Era uma manhã calma como outra qualquer, o cantarolar dos pássaros trazia consigo os leves raios solares enquanto a doce brisa fria, pairava no ar daquele lindo amanhecer. Um dia belo e ensolarado com um clima perfeito, bom para aqueles a quem gostam de caminhar/passear pelas longas e agitadas ruas de Nova York. Entre várias figuras que passavam pelas avenidas, um jovem de 17 anos, com 1,85m de altura, com seus cabelos escuros e olhos castanho-claros, assim como o doce mel. Arthur, era como o mesmo era conhecido por aqueles a sua volta, um garoto um tanto quanto quieto que gostava de tratar determinados assuntos com racionalidade, ao mesmo tempo que mantinha o equilíbrio ao querer transparecer mais as suas emoções a aqueles a sua volta e com aqueles próximos ao garoto, ele era gentil e educado e tentava demonstrar mais seus sentimentos em suas falas e ações. O mesmo estava carregando consigo a sua mochila já que era um estudante a finalizar o Ensino Médio. Seu foco era pouco voltada para as pessoas que caminhavam junto a ele em seu entorno, andando vagorosamente até a sua escola, com sua atenção aos poucos se desligando do mundo e o levando a caminhar tranquilamente enquanto escutava a música que era emitida pelo seus fones de ouvido.
Arthur — 'É... Como mais um dia qualquer, estamos preso a uma vida leve e monótona. É legal mais... as vezes, sair do "normal" é o que eu mais queria fazer já qu-'
Preso a seus próprios pensamentos, ele apenas andava em meio a multidão que seguia seus distintos caminhos, era apenas mais um dia "perfeito" na vida de todos aqueles a quem trabalhavam e iriam para seus devidos empregos, enquanto que, era possível de ver crianças fazendo birra em meio as ruas de NY por serem obrigados a acordar cedo e terem de ir a estudar. Estando a uma quadra de seu colégio, Arthur cruzava a rua e então era surpreendido com uma situação um tanto quanto inusitada. Pensando estar "sonhando", pela falta de atenção na realidade, o de cabelos escuros voltava a sua percepção para aquilo que o rodeava quando se deparava com um jovem, conhecido pelo mesmo, dormindo na bicicleta em movimento e logo em seguida, batendo no poste a sua frente. Com o susto, Arthur retirava os fones e os guardavam rapidamente em sua mochila, avançando com passos longos e rápidos ao jovem atirado ao chão. Reconhecendo seu amigo, Arthur então aos poucos chamava pelo nome do mesmo, pensando que este poderia ter se ferido.
Arthur: NOAH?! O QUE CARALHOS ACONTECEU MALUCO? VOCÊ TAVA DORMINDO ENQUANTO ANDAVA NA BIKE?
Noah: Aí minha cabeça... maldita fada, ela disse que eu podia fechar os olhos para descansar!
Noah, um rapaz de 17 anos, com seus incríveis 1,77m de altura, cabelos castanhos-avermelhados e olhos azuis como um cintilante rio cristalino, ele também cursava o último ano do Ensino Médio com Arthur, estando na mesma sala que o de cabelos escuros. Era um jovem brincalhão com a situação, nunca levava as coisas muito a sério e vivia dormindo, todavia, sempre que alguém precisava dele o mesmo era o primeiro a colocar sua mão no fogo por aqueles a quem se importava. Erguendo-se um pouco tonto, ele ditava algo ao qual fez Arthur o olhar com dúvidas e por fim, associou que o mesmo teria ido dormir tarde após passar a noite jogando.
Arthur: Você continuou jogando depois que nós terminamos aquela partida? Você tá todo cansado, depois do que aconteceu hoje tenho as minhas dúvidas se vai manter os olhos abertos na aula.
Noah: A, calma lá cara. Não foi tão tarde assim, hehe... E bem, você me deixou lá para ir ficar com a Yumi, não é mesmo?
Arthur: ...já que está bem, eu irei entrar primeiro... — Seu foco, até então, era em Noah por querer ver se o mesmo havia se machucado, enquanto seus olhos "frios" e afiados como uma lâmina, julgavam a conduta do rapaz em relação a ter virado a noite. No entando, o que o de cabelos escuros não esperava é Noah citar Yumi daquela forma, o que levou o garoto a ficar em um curto silêncio momentâneo e ficar um tanto quanto sem jeito com a situação.
Noah: Pego no pulo, não é mesmo?
Arthur iniciava novamente seu caminhar lento para dentro de seu colégio, de forma a deixar Noah conversando sozinho enquanto se levantava e passava, brevemente, as mãos em suas vestimentas afim de se limpar e enfim se dirigir ao prédio. Arthur já estava a uma curta distância de Noah, próximo a entrar pelo portão quando olhava para trás e via o jovem assustado, olhando em direção ao céu.
Arthur: O que você tanto olha? — Exclamou o garoto, virando seus olhos a direção em que apontava a cabeça de Noah, não notando nada de estranho nos céus.
Noah: Você não viu? Tinha um Buraco ali!
Arthur: Um buraco? — Comentava em tom de sarcasmo.
Noah: É sério cara! Eu vi algo ali!
Arthur: Simplesmente, você tem que parar de dormir tarde. Isso está te afetando já... A Hanna não irá gostar de saber disso em cara.
Desacreditado com o que via, Noah permanecia incrédulo, todavia, após a curta conversa com Arthur ele esfregou os olhos pensando destes serem efeitos de não ter tido uma boa noite de sono. Após alguns poucos minutos, depois de toda aquela eventualidade, Arthur se encontrava dentro de sua sala rodeado pelos seus amigos. Noah, estava a carteira ao lado já apoiado com a cabeça na mesa. Um garoto dá mesma altura de Arthur se fazia presente, sentado a carteira a frente, Michael era seu nome. Ele tinha longos cabelos loiros aos quais, adorava exibir para seu grupo, seus olhos tinham uma cor vermelha o que o tornava um tanto quanto popular entre as garotas, detinha físico de atleta além de que, participava no time de futebol da escola. O rapaz era um pouco quieto na dele, divertido e também sabia contar algumas piadas que alegravam o grupo, ele era aquele que mantinha as rédeas de todos presente, mantendo-se como a imagem de um líder entre eles. E mais uma figura do grupo era vista ali com eles, sentado a frente de Noah e ficando ao lado de Michael, o mesmo era conhecido como Gabriel. Uma pessoa de estatura média, possuindo 1,70m de altura, com seu curto cabelo na cor castanho-escuro e seus olhos um tom de violeta. Uma pessoa gentil e bondosa, de grande carisma e um bom ouvinte, ele era a voz dá razão naquele grupo. Tanto Michael quanto Gabriel, estavam discutindo o que teria acontecido mais cedo ao Noah, ditando que o mesmo deveria se cuidar mais e não desgastar seu corpo daquela forma. Arthur, permanecia inerte a situação, olhando pela janela de sua sala e observando os corredores vazios e com vários armários no mesmo. Foi então que o sinal tocou e assim como o clarear de um raio, seu professor de física, Edward, entrava na sala já os pedindo para fecharem as cortinas dá sala pois o foco não deveria ser outro além dele. O tempo passava lentamente de forma a não demonstrar sinais de que iria terminar logo, os alunos, todos cansados e já desgastados mentalmente já que se era uma manhã de Segunda.
Arthur — 'Bem, já terminei tudo então posso relaxar por agora. A Yumi estava bastante cansada e bem... não teria muita coisa de importante mesmo, ela deve estar dormindo essa hora... Que falta uma pessoa não faz...'
Enquanto alguns terminavam os exercícios mandados pelo Edward, Arthur já teria os concluído e estava quieto, preso em seus pensamentos a respeito daquela pessoa... Ao mesmo tempo em que, sua expressão demonstrava um certo sorriso genuíno com a situação. Dando um leve suspiro e respirando fundo para se acalmar, ele voltava sua atenção para seus demais colegas e passou a observar a situação como um todo. Foi então que em uma dessas passadas rápidas do seu olhar pela sala, Arthur pode ter um vislumbre fraco de uma luz roxa sendo emitida pela janela. Porém, por conta da cortina, mal dava para se ter ideia do que de fato era aquilo e, como ninguém tinha notado isto o garoto não quis levantar um alarde por pouca coisa... A sala parecia progredir lentamente de forma que, os próximos 30 minutos fossem uma tortura para aqueles a quem já não tinham mais paciência, enquanto Ed, sentado a sua cadeira, não fazia questão de ajudar os seus alunos e era isto o que mais irritava aqueles que não estavam conseguindo. Permanecendo na dele, o de cabelos escuros cerrou os dentes e quis fazer algo a respeito e, se levantando rapidamente batendo as mãos na mesa, se dava para notar a sua expressão de indignação voltada ao tutor, que olhava ao rapaz após sua ação de querer chamar a atenção do mesmo.
Arthur: Edward, voc—
Todos a sala se viram para Arthur que, numa sacada rápida, iria iniciar seu diálogo ao orientador. Quando disse o seu nome e iria prosseguir, gritos femininos eram escutados aos corredores, o que faziam o garoto engolir seco suas palavras e se virar para as janelas que estavam tampadas pelas cortinas e, em seguida um silêncio ensurdecedor pairava no ambiente. Todos os alunos congelaram com os gritos e não se atreviam a ir ver o que era e então, com um piscar de olhos, Ed dava um passo em direção a porta, deixando assim todos os seus alunos um tanto quanto nervosos e, colocando sua mão a maçaneta e a girando devagar, o ranger lento dá porta se abrindo era ecoado por toda a silenciosa sala e, com isto, quando iria colocar a sua cabeça para fora dá porta uma garota passava correndo e tropeçava em frente a mesma, fazendo Ed avançar sem ver o por que dela estar correndo.
Arthur — 'Ela foi quem gritou? Não... parecia um grito sincronizado de pelo menos, duas garotas juntas... então...' — O mesmo olhava rapidamente pelo pouco que dava para ver dá fresta dá porta e via algumas marcas de sangue na roupa dá mesma. Agindo com cautela, ele olhava para o atleta dá sala e ditava algo rápido a ele.
Arthur: Michael, tem alguma coisa errada.
Michael: Hum? Como assim cara?
Arthur: ...vem comigo, rápido!
Arthur, já em pé, saía de sua carteira e andava pelo pequeno corredor entre as mesas dos alunos com Michael logo lhe seguindo. Michael estava confuso porém, um tanto quanto curioso dá causa dos gritos. Se aproximando dá porta, notaram o professor deles levantar a garota e tentar a levar para dentro da sala, onde que, gentilmente, Michael se propôs a segura-la enquanto Ed iria atrás de ajuda, pois o braço esquerdo dá garota não parava de jorrar sangue. Todos estavam sem palavras ao ver o braço dá garota mais, quando Ed iria se virar... algo pulou nele e com uma mordida, rasgou seu pescoço ao ponto de conseguir arrancar a cartilagem tireóidea. O susto levou os alunos a engolirem seco, Arthur e Michael que estavam em frente a porta foram pegos desprevenidos e seus corpos paralisaram de medo e então, aquilo que o mordeu voltou a ataca-lo. Era um humano, contudo, seus braços todos estavam ralados e algumas partes dá sua carne arrancadas, mostrando os nervos em algumas das feridas abertas do mesmo. Ed começou a gritar e com isso, todos os alunos recobraram a consciência do que havia ocorrido e por fim... todos entraram em pânico. Ed estava deitado se debatendo enquanto gemia de dor até que seu corpo parou de se mexer. Foi com isso, que aquilo que o estava dilacerando, se virou para os dois rapazes e a garota nos braços de Michael, que travados pelo choque da situação viram o rosto ensanguentado da pessoa. Seus olhos estavam mórbidos, além de seus dentes, alguns terem sido arrancados. A pessoa era simplesmente, um dos alunos daquele colégio e tudo apontava que sua vida, já teria sido ceifada. O "Assassino" ambulante, começou a se levantar e iria se dirigir para porta, com Michael paralisado Arthur teve que se mexer e rapidamente, meteu a porta na cara daquele "louco". Fechando-a e segurando por um minuto. Algo começava a bater na porta enquanto ficava urrando baixo e então... com todos desesperados, alguém ligava a TV que tinha dentro dá sala e via a situação caótica em que se encontravam. Portais, apareceram e trouxeram consigo criaturas únicas, além de que, consigo viriam também seres humanoides ao qual não detinham mais vida... Zumbis. O Mundo inteiro estava sofrendo daquilo e bem, com tudo aquilo acontecendo, alguns estudantes entraram em crise e começaram a sofrer de pânico e de diferentes outros tipos de surtos coletivos, outros se esconderam debaixo de suas mesas, dizendo se tratar de uma pegadinha de mal gosto e alguns, tentavam ligar para seus parentes para os buscar. Os amigos de Arthur estavam todos pasmos com a situação, uma complexidade de emoções tomavam a cabeça deles e não os deixavam raciocinar direito. Foi então, que Michael ao olhar aquilo proferiu algo que apenas Arthur e a garota escutaram.
Michael: Estamos no Inferno...
Olhando para ele, Arthur que ainda segurava a porta, se lembrou dá ferida da garota e olhando para ela com uma expressão um tanto quanto assustada, ele então perguntou a ela...
Arthur: Você foi mordida, não foi?
A garota se soltou das mãos de Michael e caminhou para trás... Arthur, que que mantinha a porta fechada para o Zumbi não entrar, pegava uma mesa e a colocava para impedir a entrada do morto, ao qual, assim como Michael, se viraram assustados para a garota em relação a ferida...
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Aurora
FantasySe passando no século atual, Aurora conta a história de um mundo pós-apocalíptico onde, após o "incidente", foi invadido por criaturas estranhas e... zumbis? Algumas pessoas se perderam em meio ao desespero e outras, se adaptaram. Magias, runas, fer...