7. Um idiota também sabe amar.

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Pov Zee

Nesse exato momento estou encarando o teto cheio de adesivos de estrelas do quarto ao qual não me pertence, questionando todas as minhas recentes decisões ao qual me fizeram estar aqui, deitado nessa cama, com a pessoa mais incrível, linda e gentil que possa existir no mundo, Nunew, meu melhor amigo.

Na nossa adolescência, mas assertivamente quando eu tinha meus 17 anos, eu me peguei encarando Nunew, que estava cuidadosamente passando pela primeira vez um gloss em seus lábios enquanto se admirava pelo espelho comprido de seu quarto, seu olhar escuro pareciam desejar a pessoa que acaba de tornar.

New estava completando 15 anos e sua mãe permitiu que ele se maquiasse já que estava em uma idade aceitável para aquilo, eu de fato não entendia a necessidade de usar mas também não me importaria nem um pouco que ele o fizesse. Mas foi nesse exato dia, e por causa daquele maldito batom avermelhado que davam cor para os lábios de Nunew que eu descobri o que eu sentia, o que eu era,

Gay!

E estava perdidamente apaixonado pelo meu melhor amigo, que merda eu estava fazendo da minha vida afinal? Não que eu ligasse para sexualidade ou coisa do tipo, eu só...

Como é que Nunew olharia para mim? Eu era um completo inútil, a única coisa para qual eu servia era para secar as lágrimas dele sempre que ele terminava um relacionamento frustrante com idiotas que não sabiam valorizar o garoto incrível que ele era.

E agora cá estou eu, com 30 anos, me encontro em uma situação um pouco inusitada.

Franzo a testa tentando me lembrar de cada passo que eu dei desde a noite passada até essa fatídica manhã ao qual eu não sei se fujo de fininho ou acordo meu melhor amigo e encaro a realidade.

Ele sentia o mesmo? Todo esse tempo perdido ele sentia o mesmo? Ou só estava carente?

Meu Deus, que merda eu tô fazendo da minha vida?

Acho que me pergunto isso a cada cinco minutos do meu dia e de fato não encontro resposta para essa pergunta a não ser que de fato a merda seja eu.

Senti Nunew gemer ao meu lado, provavelmente está prestar a acordar, e lembro de seus gemidos da noite passada enquanto meu nome saía de sua garganta junto com seus gritos de prazer,

Droga!

Pisco algumas vezes tentando afastar os pensamentos mas minha atenção volta ao corpo sonolento e preguiçoso ao meu lado, que se remexe e procura meu calor. Ele me abraça e geme,

— H-hia.. e-stou com fome.. Hmm..

Eu sorri,

Ou de fato ele se lembra da noite passada ou ele está sonhando com minhas deliciosas omeletes.

— Nhu?

Eu falo, minha voz saindo mais rouca do que deveria. Ele gemeu mais uma vez agora se acomodando em meu peito nu, sua bochecha ficando avermelhada pelo contato e esmagada contra meu corpo. Não é como se ele nunca tivesse feito isso antes, só que agora é diferente não é?

— N-não.. não diga nada Hia..

Eu fiquei em silêncio, meu corpo se contraiu e meu coração apertou, o que ele queria dizer?

— Dizer nada sobre o que Nhu?

Eu observei seus movimentos, ele me encarou, fixando seus olhos nos meus, tentei lê-lo mas ele parecia muito mais distante do que eu sequer poderia chegar.

— Eu sinto

Ele disse, agora com a voz totalmente desnuda e seria, como se quisesse deixar claro todos os lados negros do seu coração. Engolindo em seco mantive meu olhar no dele e ele fez o mesmo, talvez ele esteja esperando uma resposta, mas o que eu respondo? Sabe, tenho trinta anos, não sei de fato o que é um relacionamento ou que é estar com alguém.

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⏰ Última atualização: Jun 11 ⏰

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