único

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É com muita coragem que eu posto esse lemon


A luz da lua entrava pela escotilha e revelava seus corpos tremelicando de excitação. Os dedos calejados de Zoro desciam juntamente ao suor nas costas desnudas de Sanji, às vezes mergulhando no cabelo loiro e volumoso, igualmente molhado como a pele ou o trajeto que a língua fizera no corpo menor que o dele. O gosto era sempre salgado.

Estava por cima de si, controlava tudo sentado em seu membro. Sanji dizia que assim sentia pontadas mais fundas e, por isso, finalizavam sempre nessa posição. Nem parecia que um dia, o cozinheiro já escondera o rosto envergonhado em seus ombros, quando agora expunha completamente o rosto e mostrava o prazer que sentia através dos traçados. Mas Zoro não reclamava, fora ele que insistira de poder ver seus olhos para ter a visão. A visão completa do rosto de Sanji extasiado e que lhe dava o maior dos orgasmos.

E ficando por baixo, submisso, conseguia contemplar cada feição que o loiro fazia. Um filete de saliva estava constantemente ali, às vezes olhos reviravam e até mesmo o nariz cretino sangrava, o rosto sempre corado. A boca inchada bufava gemidos a cada sentada. Subia e descia, sendo o começo devagar e ficava minutos assim, se contendo para sentir por mais tempo Zoro dentro de si. Na pele branca do pescoço havia marcas de outras noites.

Zoro fincava suas unhas nas coxas torneadas dele, como se ele resolvesse fugir dali a qualquer instante, com os olhos ainda vidrados na sua feição e igualmente concentrado para os minutos durarem horas. Sanji também gostava do olhar, o marimo idiota não fechava seus olhos quando mudavam para essa posição, pois sabia que queria vê-lo mais que tudo. A excitação aumentava com o par de olhos castanhos lhe encarando. Ainda que estivessem na dispensa do navio, com uma só escotilha propagando luz no ambiente, ele conseguia vê-los com peso sobre si. 

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