Contos de fadas são histórias que desde a idade antiga as pessoas expressam de geração em geração e normalmente por meio da palavra falada. Muito tempo se passou desde o primeiro. Esses textos foram lidos e relidos, contados e repassados em todas as épocas e são até os dias de hoje. Comumente, são usados para entreter crianças falando sobre um mundo utópico onde príncipes, princesas, dragões e muitas outras coisas mágicas residem.
Comumente também, são usados para ensinar algo às crianças; às vezes algo sobre a vida, às vezes apenas uma verdade.
Uma verdade que às vezes - mas apenas às vezes - é realmente mágica.
Todas as crianças já ouviram sobre ele ao menos uma vez. O magnífico conto sobre os seres mais belos, encantadores, fascinantes e extraordinários que já existiu. De uma beleza estonteante e uma habilidade mais ainda. Uma magia única que apenas eles eram capazes de realizar.
Os ômegas lúpus - do sexo masculino, para evidenciar.
A existência deles era apenas um conto para muitas pessoas. Um mito. Uma lenda. Apenas uma historinha que os pais contavam antes de dormir para os seus filhotes. Como uma forma de fazê-los entender que, se por um acaso vissem um ômega macho um dia, era para dizer a um adulto e após isso o lúpus dividiria o poder mágico dele com você.
As crianças cresciam ouvindo isso, acreditando cegamente na ideia encantadora de como soava. Sempre procurando ômegas machos nos bosques para poderem ter os tão sonhados poderes mágicos. Faziam isso por diversão, por inocência, por acreditarem na magia.
Mas é apenas depois de crescido, que se percebe realmente a verdade; de que não há nada de mágico.
E tudo começou há muito, muito tempo, na época em que o mundo ainda era desconhecido e pouco se sabia sobre ele. Haviam muitas terras inexploradas e muitos mistérios residentes nelas, muitas coisas a serem descobertas. Era um tempo onde poucos seres híbridos viviam, florestas e animais viviam em maioria. Uma época de calmaria e paz entre alfas, betas e ômegas.
Nunca ninguém havia se questionado sobre a relação entre o gênero e a classe. Alfas nasciam machos, betas podiam nascer de ambos os gêneros e todas as ômegas eram fêmeas. Sempre havia sido assim e não existia a possibilidade de acontecer de forma diferente, para eles, já era algo absoluto. Até que de fato, o diferente aconteceu.
Quando um jovem garoto de uma pequena vila completou seus 15 anos - idade que normalmente mulheres e homens tinham seu primeiro cio e descobriam sua classificação - entrou no cio. Mas para a surpresa de todos naquela vila, ele não teve um hut, mas sim um heat, o cio de um ômega.
"Talvez tenha sido um erro." "Um pecado." "Não era para acontecer, é nojento." Eles diziam.
Mas o cheiro característico doce e atrativo, que antes havia chamado a atenção de todos os moradores, não se espalhou por muito tempo. O jovem garoto ômega não suportou ao cio intenso regado à fortes dores.
O frágil garoto não aguentou as mudanças corporais ocasionadas no heat. Mudanças que não aconteciam no corpo de uma fêmea. Pois, ainda com o pouco conhecimento que eles tinham na época, sabiam que apenas estas eram capazes de procriar. Um corpo masculino não poderia nunca cumprir tal feito. Não nasciam com o que hoje conhecemos como útero.
E o objetivo primitivo do cio dos ômegas é apenas esse. Procriar.
Além das dores intensas do heat sem a presença de um alfa, ele sentia toda a dor causada pelo crescimento gradativo do órgão reprodutor. Mas era frágil demais e não aguentou o produzir. O lobo ômega era muito fraco para suportar junto ao hospedeiro tanta dor e mudança.
O garoto morreu no primeiro dia do cio. Sozinho e com a pior dor já sentida. Sem suportar tudo o que o próprio corpo fazia consigo.
As pessoas pensaram que era um caso à parte. Não aconteceria novamente. Foi apenas um erro da natureza - um pecado - até porque o rapaz não havia suportado a mudança para ômega. Não irá se repetir, eles pensavam.
Ledo engano.
Anos depois aconteceu de novo. E de novo. E de novo.
Ninguém sobreviveu.
Se um rapaz completasse seus 15 anos e começasse a apresentar feromônios doces, todos já sabiam o destino dele. A morte.
Mas essa "regra" não durou para sempre.
Quando uma bela e jovial ômega lúpus, junto a seu forte e viril alfa lúpus tiveram um filhote macho e este completou seus 15 anos, tendo o primeiro cio, as coisas mudaram.
Os genes lupinos eram fortes. Eram diferentes. Eram mágicos.
Quando o primeiro ômega lúpus macho sobreviveu a seu heat todos ficaram extremamente surpresos. Muitos não gostaram nada disso, mas era fato que todos queriam entender o por que de tal aberração ter sobrevivido, de ter podido viver.
Foi então que eles descobriram.
Os Deuses haviam os abençoado.
Os dado força, os dado poder para passar por esse período.
O sangue deles havia mudado. Curava qualquer ferimento instantaneamente, melhorava qualquer doença e ajudava - e muito - na produção do útero no organismo masculino.
Era um sangue mágico. Um sangue rico. Um sangue poderoso.
Não tardaram para descobrir que o sangue não curava apenas o hospedeiro, o tal ômega lúpus. Ele era capaz de o fazer com qualquer um que tivesse contado com o líquido avermelhado. Os curava na mesma hora, era completamente fantástico e inacreditável.
Mas se tornou perigoso em posse de seres gananciosos.
Pois cegava aqueles que o obtiam em mãos e viam a magnificidade daquilo. Os faziam desejar mais e mais. Os faziam querer com todas as forças aquele sangue especial apenas para si. Mas tal como a Caixa de Pandora, quando aberto e usado, trouxe a discórdia, a guerra, a inveja e a cobiça. Fez as pessoas esquecerem e ignorarem o verdadeiro motivo que carregava para o mundo, a esperança.
O jovem ômega morreu depois de ter seu sangue inteiramente drenado e seu corpo usado e desonrado. Todos queriam aquele pedaço divino, aquela provação da natureza e o milagre eterno.
Então as lendas começaram.
Anos se passavam e as histórias continuavam.
Outros ômegas machos com genes lupinos nasciam e eram novamente submetidos por aqueles com mais poder, sem terem nenhum direito sobre si mesmos. Eram caçados, machucados e mortos. E ninguém se importava em maltratar tais seres tão especiais, que foram criados e trazidos ao mundo para levar a pureza que carregavam consigo a todos.
Nenhum ômega macho chegou a viver por muito tempo. Nunca chegaram a mostrar seu verdadeiro potencial de força e tudo que podiam fazer de fato - já que nada é por acaso e se a natureza escolheu presentear tais pessoas com tais habilidades, era por que tinha motivo.
Mas ninguém dava a mínima para isso, pois os seres gananciosos e egocêntricos só ligavam para o sangue mágico com habilidades curativas.
O Sangue Puro
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Sangue Puro - Jikook + Taeyoonseok
FanfictionOnde Jimin e Taehyung estavam a um passo de perder por completo as esperanças e acabam dando de cara com dois alfas lúpus completamente assustadores. Jikook + Taeyoonseok Jimin e Taehyung centric Secundário Namjin Fanfic ABO, se não curte, não leia