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Boa leitura!

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Seis e quarenta, esse era o horário que marcava no relógio na parede revestida de madeira clara - perto do balcão onde eu estava - em um fim de tarde. O fim do meu expediente estava próximo, e com isso meu anseio de ir embora só aumentava.

Um café aconchegante, era onde eu trabalhava, as paredes em cores claras com pequenas mesas de madeira escura espalhadas pelo espaço, o chão de ladrilhos, dando um toque rústico e charmoso; e algumas plantas pendentes e vasos de flores decoravam o local.

— Ei, Jimin! — Jung Hoseok, meu amigo e chefe, chama minha atenção ao se aproximar já sem seu uniforme de trabalho, com um sorriso simpático no rosto e uma sacola preta em mãos. — Irei sair um pouco mais cedo hoje, mas um amigo meu irá vir buscar essa sacola — ergueu o braço, mostrando o objeto citado.

Estranhei ao que observei colocar a sacola em minha frente no balcão e, antes mesmo de conseguir abrir a boca para indagar algo, o de cabelos recém pintado de ruivo prosseguiu:

— Poderia entrega-la por mim? — perguntou, me olhando em esperança.

— Não sei, não, Hobi. E muito menos sei quem é esse tal amigo — cocei minha nuca, desviei o olhar verificando as horas: seis e quarenta e cinco. — Além disso, daqui quinze minutos é fim do meu expediente.

— Vai... — juntou as mãos em frente ao rosto com olhos pidões. — Por favorrrr..

Após alguns segundos em silêncio soltei um suspiro cansado, aceitando minha derrota. — Ok... — assenti finalmente, vendo a comemoração alheia. — Mas você fica me devendo uma! — aponto meu indicador em direção a seu rosto.

— Isso! — revirei os olhos. — Obrigado, Jimin, até mais!

— Até..

Mal pude me despedir direito até perceber que chegaria em casa mais tarde do que o normal. E assim minha alegria de antes foi com Deus. Não que eu não gostasse de ajudar o Jung com suas coisas ou de não gostar de ficar no Café, mas minha vontade era de ir embora.

Decidi sentar em uma das mesas perto de mim para esperar, e com meu celular em mãos comecei a jogar um jogo qualquer.

[...]

Foi o estopin.

Sentado a quase uma hora e meia em uma das mesas do café, depois de fechar a loja, bufei em tédio.

Meu celular havia descarregado, já tinha limpado todas as mesas, até mesmo varrido o chão que já tinha sido limpado no início do meu expediente, o que me restava era ficar sentado olhando para o nada enquanto esperava. Já estava desistindo de continuar esperando o tal amigo do Hobi.

O relógio marcava o início das oito horas da noite.

— Cansei! — exclamei impaciente. — Era mais fácil eu ter ido para casa — resmunguei, me levantando rapidamente da cadeira.

Havia deixado minhas coisas prontas em cima do balcão, facilitando meu trabalho. Ao chegar perto do mesmo – consequentemente de costas para a porta de vidro do Café -, ouvi o sininho da porta tocar anunciando um novo cliente.

— Sinto muito, mas já estamos fechados — ainda de costas para a entrada, digo tranquilamente. — Pode voltar amanhã.

— Eu não vim comprar nada. — Iniciou uma voz grave. — Sou amigo do Jung Hoseok.

Balbuciando um “finalmente” baixo, me viro na direção do dono da voz.

Um moço de pele clara, cabelos negros e olhos escuros - características bonitas de um coreano -, sem contar das suas tatuagens presentes em seu braço e sua altura aparentemente dez centímetros mais alto que eu.

Memories of a love • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora