Eu tinha acabado de chegar na escola e fui ajudar minha mãe com a mala. Hoje é o chá de fraldas e minha mãe completa 30 semanas de gravidez. Sobre as gravações da novela, elas já começaram e estão no capítulo
Mavie que você está fazendo aqui, Ricardo?__ Eu digo olhando para o meu pai, Ricardo, com uma mistura de frustração e tristeza. As constantes discordâncias com ele estavam começando a afetar não apenas nossa relação, mas também meu bem-estar emocional. MavieRicardo, eu sei que você quer o melhor para mim, mas por favor, tente entender que minhas escolhas são importantes para mim___digo tentando expressar seus sentimentos com calma.
Ricardo suspirou, parecendo tenso. "Filha, só quero que você seja bem-sucedida e segura. Às vezes, é difícil para mim entender suas decisões."
Enquanto isso, Carolina observava a conversa com apreensão, consciente do impacto que as tensões entre Mharessa e Ricardo estavam tendo sobre a família. Ela se aproximou de Mharessa e a abraçou com carinho.
"Minha querida, sei que as coisas estão difíceis agora, mas lembre-se de que sempre estarei aqui para apoiá-la. Você é forte e capaz de enfrentar qualquer desafio", disse minha mãe, me transmitindo seu amor e apoio incondicional.
Senti um misto de gratidão e determinação ao abraçar minha mãe. Eu sabia que o caminho à frente seria desafiador, mas estava determinada a encontrar uma maneira de conciliar minhas aspirações com a compreensão de meu pai.
"Por que você se importa se eu fico com ele ou não? Você nunca fez parte da minha vida, fez minha mãe trair meu pai e fez nossa vida um inferno. Vá embora", eu disse para o meu pai, que pegou um vaso de vidro. Ele nunca gostou de aumentar o tom de voz, especialmente quando estava muito alterado. Eu tinha certeza de que ele estava nesse momento. Vi que tinha gente chegando, achei que era a Luara, mas depois a porta abriu e ele jogou o vidro em mim.
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Point of view Davi José Xavier Paiva
A adrenalina da gravação da música ainda bombava nas minhas veias, mas a ligação da Luara me tirou do meu estado de êxtase. "Davi, o pai da Mavie tá machucando ela! Vai lá e deixa eu ligar pra Nandinha."
"Fica calma, princesa. Eu vou ajudar sua irmã. Fica aqui e só abre para a Nanda. Mas antes, liga para a polícia 190 e você sabe o endereço da casa dela", disse, já saindo em direção à casa de Mavie.
Mavie. O nome dela ecoava na minha cabeça, junto com a lembrança do nosso último encontro. Aquele olhar desafiador, a forma como ela me provocava, a maneira como ela me irritava... e me atraía.
Cheguei na casa dela e a cena era de filme de terror. O pai dela, um cara enorme, estava prestes a dar um soco na mãe dela. A adrenalina voltou a subir. Não pensei duas vezes, me coloquei na frente dele e o segurei com força.
A polícia chegou rapidinho. A mãe da Mavie foi levada para a delegacia com minha tia Paiva. Mavie estava sentada no sofá, com o braço machucado, a expressão de dor e medo.
"Muito obrigada pela ajuda, viu", ela disse, com a voz fraca.
"Se quiser, pode passar uns dias aqui em casa até a polícia resolver o problema do seu pai", ofereci, sentindo uma pontada de culpa ao ver a situação dela.
"E que eu tô confuso com tudo isso, princesa", disse, tentando parecer indiferente.
"Nos dois estamos confusos", ela respondeu, encarando-me com aqueles olhos que me deixavam inquieto.
Aquele olhar... era como se ela estivesse me desafiando, me provocando. Não pude evitar. Peguei-a no colo, tirei minha blusa e a beijei. Ela me olhava com um misto de surpresa e desejo.
"Davi, tem certeza disso?", ela perguntou, hesitante.
"Hu-hum", respondi, beijando-a novamente, dessa vez com mais intensidade.
Mavie era uma garota complicada, e eu não conseguia negar a atração que sentia por ela. Mas, ao mesmo tempo, eu a via como uma rival, uma adversária.
"Você nunca precisa se cobrir para mim, nunca", disse, olhando para seus olhos.
Mavie se deixou levar, e eu a beijei com paixão, sentindo o calor do seu corpo contra o meu.
"Mavie, você é uma garota perigosa", murmurei, enquanto a beijava.
Ela arranhava minhas costas, e eu sentia a adrenalina percorrer minhas veias.
"Você também, Davi", ela respondeu, com um sorriso desafiador.
A noite se desenrolou em uma mistura de paixão e confusão. Eu não conseguia negar a química que existia entre nós, mas a sensação de perigo pairava sobre nós como uma névoa densa.
Mavie se despediu de mim pela manhã, agradecendo pela ajuda. Ela saiu, deixando para trás o cheiro de seu perfume e a sensação da sua pele contra a minha.
Fiquei na cama, olhando para o teto, pensando na noite que havia passado.
Mavie era uma enigma, uma mistura de fragilidade e força, de vulnerabilidade e desafio. Ela era uma inimiga que me fascinava, uma rival que me atraía.
