Capítulo 8

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Jimmy

No dia seguinte, encontrei meus amigos e pedi que se desculpassem com Sea, especialmente Fourth, já que ele foi o causador daquela "brincadeira" sem graça. Mas eles rejeitaram o incidente com indiferença, alegando que era apenas uma brincadeira sem quaisquer intenções sérias. Eles disseram que Sea fora o único a dar importância ao assunto, agindo como se fosse um problema sério.

- Apenas peça desculpas a ele. Ele voltou para o quarto, encharcado da cabeça aos pés, tudo por causa da brincadeira estúpida.

Fourth riu e passando o braço em volta do meu ombro, murmurou: - Qual o problema? Você por acaso gosta dele? - sua pergunta provocou o riso de todos os nossos amigos, que começaram a me provocar.

Eu o empurrei para trás, minha frustração era notável na força do meu gesto. - Que porra está dizendo? É claro que não gosto dele.

- Bem, se esse for o caso, então porque deveríamos nos desculpar com ele? - resmungou Force. - É ele quem está sendo um chato. Quero dizer você o ouviu? Ele estava gritando seu nome como um louco no campo. É constrangedor ter alguém como ele ansiando por você.

Chato? Com toda honestidade, nunca considerei Sea um chato, pois essa não era a primeira vez que ele aparecia no campo e gritava meu nome com fervor. Na verdade, ele até compareceu aos meus treinos de futebol, torcendo por mim persistentemente, a pontos de meus companheiros de equipe começarem a se referir a ele, como meu parceiro. Embora suas provocações lúdicas tenham pendurado, nunca pedi a Sea que parasse, pois acreditava que sua presença não me incomodava de verdade.

Eu sibilei. - Apenas peça desculpas. Pedir desculpas não vai te matar, vai?

...

Depois que minha aula terminou às quatro da tarde, nosso grupo planejou se reunir no café de sobremesas perto de nosso campo e discutir nossa tarefa. Enquanto eu caminhava em direção a minha moto, meu passo parou quando alguém me chamou: era Nantam. Então fiz sinal para que meus amigos seguissem em frente, deixando Nantam e eu sozinhos.

- Sim? - perguntei enquanto ela ficava de frente para mim com as bochechas coradas.

- Bem... você está ocupado, Phi? É que como sou nova por aqui é complicado para que eu possa me movimentar sem a ajuda de alguém. - quando ela terminou de falar não pude deixar de arquear minhas sobrancelhas.

Uau, aquela garota está a fim de mim? Quer dizer, sim, eu não estava procurando um relacionamento romântico, mas as inúmeras condições que recebi me tornaram bastante hábil em decifrar as intenções das pessoas. Ficou claro que esta era apenas mais uma estratégia para ela se aproximar de mim.

Sorrir e dei um tapinha em seu ombro, o que a fez corar ainda mais. - Sinto muito, mas eu não dou carona pra ninguém. - eu disse a verdade.

Eu não podia negar que tinha tendência a brincar com as pessoas, mas havia uma linha distinta que tracei quando se tratava de estender certos gestos, como oferecer carona alguém. Foi um gesto que teve um significado especial para mim, reservado aqueles com quem compartilho uma ligação ou carinho genuíno. Eu acreditava firmemente que esse ato de transporte deveria ser concedido a indivíduos que tivessem despertado uma faísca dentro de mim, aqueles cuja presença emoções e despertasse uma sensação de familiaridade. Parecia inapropriado, quase hipócrita, estender tal favor a alguém com quem eu nunca havia sentido realmente qualquer conexão significativa.

- Mas, Phi...

- Talvez da próxima vez. Tenha um bom dia. - eu disse com um sorriso e subi na moto, deixando-a para trás.

Próxima vez? Claro que isso nunca aconteceria.

Sea

Eu estive bastante ocupado com meu trabalho de meio período durante a última hora, devido ao grande número de pedidos que recebemos. Felizmente, meu chefe manteve as palavras que prometeu na semana passada e contratou um funcionário em tempo parcial adicional, aliviando parte da carga de trabalho. Agora, finalmente tem um momento para descansar e recuperar o fôlego.

Seu nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora