Capítulo 3

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ERYX

Anotação:

Meu ideal.

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   Enquanto o sol começava a se pôr sobre as ruas da cidade, me dirigi à cafeteria com minha raquete de tênis pendurada no ombro e a cabeça cheia de pensamentos sobre o próximo jogo. Hoje eu não trabalho, graças ao bom Deus (Daniel). Quase não notei a figura familiar sentada em sua mesa habitual, absorta em um livro. Mael, com seus cabelos desgrenhados e olhos fixos nas páginas, parecia imerso em outro mundo. Por um momento, ele desviou o olhar do livro e tomou um gole do café ao seu lado. Ele estava tão belo. Não é sempre que ele pega um livro, quando ele lê, é quando ele tem tempo para isso ou dá vontade, Mael sempre fica lindo quando está concentrado, já disse que ele deveria ser modelo?

— Eaí, Mael — cumprimentei, deixando minha raquete de lado. — Qual é o livro de hoje?

Mael levantou os olhos e sorriu levemente. — Oh, oi, Eryx. É um romance policial. — Ele me mostra a capa do livro — Já leu?

— Não, não sou muito fã de romances... — admiti. — Mas se você recomenda, talvez eu deva tentar.

Essa cena se repetia quando ele lia, tornando-se um hábito conversar com ele sobre o livro que estava lendo depois do treino. Era uma parte essencial da nossa rotina. Sendo sincero, admiro muito a dedicação de Mael aos estudos, sua paixão pela leitura e sua determinação em sempre buscar mais conhecimento, ele é tão empenhado, me dá até vontade de ler.

Hoje, decidi ir além das conversas casuais. — Sabe, Mael, sempre me impressiona como você consegue se dedicar tanto aos estudos e ainda assim estar aqui na cafeteria todos os dias.

Mael encolheu os ombros, com um sorriso modesto. — Bem, o café daqui ajuda muito. Além disso, eu realmente gosto da atmosfera deste lugar. É inspirador, além dos garçons muito gentis! — Ele dá uma piscadela para mim, brincando, eu rio como resposta

— Concordo — Eu disse, sentindo uma conexão entre nós, um sentimento bom. — Acho que compartilhamos uma paixão pelo café, e até talvez por outras coisas.

— Haha, acho que sim. Falando nisso, minhas aulas estão acabando, e eu entrei em um concurso pra fazer intercâmbio recentemente... — Ele entrou em outro assunto primeiro, fechando o livro logo após marcar a página com um marca-página — E semana passada eu fiz uma prova, e hoje saiu o resultado.

— Sério? E como você foi?

Mael faz um silêncio dramático e logo se alegra, mostrando seus dentes
— Eu consegui ficar nos que tiraram as três maiores notas! Acredita nisso?!

— Caramba, parabéns! Sabia que você iria conseguir, mereceu de verdade. — Comemoro com ele, sorrindo junto, observando sua felicidade

— Eu não estou acreditando até agora, por isso me deu uma vontade repentina de ler um romance policial, e de verdade, leia.

— Haha, tudo bem! Lerei. — Digo, sorrindo para o mesmo

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  Não demora para anoitecer e Daniel chegar à mesa em que estávamos sentados e pergunta se vamos querer algo, logo após me cumprimentar, pedi apenas um pão de queijo e a clássica Coca, Mael não queria mais nada.
Depois disso tudo, nós acabamos indo embora da cafeteria, acompanhei-o até sua casa. Quando estávamos nos aproximando da esquina do local, tivemos uma última conversa:

"Um Capuccino, Por Favor"Onde histórias criam vida. Descubra agora