Capítulo 21

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REN

"Não quero deixa-la ir," digo, agarrando-lhe a mão com mais força.

Estamos no meu jipe e simplesmente paramos na casa dela, mas nenhum de nós está pronto para dizer adeus.

"Nem eu," Lily diz olhando para mim e, em seguida, olhando para sua casa nervosamente.

"Querida, por favor, me diga o que está errado."

Nós fizemos amor durante toda a noite e depois três vezes essa manhã antes de partirmos do quarto de hotel. Mas depois, eu podia ver a cortina de medo cair sobre os olhos quando saímos. Não havia nada que pudesse fazer para animá-la e as vezes que ela sorriu para mim, poderia dizer que foi forçado.

"Eu te amo tanto, Lily. Você pode me dizer qualquer coisa," pressiono, tentando levá-la a se abrir para mim.

Ela solta um suspiro e olha para mim. "Estou triste por estar deixando você. Isso é tudo."

Não é a verdade, mas deixo ir.

"Deixe-me pegar sua bolsa e acompanha-la," digo tentando ajudar a facilitar a transição.

É domingo e temos planos para ter uma noite de jantar e de cinema,mas é hora de distância. Ela disse que queria ir para casa se trocar e pegar roupas limpas, e então nós poderíamos nos encontrar novamente.

Por alguma razão, porém, tenho medo de deixá-la fora da minha vista. Talvez seja porque nós compartilhamos algo tão bonito e profundo na noite
passada que não quero que isso acabe. Mas meu instinto está empurrando,dizendo que algo está diferente.

"Não!" Diz ela rapidamente, mas depois amolece.
"Não, está tudo bem.Meu pai provavelmente ainda está dormindo. Eu não quero acordá-lo."

"Lily, vou levá-la até sua porta. Eu fiz amor com você na noite passada.Estou pensando em ser o homem da sua vida até o fim dos tempos. Não me importo sobre a sua casa, ou dinheiro, ou qualquer coisa assim. Vou ser seu marido um dia, querida," digo, acariciando seu rosto. Os olhos dela fixam em mim em choque, mas continuo. "Você é minha e eu sou seu.Nada vai mudar isso."

Não espero por sua resposta quando pego sua bolsa no banco traseiro e depois salto para fora, indo para o lado dela e abrindo a porta. Eu a ajudo e, em seguida, seguro sua mão enquanto caminhamos até sua garagem para a porta da frente. Ela respira fundo e se vira para mim, prestes a dizer adeus quando a porta se aberta trás dela.

Um homem que parece velho o suficiente para ser o avô de Lily a balança aberta e olha para ela. Ele está vestindo uma camisa e calças sujas.O cheiro de álcool me bate e aperto forte na mão de Lily.

"Onde diabos você esteve, putinha?" Ele insulta e tropeça contra o batente da porta.

Antes que eu tenha a chance de reagir, ele balança para frente e a ataca. Um segundo mais tarde, puxo-a de volta e ele consegue raspar as costas das mãos ao lado de seu rosto.Recupero rapidamente, puxando-a para trás do meu corpo e fico em pé na frente dela, protegendo-a de seu pai.

"Lily, vá e entre no jipe," digo com os dentes cerrados. Não quero que ela veja o que está prestes a acontecer.

"Ren," ela sussurra apenas alto o suficiente para que seja ouvida, mas o bêbado lhe corta.

"Oh, é isso o que você estava fazendo?" Diz ele, olhando-me de cima a baixo como se eu fosse lixo. "Espero que você tenha tido um bom tempo.Isso não é um hotel que você pode ficar entrando e saindo como uma prostituta." Ele zomba de mim, com um olhar de desgosto claro. Ele dá um. passo adiante e não me movo. "Eu não posso suportar vê-la, não mais. Ela não é nada, senão um lembrete de que perdi e estou cansado disso."

"Lily, entre no jipe e tranque as portas, querida. Não importa o que você ouça, fique lá dentro," digo, não tirando os olhos dele.

Mantenho minhas palavras suaves, porque a última coisa que ela precisa agora é ouvir algo áspero. Suas mãos tremem contra as minhas costas, mas um segundo passa, e ouço seu sussurro, "OK."

Eu fico lá, nós dois imóveis enquanto ouço seus passos e em seguida a porta do Jeep fechar.Depois que sei que ela está segura, dou um passo ameaçador para frente.

O pai dela pisca algumas vezes como se estivesse me vendo claramente pela primeira vez. Ele percebe o meu tamanho e dá um passo para trás. Sigo-o passo a passo. Cada vez que ele recua, eu avanço. Até que
finalmente estamos na sala de estar da casa, e chuto a porta atrás de mim,sem nem olhar para ela. Meus olhos estão colados nele.

"Saia da minha casa," diz ele com uma confiança que sei que ele não tem.

"Você colocou suas mãos na minha mulher, o amor da minha vida.Então vou colocar minhas mãos em você."

Puxo de volta tão duro quanto posso e acerto as costas da mão em toda sua face, do mesmo modo que ele fez com ela. Ele voa de volta e bate contra uma mesa perto da porta. Por um segundo, penso sobre a contusão nas costas de Lily e todas as outras.

As que ela sempre ignorou, dizendo que era desajeitada. Esse homem deu-os a ela. E vou lhe pagar dez vezes.

"Você acha que pode bater nela e ficar por isso mesmo? Que tipo de monstro é você?"

Eu o chuto duro com a minha bota pesada, pensando sobre a contusão que vi ontem à noite do lado de Lily.

"Ela é a mais gentil, mais amável e mais especial pessoa que já conheci na minha vida. E você bateu nela porque ela não é sua esposa."

Me inclino para baixo e dou um soco no estômago, lembrando a marca vermelha que tinha lá na semana passada.

"Porque você é um bêbado e acha que é culpa dela. Você nunca vai tocá-la novamente. Você ouviu o que estou dizendo?"Chego para baixo, agarrando sua camisa suja com ambos os punhos e puxo-o de pé. "Você me compreende?"

"Sim," ele tosse, mas não é bom o suficiente.

Eu puxo de volta o punho e soco sua boca, vendo seu lábio se abrir quando ele grita.

"Você entendeu!" Eu grito, não perguntando outra vez.

Ele balança a cabeça e diz que sim uma e outra vez antes de começar a chorar. Eu o deixo ir, e ele cai em uma pilha no chão. Fico lá por um segundo, olhando ao redor do lugar e então vejo as escadas. Caminho até elas e vou para o quarto de Lily. Pego uma mala do armário e começo a enchê-la.

dói-me que ela não tem muita coisa e todos os seus pertences podem caber em um saco. Tenho certeza de pegar seu material de arte e fotografias antes de olhar ao redor para checar se recolhi tudo. Uma vez
que suas coisas foram removidas, o quarto está vazio.

Parece que ele nunca pertenceu a ela, e talvez isso nem mesmo aconteceu.São tantos pensamentos correndo pela minha mente, mas a única coisa que continua batendo nas minhas costas é levá-la para um lugar seguro. Mantê-la longe desse monstro.

Quando chego lá embaixo, vejo que ele ainda é um monte chorando perto da porta da frente. Há um momento em que me coloco no seu lugar e penso sobre o que faria se perdesse Lily. Eu seria uma bagunça e poderia até voltar-me para o álcool.

Mas sei que nunca poderia fazer isso com uma
criança. Nunca poderia machucar alguém que era uma parte dela e alguém que ela amasse. Ele não merece uma segunda chance, mas isso não é para
eu decidir. Tudo o que sei é que vou ser o único a cuidar dela de agora em diante. Não ele.

Não lhe dou outro olhar quando saio da casa e fecho a porta atrás de mim. Caminho até o Jeep e coloco as malas na parte de trás antes de subir nele e puxa-la para o meu colo.

Vou embora de sua casa em silêncio, porque
preciso tirá-la daqui. Longe dessa escuridão e de todas as coisas que a machucam.

Vou protegê-la disso.Para sempre.

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