- Prólogo -

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Onde tudo começou

Era 02 de abril, o ano era 1906, quando o sentimento pesado começou a pairar sobre as cabeças de William e Nataly Darcy, como uma nuvem negra constante.
Começou pequeno, como enjoos matutino, vindo a se tornar constante em todas manhãs, levantando em William a suspeita, uma suspeita que foi confirmada apenas quatro dias depois.
Nem Nataly, nem William estavam prontos para isso, uma criança, algo que trazia tanta alegria a algumas famílias, mas para os Darcy, era um presságio de mal agouro.

O quarto parecia sufocante, e a jovem andava de um lado ao outro exasperada, enquanto via o jovem marido esfregar o rosto em agonia.

- O que faremos agora, billy? - ofegou Nataly quase ríspida. - Nossas condições não são as melhores, e agora isso! - exclamou, segurando a barriga, os olhos cheios de lágrimas que ameaçavam transbordar.

- Você precisa se acalmar! - falou o rapaz, levantando-se para se aproximar.

- Não chegue perto de mim! Isso é culpa sua! - esbravejou a garota.

- Não estamos tentando encontrar um culpado aqui, e sim, considerar nossas opções. - ponderou William.

- E quais seriam billy, o que pensou para nos ajudar? - escaneou

- Pensei em manter a gravidez, e quando a hora chegar, e essa criança nascer, nós podemos deixá-la.

- Lotus Home? - questionou o marido vendo um brilho se acender em seus olhos, e com um aceno de cabeça afirmativo, celaram naquela noite seu pacto.

Dias e noites correram aceleradamente, e a jovem, que mal conseguia se manter em pé, só pensava em chorar. Suas lágrimas eram pesadas e escorriam sobre seu rosto.
Seu marido, que passava o dia inteiro fazendo seus deveres para sustentar sua mera casa, tentava ao máximo, dar um auxílio.

Era 14 de janeiro, o ano era 1907, quando Nataly estava estendendo roupas em seu quintal singelo que era no fundo da casa; havia flores silvestres por toda parte. Era um lugar extremamente solitário, e só existia um banco meio cinzento. Ter descoberto uma gravidez súbita, foi algo estrondoso para a jovem, desde então, sua vida se baseava em tristeza, solidão, aborrecimento e torturas.
Quando ela foi pegar a última peça de roupa que estava dentro de uma cesta branca, ela sentiu fortes dores vindo da barriga. Nataly começou a gemer de dor e pediu socorro para o marido que estava fazendo o almoço.

- Wiliam! William! William - a jovem gritava repetidamente.

William era um homem meticulosamente cuidadoso. Trabalhava incansavelmente para propôr uma vida melhor a sua esposa.
Ele se levantava cedissimo da cama, para coletar frutos, pescar, e se der tempo, caçar.

Quando William estava prestes a pôr a torta no forno em forma de cone, com interior aquecido em brasa, ele escutou gritos vindo do quintal; que ficava mais a frente da cozinha. Sem pensar duas vezes, ele correu na velocidade de uma luz.

Quando chegou, Nataly estava com a mão direita na barriga. As mãos e os pés inchados. E a bolsa tinha estourado.
William nunca tinha lidado com algo tão desesperador.
Ele percorreu a vilã whoville inteira para encontrar a casa da parteira; a mulher que fazia partos.
Quando finalmente a encontrou, ambos foram ligeiramente para realizar o parto.

Eulália mandou Nataly ficar numa posição vertical no banco cinzento, lavou as mãos e colocou as luvas.

- Por que é preciso utilizar luvas? - William indagou, coçando seu cabelo preto.

- Que pergunta tola. - respondeu quase ríspida. Eulália em si, era mórbida, mas sagaz. - É um uso de proteção pessoal devido ao risco do contato com o sangue.

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