Os porquês não explicados

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Xichen acordou com algo cutucando seu corpo, o que foi estranho a princípio antes de focar realmente no rosto redondinho que apareceu no seu campo de visão.

Ele quase empurrou o filhote, mas controlou no último minuto e sorriu fechado para o mesmo, olhando em volta estava claro e ele não entendeu direito o que estava acontecendo. Cochilou? Como foi isso?

-Gege… - murmurou. - Gege possu comer?- perguntou tímido.

- Comer?- perguntou confuso e rouco esfregando um do olhos e com cuidado o olhou, não era para ele está em pé.

Com um aceno tímido concordou e apontou a porta. Xichen ainda se encontrava confuso e lentamente se ergueu indo ate a mesma vendo o café da manha ali como sempre. Espere, já era manhã? Ele dormiu tanto? Não sonhou com nada…

Muito confuso ele pegou a bandeja entrando e viu o filhote sentado a mesa esperando um pouco ansioso. O que ele ia fazer com aquela criaturinha? Não poderia deixá-lo ali… Com um suspiro ele colocou a bandeja na mesa e empurrou para o pequeno que corou fraquinho, mas começou a comer rapidamente.

Se eu dormir tanto… Ele passou a tarde e a noite com fome”- pensa se sentindo mal. Era por isso que tinha que mandá-lo embora.

- Porque não me chamou antes?- pergunta se sentando a frente dele.

- Gege d’mindu...- murmurou com as bochechas cheias de comida.

O alfa se sentiu pior ainda. Aquele filhote, com certeza, sofreu maus-tratos… O esperou tanto para pedir algo mesmo com fome e sede. Não poderia deixar algo assim se repetir.

- Quantos anos você tem?- perguntou calmo.

O filhote muito interessado na comida ainda demorou para levantar quatro dedos pequenos. O alfa tinha acertado um pouco… A grande questão era de onde ele veio.

- Lembra-se de seus pais? O nome deles- tenta e recebeu uma negativa. - Sabe o lugar que nasceu?

- Tem flô!- comenta. - Muita flô gege! E um lago!

Isso ainda é muito abstrato”- pensa o olhando.

Todo filhote desde que aprende a falar sabe dizer onde nasceu e características de seus pais, isso porque o lobo dentro deles desperta primeiro que a consciência humana e isso lhes dar uma margem de segurança para sempre voltarem para casa se algo acontecer… Fora que os pequenos precisam da mãe ate os seis anos de idade para sustento emocional… Ele precisava com urgência mandar ele pra casa.

- Flor… Que tipo?- comenta e põe um pouco de chá para ele, e num suspiro se aproxima para ajudá-lo com a xícara.

- Frô...- murmura segurando a xícara por cima da mão grande do alfa, ou fingindo segurar.

Xichen negou leve afastando a mão dele e assoprou gentilmente o conteúdo e levou a boca dele. Será que ele ainda tomava leite? Não tinha ali… Sizhui e JingYi tomaram leite ate mais velhos… Precisava de leite então…

Não, o mais seguro é mandá-lo pra casa. Se bem que a mãe dele deve está o procurando”.

A ligação entre mãe e filhote era uma das mais forte que existia, se fossem realmente colocar a prova, valeu em igualdade com um imprinting, pois o laço de afeto, amor e proteção era imensurável.

Desde a guerra com os Wen’s a população sofre com as baixas taxas de natalidade… Os malditos mesmos destruídos ainda deixaram suas marcas e a guerra contra Yiling também causou algumas baixas. Uma família comum de alfa e ômega só tinham cinco filhos no máximo e outras não os tinha. Ele… tinha um projeto para ajudar a todos e estava funcionando, esperava também que seu tio estivesse mantendo isso.

In my eyes /Xicheng/Onde histórias criam vida. Descubra agora