Chapter Thirteen

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{LEE HEESEUNG}

Domingo, 22:38

Eu havia acabado de voltar de um encontro com Jake e Sunghoon. Não havíamos feito muita coisa, mas ainda assim foi muito divertido. Só de passar tempo com eles, conversando sobre qualquer coisa — repito, qualquer coisa mesmo — já me faz muito bem.

Deixei-os em casa e então fui em direção à minha residência. Não estava prestando muita atenção no que estava acontecendo, estava praticamente no automático. Quando cheguei, notei que a porta estava entreaberta, mas não estranhei, minha mãe poderia ter esquecido, ou algo assim.

Entrei sem tocar a campainha e fechei a porta com tranca. Mas quando me virei para a direção sala, eu me recusei a acreditar que aquilo estava acontecendo novamente.

Era o meu pai. Ele tinha voltado. Depois de mais de quatro meses desaparecido, sem dar notícias.

Minha mãe se encontrava chorando no sofá, de cabeça baixa, reparei um hematoma em seu braço e alguns arranhões. Ele bateu nela de novo...

O que estava fazendo fora de casa a essas horas, seu merdinha? — Ele disse se aproximando de mim e desafivelando o cinto.

— O que você fez com minha mãe?

— Me responda direito, seu imbecil. O que você estava fazendo na rua?

— Eu saí com os meus amigos, mas não é como se eu te devesse satisfações. — Ok, eu disse amigos. Meu pai é um homofóbico do caralho, insiste em coisas que contrariam os meus valores. Ele quer que eu seja uma pessoa horrível, diferente da minha mãe, que me apoia em tudo, ela é a minha melhor amiga. Ama o Sunghoon e o Jake e nos aceita do jeito que somos. — Você some durante quase cinco meses inteiros e aparece aqui querendo que todos ajoelhem aos seus pés? Você é um covarde, um babaca. Acho melhor que saia daqui.

— Como ousa falar assim comigo? Quem você acha que eu sou? — naquela hora, meu sangue ferveu e eu não consegui mais segurar.

— VOCÊ NÃO É NADA, NÃO É PORRA NENHUMA PRA MIM. NOSSA RELAÇÃO SEMPRE FOI ESTREITAMENTE SANGUÍNEA. EU NÃO PRECISO TE RESPEITAR!

Foi então que levei um soco. Meu nariz sangrava muito e eu não conseguia conter o ferimento, meu pai me olhava com desgosto, parecia querer me matar.

E ele provavelmente queria.

Minha mãe chorava demais sentada no sofá, o que foi o gatilho para que eu me rendesse às minhas lágrimas também.

Me rendi ao choro, mas nunca àquele homem.

Levantei-me e tentei acertá-lo, mas ele infelizmente era mais forte do que eu. Ele me jogou no chão e eu bati as costas na porta.

— Lee Heeseung, me entregue o celular. — E lá vamos nós de novo. Ele vai nos prender aqui até sumir novamente. — Vamos, garoto. Me entregue a porra do seu celular.

Apenas o entreguei, estava descarregado e ele não tinha o carregador. Mas se ele arrumasse um, eu estava fudido. Ele ia descobrir de Jake e Sunghoon, da minha sexualidade e de qualquer outra coisa mínima que possa lhe ser o estopim para me assassinar, e o pior é que eu nem estou brincando.

— Vá para o seu quarto agora.

Me levantei do chão, gemendo um pouco pela dor e então passei pela minha mãe e lhe dei um abraço e um beijo na testa.

Mamãe, o Jake e o Sunghoon vão tirar a gente daqui. Eu te amo. — e saí.

Meu pai me seguiu e então me trancou no quarto. Após sua saída, me permiti chorar e colocar tudo o que eu estava sentindo para fora. Eu não tinha medo dele, eu tinha medo do que ele poderia fazer com minha mãe.

Para Todos Os Garotos Que Já Amei - Heejakehoon Onde histórias criam vida. Descubra agora