As gotas de chuva da poesia

Existência

Não sei mais de nada
Tinha apenas memórias amargas
Um forte sentimento de falha
Por fim, uma mente fraca

Mente que de nada sabia, sentia, sorria
Apenas vivia
Com carência de alegria
Que, teoricamente ,me preencheria

Tendo uma vida sem tempero
Apenas desespero
Histórias sem dono
Como se tudo não passasse de um sonho

Mesmo tendo conhecido a família
Que até hoje me intriga
Por não nascer com eles
Mas residir neles

Uma vez que em meu coração
Há uma canção
Até agora, pouco escrita
Um tanto garrida

Já nas profundezas da mente
Me vejo dormente
Diante da vida

Vida tão curta
Vida tão boa
Vida jamais acolhedora
Ou até recompensadora

Isso é o que chamamos de viver
Que nos motiva a continuar
É o que me cativa
Mas às vezes faz com que eu me perca

Perdido no mundo
Solitário no tempo
Próximo no espaço
Necessitado de um abraço

Afinal, por que simplesmente não se esquecer
Dessa vida nada humilde
Que nos humilha e ensina
Já que todos um dia iremos perecer