de Vicktor com a que ele tinha antes, é notório que muitas coisas mudaram. Principalmente a sua relação com o seu pai.

Na visão do anfitrião da família, o garoto havia esgotado a paciência de seu pai. E como castigo, seu pai havia o matriculado em uma escola pública. Vicktor sabia que isso necessariamente não era um castigo, todas as escolas são muito importantes, independente do valor ou da realidade financeira. O adolescente estava muito nervoso para o seu primeiro dia de aula em uma escola completamente desconhecida e cheia de pessoas que — nem todas, mas algumas — têm uma vivência completamente diferente da sua.

Ele continua deitado, não haveria problema se ele chegasse um pouco atrasado.

Pelo menos na escola não haveria.

Ao fechar seus olhos, ele tenta relaxar o corpo, mesmo estando muito tenso.

— Vicktor?... — Uma voz feminina e tímida se faz presente no quarto.

Era visível uma silhueta feminina parada na porta, esperando algum retorno.

Nana, considerada a empregada doméstica mais calma e serena da mansão Zimmermän, e também, a favorita de Vicktor, por ser uma mulher adorável.

Nana era a única empregada que Vicktor permitia adentrar no seu quarto quando o mesmo estava ausente, pois ele sabia que, seja lá o que ela encontrasse ali, seria mantido em segredo entre os dois. Nana sabia muito bem como seu chefe era; Rabugento, irritado, ignorante, e incompreensível. Ele se incomodava com muito pouco, exigia ser respeitado e temido, e nunca aceitava estar errado em alguma situação.

O seu alvo cotidiano? Vicktor. O homem se estressava e implicava demais com o garoto.

A pergunta era, Por que?

Para ele, Vicktor era insolente, desrespeitoso, rebelde, e mal educado. Mas Nana sabia que ele não era assim. Para Nana, Vicktor era um garoto doce, gentil, quieto, e reservado. Ele apenas não aguentava o jeito insuportável de seu pai, e acabava explodindo com o mesmo, transformando tudo isso em uma briga enorme.

Sempre foi assim, brigas incessantes por motivos que muitas vezes eram fúteis demais para se importar.

Nana estava apenas com a cabeça a mostra, mas então decide entrar.

O salto baixo do uniforme fazia sons de passos tímidos pelo quarto escuro.

Depois de encontrar o caminho, A jovem mulher então abre a janela do quarto puxando as cortinas suavemente.

『 You are Everything to me 』Boy × BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora