Pais

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Jeongin ficou encantado com as motos. Quando as viu, seus olhos brilharam como se nunca tivesse visto uma na vida.

Ele estava ao lado de Changbin, que percebeu seus olhos brilhando e seu sorriso encantador.

-Raposinha, tá tudo bem?- olhou para cima e sorriu.

-Tá, tá tudo sim. É que eu sempre gostei de moto, mas nunca andei em uma- respondeu meio envergonhado e meio magoado.

-Serio? Mas você já é maior de idade, não é?- Changbin perguntou sincero.

-Sou, tenho dezenove- respondeu e riu- É que eu ainda moro com meus pais, e eles nunca deixariam.- seus olhos ainda estavam brilhando, mas agora, não era pelas motos.

-Entendi- Olhou para baixo, mas logo seguida o olhou de novo- Seria incomodo se eu te perguntar o porquê?- tentou ser discreto e simpática.

-Acho melhor te explicar no caminho para a minha casa- respondeu sorrindo- Agora vamos andar na sua BMW S 1000 R vermelha- sorriu e puxou Changbin pelo o braço.

-Caralho, como se sabe?- riu enquanto estava sendo puxado.

-Sempre amei motos, então sempre pesquisei- I.N respondeu com um sorriso lindo, fazendo Changbin não parar de olhar para ele.

-Seu sorriso é lindo- Changbin falou sem pensar de um jeito bobo.

-Obrigado- respondeu envergonhado e com o rosto começando a ficar vermelho.

-Tá, é. Vamos agora- Changbin se virou para a moto para pegar o capacete.

-Tá.

-Aqui, deixa que eu coloco para você- colocou o capacete no mais novo.

Se sentaram na moto e Changbin a ligou.

-Ei, raposinha- falou alto por causa no barulho da moto.

-Oi?

-Segura firma, tá?- pegou os braços de Jeongin e as colocou em sua cintura.

-Ta bom- respondeu e apertou mais a cintura de Changbin, sentido seu abdômen e ficando envergonhado e um pouco excitado.

Eles já estavam na estrada em direção a casa de Jeongin, que já tinha passado seu endereço.
Até então, eles estavam em silêncio, até que, Changbin resolve quebrar o silêncio.

-Então raposinha. Você quer me contar um pouco mais sobre você?- perguntou curioso para saber a relação dele com seus pais.

-Se quer saber dos meus pais né?- I.N respondeu com outra pergunta. Ele estava encostado nas costas de Changbin e sorrindo.

-Sim- respondeu com medo de magoar o mais novo- Mas se não quiser tá tudo bem. Nós mudamos de assunto.

-Não, tá tudo bem, eu te conto- ajeitou a postura nele e começou a contar.

Jeongin tinha uma relação complicado com seus pais. Eles eram extremamente católicos e preconceituosos.

Sendo assim, não deixavam o filho fazer nada, com justificativa de "Não é da vontade de Deus, então não vai fazer".

Jeongin, por sua vez, esconde tudo de seus pais. Seus desejos, seus sonhos, sua sexualidade...
Eles nunca poderiam saber de nada disso. Não confiaram em seu filho.

-Por isso, não posso se quer encostar em uma moto. Eles nunca aceitariam- concluiu com uma voz de que estava quase chorando- Desculpa- se afundo nas costa de Changbin.

-Tá tudo bem- Changbin falou com uma voz suave, fazendo com que Jeongin se acalmasse- Pode chorar, não tem problema.

-Obrigado- respondeu apertando mais a cintura do mais velho, fazendo o sorrir

-Posso saber como seus pais aceitaram sua faculdade?

-Eu que pago. Eu trabalho, então eu mesmo pago- respondeu ainda se recuperando de seu choro.

-Serio? Eles aceitaram na boa?- perguntou meio confuso.

-Não- riu- Só aceitaram quando falei que aí pagar, mas mesmo assim, foi um inferno. Eles queriam que eu fosse advogado- falou indignado a última frase, fazendo que Changbin gargalhasse.

-Você falou da sua sexualidade- falou ainda rindo- Qual é a sua?

-Sou Bi, e você?

-Sou gay.

-Notório- provocou.

-Vai a merda ó. Vou parar aqui e tu vai a pé- Changbin ironizou fazendo Jeongin rir.

-Cara, agora que reparei, eu não sei teu nome- Jeongin perguntou ainda rindo.

-Que? Você tá andando na minha moto, me abraçando, chorou comigo, molhou tudo as minhas costas e não sabe o meu nome?- riu indignado.

-Não sei- riu ainda mais.

-Ai meu Deus- riu- É Changbin, Seo Changbin.

-Prazer Seo Changbin- levantou um pouco mão para cumprimentar fazendo que Changbin desse um tapa em sua mão.

-Se já namorou?- Depois de um tempo de silêncio, Jeongin faz a pergunta.

-Nunca- respondeu Changbin- Só fico com uns caras aí, mas nada de mais.

-Como assim? Um cara bonito desses. Tô surpreso.

-Por que tá tão interessado na minha vida amorosa?- perguntou rindo e indignado.

-Sei lá, foi o que veio na minha cabeça- respondeu sorrindo.- Ei, é aquela casa, Binnie- mudou de assunto quando viu sua casa e apontou para ela.

-Ok- parou em frente da casa- Pronto, chego em segurança- I.N desceu da moto e o entregou o capacete.

-Obrigado Changbin por me trazer- Jeongin falou sorrindo.

-Imagina- bagunçou o cabelo do mais novo.- Se cuida, tá?- olhou fixamente para os olhos dele, que concordo com a cabeça.

-Tchau- disse Jeongin se afastando da moto e indo em direção a porta.

-Tchau raposinha- acenou e foi embora.

Jeongin entrou em sua casa já esperando um sermão de seus pais
e logo os viu sentados no sofá o olhando.

-Aonde você estava?- os pais de Jeongin falaram ao mesmo tempo.

-Depois da aula, fui para a casa do Han e depois fui para a academia- respondeu guardando as chaves e indo em direção a cozinha.

-Han? Aquele viadinho?- a mãe de Jeongin desdenhou- Aí meu Deus, o que essa geração vai ser?

-Sim, mãe. Era aquele "viadinho" sim. Pelo o menos esse viado respeita a senhora, diferente de você- Jeongin respondeu irritado comendo uma maçã que tinha pego na cozinha.

-Não fala assim com sua mãe- o pai se meteu no meio.

-Shiu, fica quieto- falou a mãe de Jeongin para o pai- E outra. Quem é esse cara aí que te trouxe? Moto táxi uma hora dessas?

-Um garoto da faculdade. Faz academia junto comigo.- respondeu Jeongin subindo para o quarto.

-É viado também?

-É, é sim. Qual o problema? É ele que dá, não a senhora.- respondeu com muita raiva, magoado e casando das atitudes de sua mãe.

-Esses viados estão fazendo sua cabeça Yang Jeongin, olha como você tá falando comigo- ela estava se fazendo de vítima, fingindo choro.

-Pelo o amor, não fica se fazendo, não. É pecado- Jeongin fechou a porta do quarto.- Inferno, todo dia isso.

Jeongin foi tomar seu banho e depois foi deitar para dormir, mas não parava de pensar em Changbin.

-Cacete, devia ter pego o número dele- falou sozinho- Amanhã eu pego.- Virou para o lado e depois de um tempo dormiu.

Se tudo der certo... [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora