Capítulo Único

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Uma coruja apareceu assim que Draco saiu do banheiro dos monitores. Por um breve momento, ele se convenceu de que era Slughorn, informando-o de que havia perdido pontos da casa por invadir o banheiro. Ele não era mais monitor, mas se alguém ameaçasse as pessoas certas da maneira certa, não seria difícil obter a senha. E Draco sempre ameaçou as pessoas certas da maneira certa. Era um de seus muitos talentos.

A coruja parecia muito descontente, possivelmente ofendida por ter que entregar uma mensagem tão tarde. Já passava do toque de recolher e a coruja olhou para Draco acusadoramente enquanto ele aceitava o bilhete.

— Procure outro emprego se você não estiver gostando. — Draco retrucou enquanto a coruja levantava vôo e desaparecia atrás da esquina.

Depois de cutucar o bilhete cuidadosamente com sua varinha, certificando-se de que não estava amaldiçoado, Draco o abriu e olhou confuso para o rabisco quase ilegível.

Aqui está a tradução para o português:

Se você machucá-lo ou humilhá-lo de alguma forma, diga adeus as suas bolas. Isso não é uma ameaça vazia, aliás, mas um verdadeiro feitiço, então, por favor, tente. Sua capa está sob o travesseiro, mas se você mandá-lo embora, você será um idiota. Na verdade, você é um idiota de qualquer maneira e um bobão, mas enfim.

Draco franziu a testa. — Coruja estúpida. Não consegue nem entregar uma mensagem corretamente. — A nota não fazia sentido e estava assinada apenas com R; claramente não era para Draco.

Encolhendo os ombros, Draco desapareceu e seguiu para as masmorras.

Como se a noite não fosse estranha o suficiente, quando ele entrou no dormitório, três pares de olhos se viraram para encará-lo. Draco olhou para seu roupão constrangido. — O que foi?

— Pensamos que você estava dormindo. — Disse Nott, franzindo a testa na direção da cama de Draco.

— As cortinas estão fechadas e não podíamos abri-las. — Blaise esclareceu e virou preguiçosamente a página do grande livro que estava lendo. — Nós pensamos que você estava se masturbando.

— De novo. — Greg acrescentou prestativamente.

Carrancudo, Draco caminhou até sua cama e abriu as cortinas. Ele balançou sua cabeça. — Sua incompetência geral às vezes é surpreendente.

Blaise bufou. — Oh, por favor, você claramente as encantou. Parabéns. Quer um biscoito?

— Sim, obrigado. — Draco assentiu, tirando o roupão e andando ao redor da cama para jogá-lo sobre uma cadeira. — Seja um bom menino e vá buscá-lo para mim.

Blaise o ignorou e Draco bocejou, sentou-se na cama e tirou os chinelos. Ainda era cedo, mas agora que isso foi mencionado, Draco achou que outra punheta lenta parecia uma ideia esplêndida. Ele já havia se masturbado na banheira, mas sua fantasia cuidadosamente desenvolvida terminou cedo demais, quando ele inesperadamente começou a pensar nos olhos verdes de Harry Potter olhando para ele enquanto seus lábios envolviam o pênis de Draco. A fantasia deveria continuar; Potter deveria amarrá-lo, empurrá-lo contra a parede e transar com ele, mas um olhar imaginário daqueles olhos e o desejo claro refletido no verde, e Draco perdeu o controle.

Infelizmente, ele não teve vontade de pensar nisso novamente logo após o orgasmo; o momento deu o que podia, mas agora, meia hora depois, ele estava pronto novamente. Ele ansiava por continuar a fantasia mais do que pela segunda punheta.

Draco se virou e apontou sua varinha para as cortinas, pretendendo fechá-las, mas uma imagem repentina e aterrorizante o fez pular de susto. Ele se viu parado a meio metro da cama, com o coração batendo loucamente no peito.

Bollocks | Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora