JUST PRETEND - Nolan ( Filhas Da Máfia )

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Os dedos de Dante me faziam cócegas enquanto dançávamos uma música calma mas ao mesmo tempo dançante. Ele me rodeava pelo salão e eu só queria sair correndo e me esconder. Eu não estava no clima para festas ou para me divertir, eu só queria me esconder debaixo do cobertor e reler as inúmeras mensagens de Nolan. Eu sentia tanto a sua falta que ficava até difícil respirar.

Após a segunda ou terceira dança com Dante, eu tento me afastar, mas ele simplesmente me puxa para o seu corpo e antes que eu possa pará-lo, seus lábios encontram os meus e suas mãos prendem a minha cintura.

E quase que instintivamente o abraço pelo pescoço.

Dizer que o beijo não mexeu comigo, seria uma mentira enorme, mas não senti borboletas no estômago ou aquela dorzinha em minhas entranhas, como sentia com Nolan.

— Eu poderia cair de joelhos aqui mesmo por você, Alessia...

Ele sussurra enquanto lambe e morde meu pescoço. Ele estar de Drácula me faz sorrir e até me arrepiar.

— Dante!

Penso em dizer algo, mas ele volta a me beijar e eu apenas aproveito o momento.

Penso em Nolan, mas uma revolta se apossa do meu corpo e do meu coração. Ele simplesmente fugiu e desistiu de tentar. Ele não precisa tentar me conquistar, pois eu sou dele, mas ele poderia apenas tentar me mostrar que ele ainda era meu e que valia a pena esperar por ele. Pois eu poderia esperar pra sempre, mas eu precisava de uma palavra sua, e ele simplesmente sumiu após ameaçar Dante com aqueles vídeos.

Dante era decente, carinhoso e muito atraente e incrivelmente inteligente. Ele poderia me fazer feliz se eu permitisse?

— O que essa cabecinha linda está pensando, hein?

Sorrio e dou de ombros, mas toco em seu rosto e antes de me afastar beijo sua bochecha.

— Pensando em seguir em frente, professor!

Sem dizer mais nada, me afasto correndo pelas escadas, onde ninguém tinha autorização para subir, apenas os residentes e assim que entro no banheiro, mando uma mensagem para Nolan.

"Eu já decidi, estou seguindo em frente e sem você."

A sua resposta chega quase que no mesmo instante e meu coração pula igual um louco em meu peito. Mas me sinto ainda pior, ao ler suas palavras tão frias.

"Ok."

"Adeus, Nolan Blake"

Como eu imaginava, sua mensagem nunca veio. Fico mais um instante ali no banheiro sentada na privada. Apenas chorando em silêncio e xingando aquele que um dia foi a razão de pensar que coisas boas podem acontecer quando não estamos esperando.

Lavo o rosto algumas vezes para camuflar o inchaço nos olhos e abro a porta, deixando o celular no bolso interno da capa estúpida que Cecília escolheu para mim.

Ela disse que eu parecia a Chapeuzinho, uma menina assustada e ao mesmo tempo corajosa de ter se casado com um homem como Nolan. O Lobo mau, segundo minha irmã.

Assim que saio do banheiro, as luzes piscando e as músicas altas o suficiente para foder com os meus tímpanos, sinto que estou sendo observada e assim que viro o meu rosto para a escada, vejo uma figura sombria me encarando.

Coringa... mas não o coringa dos filmes de herói mas sim o coringa das cartas de baralho. Assustador pra caralho! A máscara branca com respingo de tinta vermelha, fazendo alusão a sangue, o macacão branco e preto. Não dava para ver nada, nem os olhos.