Merry christmas - Special edition part. II

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Desperto com um toque suave nos braços, sentindo o peso do meu MacBook ser delicadamente retirado das minhas mãos. Abro os olhos lentamente, ainda imersa em um torpor sonolento, o ambiente ao meu redor se revelando em nuances de luz suave.

— Hey, babe, dormiu bem? — A voz rouca de Travis, familiar e reconfortante, envolve-me como um cobertor de ternura.

— Trav? Já voltou? Que horas são? — murmuro com a voz ainda arranhada, enquanto meus lábios ressecados clamam por um copo de água.

— São 14h00. — Ele olha para o Rolex em seu pulso, confirmando a informação. Viro-me lentamente para meu noivo, contemplando seu rosto sereno e os olhos que me envolvem em um carinho quase palpável.

— Meu Deus! Perdi a noção do tempo! — Exclamo, bocejando, com os olhos lacrimejando pela intensidade do despertar. — Que horas você chegou?

— Acabei de chegar, Tay. Depois do treino, fui buscar minha mãe e meu pai no aeroporto, como combinado. Deixei eles na minha antiga casa e vim para cá almoçar com você. — Seus dedos deslizam por entre meus fios bagunçados, ajustando minha franja desalinhada com um toque cuidadoso. — Está com fome?

Meu estômago roncou alto, e um rubor de leve vergonha tingiu minhas bochechas.

Seu riso despreocupado fez com que eu lhe desse um leve tapa no ombro, antes de esconder meu rosto em seu peito. Ele me envolveu em um abraço, seu braço esquerdo deslizando suavemente sobre minha nuca, como uma carícia gentil de uma brisa noturna.

— Aposto que os dois amores da minha vida estão com fome. — Ele resmunga, acariciando meu ventre com uma ternura palpável, seus dedos explorando o tecido enrugado do moletom que eu vestia. O toque me provoca um formigamento delicioso, fazendo meu coração bater mais rápido.

Travis se inclina e deposita um beijo suave em minha testa, seu toque sendo uma dose de bálsamo para minha alma. — Kumar veio mais cedo e preparou o almoço. Ele tentou te chamar, mas você dormia profundamente. — Meu noivo comentou, enquanto seus dedos deslizavam pela minha nuca com toques suaves, contínuos.

Olhei para ele, derretida pelo carinho, ainda sentindo o peso do cansaço me puxando para um torpor doce, convidando-me a me aconchegar e dormir mais algumas horas.

— Acho que cochilei enquanto trabalhava... — murmurei, um pouco envergonhada, a voz soando mais rouca que o comum.

Alright now! Vem, vamos comer algo, já esquentei as travessas para nós dois. — disse ele, gentilmente, conduzindo-me delicadamente pelas mãos até nos colocarmos de pé, navegamos habilmente entre os móveis até chegarmos à cozinha.

Não éramos adeptos das formalidades da mesa principal; preferíamos, na maioria das vezes, compartilhar nossas refeições no ambiente onde eram preparadas. Assim, meu jogador simplesmente dispôs as travessas que seu talentoso amigo e cozinheiro particular havia preparado para nós sobre a mesa da cozinha, onde ele se acomodou em um dos bancos e puxou outro para que eu me sentasse ao seu lado.

Enquanto Travis se servia, fui até a geladeira buscar uma garrafa de suco fresco que eu mesma havia preparado pela manhã, servindo-me com um copo. Com um gesto silencioso, ofereci a Travis, que recusou com um suave sorriso e um movimento de cabeça.

Saciando minha sede com maestria, arrastei as travessas pela mesa para montar meu prato. O aroma estava divino como sempre, e logo minha boca começou a salivar. Servi-me generosamente, mais do que o habitual, especialmente do prato principal, a especialidade de Kumar, seu salmão, uma das minhas comidas favoritas da vida.

Enquanto saboreávamos nossa refeição, Travis compartilhou os acontecimentos da manhã, revelando como Donna tentou sutilmente extrair informações sobre a "possível gravidez", quase o induzindo a confessar. Sorte a dele que Ed, seu pai, estava por perto, proporcionando-lhe a oportunidade de escapar habilmente com uma desculpa improvisada.

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