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prólogo
JUNG YEORIN É UMA VADIA.
A filha mais nova do Grupo Jaeyul é a personificação da rebelião.
Na opulenta mansão no bairro nobre de Seul, Yeorin viveu uma vida com a qual a maioria só poderia sonhar, cercada de luxo e privilégios. No entanto, apesar da grandeza e do luxo, seu coração doía com um vazio que só o amor de seu pai poderia preencher.
Yeorin era a filha mais nova do renomado magnata dos negócios e chefe do Grupo Jaeyul, Jung Ki-Young, um homem cuja atenção estava perpetuamente fixada em sua irmã mais velha, Jung Jae-i. Yeorin a invejou desde que percebeu que seu pai prefere Jae-i do que ela, já que ela também foi criada para ser a herdeira do trono.
Jae-i, o epítome da graça e excelência, sempre foi o orgulho de seu pai, destacando-se em todos os empreendimentos, desde acadêmicos até os negócios da família. Numa tentativa desesperada de ser vista e valorizada, Yeorin embarcou num caminho de rebelião. Ela começou a usar roupas reveladoras e chamativas que obviamente são o oposto da imagem conservadora da família. Ela organizou festas de alto nível, ficou fora até tarde com uma multidão selvagem, exibindo sua deserção nos tablóides, cada manchete é um apelo silencioso pelo reconhecimento de seu pai.
Cada ato de desafio era um grito pela atenção do pai, uma tentativa de romper o muro de indiferença que ele construíra ao seu redor. Suas travessuras, no entanto, muitas vezes saíram pela culatra, levando a sermões severos e novas comparações com sua irmã aparentemente perfeita. Mas por causa de quão fodida está sua mente, ela se convence de que aqueles sermões que receberia de seu pai são um gesto de amor.
A rebelião de Yeorin não nasceu do desejo de causar problemas, mas de uma necessidade profunda de afeto e reconhecimento de seu pai. Ela ansiava que ele a visse como mais do que apenas uma filha rebelde, que reconhecesse seus talentos e a amasse como fez com Jae-i.
Seu pai, alheio às suas verdadeiras intenções, continuou a elogiar Jae-i, deixando Yeorin se sentindo mais isolada e desesperada a cada dia que passava.
Em seus momentos de silêncio, ela desejava um único sinal de que era importante para ele, esperando que um dia seu pai olhasse além de sua fachada rebelde e visse a filha amorosa e talentosa ansiando por sua aprovação.
E quando ela estava passando pela pior crise de sua vida, Lee Woojin foi quem ficou do lado dela. Ele era sua fonte de consolo, com cabelos castanhos desgrenhados e sorriso encantador, Woojin estava ao lado de Yeorin desde a infância. Ele foi o único que realmente entendeu suas lutas, vendo além das roupas chamativas e do comportamento imprudente, até a menina vulnerável ansiando pelo amor de seu pai.
Ficou claro como a água que Lee Woojin, o segundo filho de uma família política muito poderosa, cujo pai está concorrendo às eleições presidenciais, está apaixonado pela filha mais nova do Grupo Jaeyul, Jung Yeorin.
Woojin sempre defendeu Yeorin, defendendo suas escolhas quando outros a criticavam e oferecendo um ombro para chorar durante seus momentos mais difíceis. Apesar de sua repressão, ele ouviu pacientemente suas frustrações e medos. O apoio de Woojin era uma âncora constante no mundo turbulento de Yeorin, mas ela permanecia alheia à profundidade de seus sentimentos.
Seu foco estava tão consumido pela indiferença de seu pai e pela sombra de Jae-i que ela não conseguiu ver o cuidado e o carinho genuínos ao seu lado.
Mesmo que Yeorin seja uma bomba-relógio e tenha um temperamento pior, ele ainda era paciente com ela. Woojin é o único que pode acalmar sua raiva violenta. Juntos, eles conversavam por horas sobre sonhos, medos e o futuro, e seu apoio inabalável contrastava fortemente com o amor condicional que ela recebia em casa. Woojin a entendia de uma forma que ninguém mais entendia, sua amizade é um santuário onde ela poderia baixar a guarda. Naqueles momentos, Yeorin poderia esquecer as constantes comparações com sua irmã e a dor da negligência de seu pai, perdendo-se no conforto da companhia constante de Woojin. Mal ela sabia, para Woojin, esses momentos eram mais do que apenas uma fuga – eles eram uma tábua de salvação, uma chance de estar perto da garota que ele sempre gostou profundamente. Uma chance de provar seu afeto genuíno por ela.
Em Jooshin, ela era conhecida como a vadia maluca. Eles odeiam sua língua afiada e comportamento mandão. Ela era ainda pior que sua amiga, Yoon Hera quando se trata de ser uma vadia total. Por baixo das roupas de grife e da fachada meticulosamente trabalhada estava uma garota cuja cada ação gritava desafio, um reflexo da negligência que ela enfrentava em casa. Esse desafio a tornou temida, mas também profundamente ressentida.
Muitos estudantes revelaram secretamente o aparente desdém de sua família por ela, usando isso como uma arma para desafiá-la quando ousaram. Houve momentos em que os mais corajosos responderam, com palavras misturadas com desprezo e pena, sabendo que lhe faltava o apoio incondicional que desfrutavam das suas famílias.
No entanto, a coragem deles muitas vezes vacilava na presença de Woojin, que, apesar de sua natureza descontraída, era ferozmente protetor com Yeorin. Sua mera presença foi suficiente para silenciar a maioria, pois sabiam que confrontar Yeorin significava lidar com ele.
Ainda assim, a animosidade subjacente permaneceu, com fofocas sussurradas e olhares dissimulados seguindo Yeorin aonde quer que ela fosse. Ela navegou em suas atividades sociais com uma fachada, escondendo a dor do isolamento e da rejeição por trás de seu exterior infantil e teimoso, enquanto apenas Lee Woojin realmente via a turbulência por baixo.
