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Taehyung P.O.V

"Chegamos ao seu destino", escuto a voz do gps dizer. 

Desci do carro e andei em passos largos pela praça procurando por Hana e o garoto. De primeira não os encontrei, então fui descendo as escadas da praça indo em direção a praia, ficando cada vez mais escuro. 

Escutei vindo de uma parte mais escura da escada, uma risada baixa misturada com barulhos de beijos e gemidos.  Decido ignorar esses barulhos inoportunos, mas parei quase tropeçando em meu pé, ao escutar a voz de Hana naquela direção. 

Logo comecei a caminhar até lá.

Deus, que não seja a Hana. Por favor. penso.

Ao me sentir perto o suficiente do local, eu ligo a lanterna do meu celular e quase o deixo cair, com a cena que eu acabei atrapalhando. 

Hana estava sem sua camisa, encostada na parede, enquanto o rapaz a cobria com o corpo. Mas parecia ocupado demais com o pescoço dela para notar minha presença. A morena abre os olhos quando jogo a lanterna em sua direção. Assim que seus olhos pousaram em mim, Hana arregala os olhos e empurra o garoto que confuso, apenas segue o olhar dela. 

--- Sr. Kim? -- ele pergunta, parecendo mais confuso que antes. 

Aperto meu celular com força, me controlando pra não pular no pescoço do menino. 

--- Vá para casa Kang Sok-jo. -- me aproximo de Hana, a puxando para perto de mim. -- Pode me devolver essa camisa que está segurando? E aquele casaco da areia. -- ele assentiu, jogando para mim as coisas. -- Se não quiser que eu conte para seus pais, a porcaria que você estava fazendo, é melhor correr pra casa e nem olhar para trás. 

Ele assentiu engolindo em seco. Me deu boa noite e se despediu de forma bem desconfortável de Hana, que me olhava com raiva. 

--- Qual seu problema, Taehyung? -- ela pergunta, tomando a camisa das minhas mãos. 

--- O meu problema? -- solto uma risada nasalada. -- Qual é o seu problema?! 

--- Eu não tenho nenhum problema. -- ela vestia a camisa, o vento bateu em nossos rostos e senti o cheiro da bebida vindo dela. 

--- É, tem razão. Você não tem problema. -- seguro em seu pulso a puxando escada acima até chegar em meu carro. -- Você está bêbada, não deve estar pensando com clareza. -- parei perto do carro, destrancando o mesmo. -- Entra. 

--- Aí que você se engana, eu estou bem. Não bebi tanto e não quero entrar no seu carro. -- aperto seu pulso em minha mão, abrindo a porta do passageiro e forçando-a a entrar. 

Dou a volta pelo capô e entro no carro, batendo a porta com certa força novamente. 

--- Que porra foi aquilo Hana? -- a pergunto, mas a rebeldizinha teve a audácia de apenas dar de ombros e virar o rosto para a janela. -- O que deu em você pra agir dessa forma, e aquela merda toda de não fazer nada que me aborrecesse, hein?! -- continuo sendo ignorado. 

Dou partida e aperto meus dedos em volta do volante, meus nós ficando brancos com a força que eu estava fazendo. Respirei fundo diversas vezes, não insiste nas perguntas dentro do carro por questões de segurança para nós, ao chegar no estacionamento do prédio, eu desligo o motor e Hana sai do carro sem nem me encarar, fechando a porta com brutalidade e caminhando batendo os pés até o elevador do estacionamento. 

Incrédulo com seu comportamento, sai do carro fechando a porta cuidadosamente. Já que bati ela duas vezes antes, não quero que as portas caiam. Corri para alcançar a morena, que mantinha os braços cruzados rente ao peito, quando me olhou de esguelha. 

Infantilismo  {*Taegi*}Onde histórias criam vida. Descubra agora