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2006, 𝑇ℎ𝑒 𝑈𝑚𝑏𝑟𝑒𝑙𝑙𝑎 𝐴𝑐𝑎𝑑𝑒𝑚𝑦

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2006, 𝑇ℎ𝑒 𝑈𝑚𝑏𝑟𝑒𝑙𝑙𝑎 𝐴𝑐𝑎𝑑𝑒𝑚𝑦.

Os sons dos passos adolescentes ecoavam intensamente pela mansão, refletindo a agitação dos poucos que ainda permaneciam. Os dias anteriores haviam sido marcados por treinos exaustivos para todos os irmãos, mas Katerina Hargreeves era uma figura singular, distinta por suas habilidades e circunstâncias.

A lembrança mais marcante na vida de Kate era, sem dúvida, a de sua irmã gêmea, Lila, que não via há anos. Ela não conseguia se recordar exatamente quando havia esquecido a voz da irmã, mas o vazio deixado por essa ausência era imenso. Os irmãos Hargreeves, por mais que tentassem, não conseguiam preencher completamente essa lacuna em seu coração.

Embora Kate fosse tão especial quanto, ou até mais do que, seus irmãos adotivos devido à combinação única de múltiplos poderes, ela fora tratada durante toda a infância como uma peça frágil de porcelana, incapaz de suportar o peso das adversidades. Contudo, seus poderes eram suficientemente potentes para destruí-la — e, eventualmente, isso aconteceu. Sua falta de conhecimento e curiosidade insaciável a dominaram em um momento decisivo de sua história.

Em 16 de março de 2006, Kate passou o dia inteiro em seu pequeno laboratório subterrâneo, onde testava rigorosamente os limites de seus diversos poderes. Manipular a realidade com suas próprias mãos era uma de suas maiores paixões. Ela se encantava com a aura vermelha que vibrava em suas mãos, proporcionando-lhe uma sensação de poder inigualável. No entanto, o desejo de explorar os limites desse poder era ainda mais intenso.

Além da manipulação da realidade, Kate apreciava profundamente a magia que a envolvia — o poder de levitar objetos, lançar feitiços e irradiar uma energia mística. Ela acreditava que, combinando essas habilidades, poderia alcançar patamares desconhecidos. Sabia também que era capaz de fundir os poderes dos 43 indivíduos que haviam nascido no mesmo dia que ela.

Kate tinha consciência de sua singularidade e entendia por que não podia ser treinada com a mesma rigidez que seus irmãos adotivos. Reginald Hargreeves, apesar de sua natureza egocêntrica, via em Kate um recurso precioso, uma lembrança de como um amor aparentemente pequeno poderia se tornar extraordinário.

Porém, Kate era rebelde por natureza. Gostava de testar seus limites, mesmo que isso implicasse risco de vida. Naquela tarde, uma ideia dominou seus pensamentos: fundir seu feitiço de imortalidade, que julgava falho, com sua habilidade de alterar a realidade.

As velas sobre a mesa haviam derretido consideravelmente, indicando que estavam acesas há horas. Seu grimório estava aberto em uma nova página, pronta para anotações. Kate pressionou a lâmina de uma faca contra a palma da mão, deixando o sangue escorrer pelas páginas. Para sua não tão grande surpresa, o sangue formou um círculo com uma estrela de quatro pontas.

Em frente ao grimório, ela despejou o sangue em um cálice, misturando-o com ingredientes preparados anteriormente. Erguendo a mão, concentrou sua magia nas palmas e começou a recitar o feitiço:

— Quamdiu sanguis effunditur, quamdiu ignis ardet in ligno, et flamma cutis... — As primeiras palavras trouxeram um vento inesperado. — Vivam, ero sine morte, dolorque immunis ero, et corpus integrum manebo.

Ao concluir a recitação, ela direcionou a palma da mão ao cálice, liberando uma energia roxa que iluminou o líquido em seu interior. O sangue, antes vermelho, brilhou intensamente. Ao levar o cálice à boca, o gosto metálico se espalhou e sua visão começou a embaçar.

Pela primeira vez em dezessete anos, Kate sentiu fraqueza. Suas mãos tremeram e o cálice caiu. Ela buscou apoio, mas desmaiou antes de encontrar qualquer superfície. Seu corpo colidiu com uma estante, fazendo os frascos se estilhaçarem ao seu redor. O sangue agora escorria não apenas de sua mão, mas também de sua cabeça e pernas.

Na mansão Hargreeves, o estrondo e o tremor foram sentidos por todos. Reginald, concentrado em seus documentos, levantou-se alarmado e correu com os filhos para os fundos da casa. Lá, depararam-se com a devastadora cena de Kate caída, sangrando lentamente.

Reginald agiu prontamente, levando-a nos braços até o andar superior e colocando-a em uma maca branca. Grace tentou reanimá-la, mas os batimentos cardíacos estavam ausentes. Sem alternativa, ela suturou os ferimentos e preparou o corpo para o funeral.

Após os demais deixarem a sala, Diego se aproximou para uma despedida silenciosa. Recordou-se dos momentos compartilhados, das mãos de Kate segurando as suas por medo, e das palavras sussurradas em momentos inoportunos. Lágrimas rolaram por seu rosto pela primeira vez, até ser interrompido pelo chamado para o almoço.

Porém, quando todos acreditavam que Kate estava morta, ela abriu os olhos lentamente. Reconheceu as paredes familiares da ala hospitalar. Ao se levantar, não sentiu o frio do chão nem o calor das roupas. Seguiu até a sala principal, onde encontrou seus irmãos de luto.

— O que aconteceu? — perguntou, surpreendendo-os com sua voz.

Luther, perplexo, avançou para abraçá-la, lágrimas correndo pelo rosto.

— Como isso é possível? — murmurou ele. — Você estava morta. Seu coração não batia. E os cortes?

— Bem, na família Hargreeves, só nos reunimos em casamentos ou funerais — brincou ela. — E como não houve casamento, não quis ser a primeira.

Depois dos abraços emocionados, Kate notou a ausência de Reginald.

— Número Zero, venha à minha sala — chamou Reginald com firmeza.

Lá, ele explicou:

— Seu feitiço funcionou, mas apenas parcialmente. Parte de seu corpo continua humana, vulnerável a doenças e causas naturais. No entanto, ferimentos físicos serão curados imediatamente.

— Então sou uma morta-viva? — perguntou, indignada.

— Tecnicamente, você é uma híbrida: metade vampira, metade humana.

O peso da revelação caiu sobre Kate, e pela primeira vez, ela se sentiu verdadeiramente perdida.

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Oiii, tudo bem? Eu não costumo deixar recados, mas gostaria de deixar um bem no ínicio. Para quem não me conhece, eu sou uma escritora iniciante no wattpad, então eu peço MUITA paciência caso tenham dificuldade em distinguir as falas dos personagens.

Como já devem ter percebido, eu tenho adoração em misturar diferentes tipos de universos. Para mim, isso cria um estilo diferente das demais historias. E eu apenas começei com isso pois essas historias são autênticas da minha imaginação, e escreve-las foi uma forma de aliviar minha ansiedade. Por outro lado, muitas historias podem ser baseadas nos meus relatos e scripts como shifter.

Eu espero muito que vocês gostem, sejam muito bem-vindos ao meu mundinho pessoal. Você jamais será julgado por aqui ;)

𝐼 𝐿𝑜𝑜𝑘 𝐴𝑓𝑡𝑒𝑟 𝑌𝑜𝑢. • 𝐹𝑖𝑣𝑒 𝐻𝑎𝑟𝑔𝑟𝑒𝑒𝑣𝑒𝑠. (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora